Abstract
O presente artigo é dedicado à questão da relação entre a finitude e o caráter absoluto da vida na metafísica bergsoniana. A discussão sobre o absoluto, em Bergson, está intimamente ligada à questão da concretude e, portanto, da finitude da vida, à ação concreta e criadora que, como tal, só pode se realizar como experiência singular, de indivíduos singulares. Ou seja, como experiência de um corpo, por meio de um corpo. No caso do herói, aqui figura central, tratar-se-á da própria expressão corporificada de um impulso de criação de valores vitais, a saber, morais, no seu sentido mais propriamente metafísico.