Partindo da ideia de Deleuze que filosofia é criar conceitos, este artigo tem como objetivo apresentar a filosofia afroperspectivista, criando conceitos para articular ensino de filosofia e a educação das relações etnicorraciais. O conceito de denegrir trabalha para problematizar o nascimento da filosofia na busca por uma nova coreografia do pensamento.

A filosofia e os filósofos ocidentais, desde sua gênese na Grécia Antiga, acreditavam que apenas os gregos possuíam epistemologias e racionalidades. As sociedades africanas, por exemplo, eram consideradas a-históricas e tinham sua contribuição na estruturação do conhecimento científico negada pelos filósofos ocidentais. Durante muitos séculos, essa ideia foi difundida ao redor do mundo, inclusive, durante o projeto de colonização das Américas. Assim, o objetivo deste artigo é compreender, através de uma revisão bibliográfica, como a falta de reconhecimento dos povos (...) diásporos por parte da filosofia ocidental acarretou o silenciamento da filosofia africana, articulando os estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade como aliados no processo de descolonização do conhecimento da sociedade brasileira. Com o intuito de deslocar o pensamento do eurocentrismo, nosso referencial teórico é composto por filósofos pós-coloniais e/ou descoloniais, como Dantas, Ribeiro, Fanon, Quijano, dentre outros, que, através de seus estudos, evidenciam a necessidade de libertação do colonialismo presente na diáspora. De início, apresentamos, brevemente, o berço da filosofia ocidental, destacando a ausência da filosofia africana em sua concepção, e as duas ferramentas desenvolvidas pelo eurocentrismo para este fim: o epistemicídio e a colonialidade. Na sequência, relacionamos o conceito de descolonização com os estudos em CTS, uma vez que ambos visam a romper os paradigmas estabelecidos pelo modelo predominante de ciência. Por fim, nas considerações, apontamos os desafios e as perspectivas da educação brasileira sobre o ensino de filosofia africana, através de uma visão afroperspectivista, indicando possíveis caminhos para uma descolonização do conhecimento em sociedades afrodiaspóricas. As investigações, estabelecidas no presente artigo, têm como ponto de discussão a importância do ensino de filosofia africana em países afrodiaspóricos, especialmente no Brasil. A principal intenção, aqui, é apontar horizontes que vão além da filosofia ocidental. Palavras-chave: Filosofia africana. Ciência, Tecnologia e Sociedade. Afrodiaspórica. (shrink)

The aim of this article is to reflect on how, from a philosophical point of view, race and politics are codependent categories. Based on reflections inspired by Michel Foucault, the article shows how this philosopher helps us to understand this interrelationship. As an example and an exercise in connecting thought with reality, it reflects on the difficulties historically undertaken by whiteness to prevent the black population from occupying spaces in the political arena. However, the reflections show that the strategies to (...) make the political agency of black people invisible have something to tell us. In dialogue with historiography, this reflection presents evidence of a black political philosophy and points to the need for Brazilian political philosophy to investigate its characteristics in order to contribute to eradicating the epistemicide that philosophy itself and other sciences have fed by not being predisposed to investigate, codify and present Afro-Brazilian philosophies in order to comply with the provisions of Laws 10.639/03 and 11/645/08. (shrink)

Sempre que falamos em Filosofia nos reportamos ao pensamento europeu como o centro das grandes reflexões filosóficas, o que em muita medida está correto. Porém, muito além do pensar a filosofia em um único centro é importante abrir possibilidades a partir dele, pois há novos diálogos e encruzilhadas epistêmicas a serem feitas na Filosofia. O texto que aqui apresentamos propõe pensar conceitos Afro como uma forma de fazer Filosofia. Neste caso, proponho analisar o conceito Banzo de (...) maneira afroperspectivista. Para isso, partirei da Filosofia Africana e Afro-brasileira em um recorte fenomenológico-existencial, a saber: O Banzo compreendido enquanto conceito existencial. (shrink)

O objetivo deste trabalho é apresentar algumas reflexões filosóficas em favor de uma educação antirracista. A proposta pode ser descrita como uma declaração filosófica afroperspectivista, isto é, um exercício que dá visibilidade as pesquisas africanas e afrodiaspóricas. Um ensaio que é atravessado pelo paradigma da pluriversalidade na busca do exercício de denegrir a educação.

