Abstract
As bibliotecas são também lugares de formação de mediadores informais de leitura literária. Este texto propõe um conceito que melhor ajude os que nelas trabalham a escolher as obras literárias que se leem e dão a ler: o design literário. Concentramo-nos nas obras que se reúnem no subsistema literário infantojuvenil (LIJ), em particular nos livros que subalternizam o código verbal, mantendo o valor que interessa para desenvolver o gosto e as competências para a leitura de literatura: é o livro-objeto, o que desafia os limites da investigação em estudos literários, mas que julgamos importante para discutir a literariedade na sociedade contemporânea que se pretenda democrática no acesso à leitura literária para além do consumo de livros. Esta perspetiva pode ser considerada uma desvalorização do literário pela valorização do utilitário, o que contrariaremos.