Abstract
O presente artigo objetiva analisar os impactos da pandemia no ensino de filosofia. Mais precisamente, se ainda é possível filosofar em uma realidade de quase “terra arrasada” que atingiu a educação brasileira, durante os meses que sucederam ao noticiário da Covid-19. Para tanto, considera-se, no primeiro momento, a realidade educacional enfrentada pelos profissionais da educação no que tange ao distanciamento exigido pelas autoridades sanitárias em virtude da pandemia. Em seguida, no segundo momento, aborda-se a necessidade do ensino de filosofia, caracterizando-a enquanto possibilidade crítico-reflexiva. Apesar do distanciamento social, bem como da utilização impessoal e, por vezes, abstrata das ferramentas digitais, a práxis filosófica não pode ser descartada. Por fim, intenta-se responder à provocação inicial que dá título ao presente texto, refletindo sobre as possibilidades do ato de filosofar em realidade educacional tão hostil e, em muitos aspectos, difícil de administrar, como o contexto pós-pandemia.