Abstract
Este artigo tem como intenção investigar as maneiras segundo as quais as inter- relações didático-pedagógicas nas "comunidades de investigação filosófica", possam ser lidas a partir de uma ótica que enfatize os processos de (auto)construção subjetiva constantemente realizados por seus/suas participantes. Utilizando a noção de ―relação de vontade a vontade‖ articulada por Jacques Rancière, procurarei desenvolver algumas possíveis interpretações das interações entre pensamento e afetos, em especial, sua condição latente de ocupar posição privilegiada nas dinâmicas de auto-percepção e hetero-reconhecimento intelectuais. A intenção é tentar mostrar como as dinâmicas são realizadas verbal e/ou corporalmente, segundo enunciações avaliativas da participação e contribuição em classe, feitas tanto por colegas como por mediadores/as.