Abstract
No artigo, abordo a ideia de melhoramento humano (MH), visando a contestar três frustrantes tendências dos seus críticos, a saber, as ideias de: (1) que a natureza humana será artificializada, sugerindo que estaremos diante de algo novo e incomparavelmente perigoso, bem como que ainda seja possível preservar uma separação radical entre natureza e técnica; (2) que é possível abordar e criticar o MH a partir de uma singularidade semântica; e, diretamente relacionada à anterior, (3) que há univocidade entre os defensores do MH acerca de como os indivíduos devem lidar com os meios biotecnocientíficos disponibilizados, a saber, como uma ingênua e acrítica obrigação de melhorar. In this paper, I discuss the idea of human enhancement (HE). My goal is to refute three frustrating trends in the HE criticism, namely the ideas that: (1) human nature will become artificial, suggesting that we will be facing something new and uniquely dangerous, and that it is still possible to preserve a radical separation between nature and technique; (2) it is possible to address and criticize HE from a semantic uniqueness, which is directly related to the previous item; and (3) there is an univocity among the HE's defenders on how individuals should handle the available bio-techno-scientific tools made available, namely, as a naive and uncritical obligation to become enhanced