Abstract
Certamente Sto. Agostinho jamais se propôs a escrever um tratado sistemático de Ética, ainda que o opúsculo sobre os costumes da igreja cristã e dos maniqueus possa representar um projeto desta ordem. Todavia, há em sua obra todos os elementos de uma ética, desde que se veja nesta a face humana do Deus Unitrino, isto é, a expressão de sua participação na Trindade, nos termos de uma indissociável unidade que abrange desde os princípios do humano à sua sobreelevação, a perfazer-se no amor que unifica e une. Eis por que um tratado à parte seria inexequível se colocado no registro da vontade qual instância estanque em relação à inteligência e à memória.