Abstract
RESUMO Segundo Mikhail Bakhtin, a 'palavra monológica' não é realizada no diálogo; dela se depreende a 'palavra autoritária' que, como seu próprio nome indica, provém da autoridade, legal ou eclesiástica, do professor ou dos pais. Sua característica, como se escuta no discurso religioso, é a de não permitir a discussão; pede ser reconhecida e assimilada por nós. Entretanto, é possível que tal palavra, ainda que 'de outrem', seja convincente, incorporando-se ao nosso discurso com plena consciência; sendo assim, pode inclusive ser considerada 'palavra dialógica'. Para explicá-la melhor, a 'palavra autoritária' será vinculada a enunciados dogmáticos próprios das religiões, como o judaísmo e o islã, e, sobretudo, do cristianismo católico.ABSTRACT According to Mihail Bakhtin, a 'monologic word' is not realized in dialogue; related to it, an 'authoritative word,' as its name implies, comes from authority, be it legal or ecclesiastical, from teachers or parents. As in religious discourse, it does not allow discussion; it asks to be recognized and assimilated. However, it may be that this word, coming from the 'discourse of the other,' is convincing, being incorporated into our discourse in full consciousness. Being so, it can even be considered a 'dialogical word.' To better explain it, the 'authoritative word' will be connected to dogmatic utterances of religions, such as Judaism or Islam, and especially the Catholic Christianity.RESUMEN Según Mijaíl Bajtín, la 'palabra monológica' es una que no está en diálogo; a ella se vincula la 'palabra autoritaria' que, como su nombre lo indica, proviene de la autoridad, sea legal o eclesial, del maestro, de los padres. Su característica, como se escucha en el discurso religioso, es que no permite la discusión; pide ser reconocida y asimilada por nosotros. Sin embargo, puede ser que dicha palabra, aunque sea 'ajena', resulte convincente y se incorpore a nuestro discurso con plena conciencia; siendo así, puede, incluso, ser considerada 'palabra dialógica'. Para explicarla mejor, la 'palabra autoritaria' será analizada con algunos enunciados dogmáticos, propios de las religiones, como el judaísmo o el islam y, sobre todo, del cristianismo católico.