Abstract
Este artigo tem a finalidade de desenvolver o tema da liberdade dentro de uma perspectiva inclusiva em Foucault, Merleau-Ponty e Waldenfels. Não pretendemos, metodologicamente, nos ater às diferenças peculiares entre tais filósofos, embora elas venham surgir naturalmente, mas abordaremos suas incomensuráveis contribuições para o tema. O tratamento a estes filósofos transcenderá os parâmetros de uma análise superficial para uma análise que os dirija a origem da problemática. Dessa maneira, buscaremos aprofundar os métodos por eles estudados, como o retorno fenomenológico em Merleau-Ponty e Waldenfels e o método genealógico em Foucault. Após tais analises, ficar-nos-á a pergunta: Como é possível a liberdade em meio a tantos entraves psicológicos, sociais e ideológicos? Por intermédio da criatividade, faz-se evidente uma criação que surge originariamente, encontrando campo fértil para sua expressividade. Como preocupação ética quanto a uma possível liberdade, o fio condutor de análise a ser traçado será o da inclusividade. Procuraremos desfazer o paradoxo inclusivo, a cuja resolução se encontrará no cerne filosófico proporcionado pelos autores estudados.