Abstract
Este estudo trata da crítica que Sloterdijk faz ao humanismo e a Heidegger em seu livro Regra para o parque humano uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. Essa crítica se desenvolve contra a concepção do humano como animal rationale de origem humanista, e contra a uma onto-antropologia imputada à Heidegger por Sloterdijk. O desenvolvimento mostra que elementos de domesticação e seleção persistem desde a Antinguidade e hoje se apresentam sob novas formas. A proposta de Sloterdijk é a elaboração de uma antropotécnica para lidar com o humano. Nesse contexto, esse artigo busca responder a seguinte questão: qual o estatuto da biopolítica em um cenário da antropotécnica plenamente desenvolvida? Os resultados mostram que, em tal cenário, ainda existiria biopolítica, mas a determinação das diretrizes poderia não mais ser feita por humanos, mas apenas por um aparato técnico.