Abstract
O trabalho se propõe a analisar a herança de Michel Foucault na viragem daobra de Peter Sloterdijk. O problema parte do sentido de poder disciplinar como exercícios (antropotécnica) proposto por Sloterdijk e como esse sentido pode ser entendido a partir de um diagnóstico de época atento à crise do neoliberalismo no contemporâneo. A saber, ao contrário de outros filósofos legatários do pensamento de Foucault como Giorgio Agamben, Sloterdijk parece se contrapor à questão da revolução. Em seu lugar, Sloterdijk defende a reforma do palácio de cristal por meio do fisco subjetivo e da doação voluntária. A tese do trabalho consiste em compreender que o objetivo de Sloterdijk está em formular a antropotécnica como tecnologia com capacidade para incluir diferentes e novas formas de vida. Por fim, apresenta-se como Sloterdijk inova em nome do credenciamento de um sistema colaborativo e contribui para um projeto de Estado fundamentado na social-democracia liberal.