REVISTA EDUCAÇÃO E FILOSOFIA é uma publicação semestral do Departamento de Pedagogia da Universidade Federal de Uberlândia. Este número é o primeiro fruto de um sonho antigo e de um inconformismo com a falta de um veículo como este, entre nós. Pretendemos incentivar e divulgar trabalhos de natureza interdisciplinar nas áreas de Educação e Filosofia. Mas, se a Revista vier a ter uma linha preferencial — e isto depende muito mais dos nossos colaboradores, que da direção — essa (...) linha não será exclusiva nem excludente, pois a Revista estará aberta às mais diversas correntes de pensamento, não se fechando, pois, com quaisquer grupos. Isto é consequência de nossa visão de Universidade como lugar onde se deve estimular a heterogeneidade de tendências e o debate. Entendemos que uma filosofia que propugne posições dogmáticas inviabiliza o debate sobre seus próprios pressupostos, deixando de ser filosofia para tornar-se mera ideologia. Ademais, a discussão de questões de princípio tem razão de ser e há momentos em que apenas ela pode contribuir para a superação de impasses de ordem teórica ou prática, sobretudo nas ciências sociais; somente uma abordagem crítica — o que equivale a dizer: sem preconceitos — pode contribuir para os debates de questões fundamentais tanto para a filosofia, quanto para a educação, ou ainda quanto para uma filosofia de educação. A REVISTA EDUCAÇÃO E FILOSOFIA deve representar um fórum de permanentes debates aberto a todo educador, todo pensador e, sobretudo, a todo pensador-educador. Propomo-nos a acolher e divulgar contribuições que sintetizem os resultados de investigações empíricas e teóricas e de projetos práticos, preferencialmente, mas não exclusivamente, desenvolvidos na região do Triângulo Mineiro. Dentro do princípio de que o caráter objetivo e preciso do conhecimento científico não é incompatível com os conformismos diante das injustiças de toda ordem, pretendemos, ainda, ser um estímulo aos balanços críticos. A REVISTA EDUCAÇÃO E FILOSOFIA é a soma do que temos e somos, mas será um veículo para atingirmos aquilo que queremos ser e ter. Deverá abrir caminho para a reflexão filosófica, a reflexão sobre educação, a reflexão sobre o ensino da filosofia e possibilitará o diálogo com os pensadores e educadores presentes e pretéritos visando à construção do futuro. Nós não teríamos sido justos se olvidássemos o empenho da professora Carmelita Vieira dos Santos, chefe do Departamento de Pedagogia para que, diante de tantos cortes de recursos, fossem mantidos aqueles destinados à revista. Nossos agradecimentos também à professora Marly Bernardes de Araújo, diretora do Centro de Ciências Humanas e Artes. Ao Conselho do Departamento de Pedagogia, nossa gratidão por ter acolhido a Revista. (shrink)

Editorial de apresentação da Logeion: Filosofia da Informação.

Datos de las/los autores que colaboraron en el Año XXIII, Nº 26 (enero-diciembre 2022), de Páginas de Filosofía.

Normas de publicación para lxs autorxs interesados en remitir sus originales para su evaluación por Páginas de Filosofía.

Normas de publicación para lxs autorxs interesados en remitir sus originales para su evaluación por Páginas de Filosofía.

Sumario del Año XXV, Nº 28 (enero-diciembre 2024), de Páginas de Filosofía.

Consejo Editorial y lineamientos de Páginas de Filosofía.

Sumario del Año XXIII, Nº 26 (enero-diciembre 2022), de Páginas de Filosofía.

Consejo Editorial y lineamientos de Páginas de Filosofía.

Resumen:Juan José Fuentes Ubilla nació el 6 de septiembre de 1979 en la ciudad de Santa Cruz. Fue estudiante, ayudante y luego profesor del Departamento de Filosofía de la Facultad de Filosofía y Humanidades de la Universidad de Chile. Fue ayudante de la profesora Patricia Bonzi, con quien se formó en filosofía contemporánea y especialmente en la fenomenología de autores como Lévinas y Arendt. Ayudante del profesor Arturo Fontaine y luego profesor del curso de Filosofía Medieval. Ayudante y luego coinvestigador (...) del profesor Humberto Giannini en el proyecto Fondecyt “El horizonte ético-político del perdón de la promesa: claves para una ética del conflicto”. Realizó su especialización de posgrado en estudios medievales, especialmente en los estudios de la tardoantigüedad, la influencia y el conflicto entre helenismo y cristianismo primitivo. Obtuvo su máster en Filosofía, mención Historia de la Filosofía en la Universidad Paris IV (Sorbonne). Continuó su formación de doctorado en Ciencias de la Religión y Sistemas de Pensamiento, en la École Practique des Hautes Études, bajo la dirección de Andrei Timotin. (shrink)

Datos de las/los autores que colaboraron en el Año XXV, Nº 28 (enero-diciembre 2024), de Páginas de Filosofía.

O Grupo de Trabalho Filosofar e Ensinar a Filosofar da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) surgiu em 2006 e vem se consolidando através de reuniões anuais, publicações, circulação de informações e debates em sua lista eletrônica. Nesta entrevista conferida à RESAFE, Filipe Ceppas, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colaborador do Programa de Pós-graduação da Universidade Gama Filho (UGF) e atual coordenador do GT Filosofar e Ensinar a Filosofar, descreve alguns dos principais desafios do (...) ensino de filosofia na atualidade, reflete sobre o lugar do pensamento filosófico-educativo na academia, provê um relato da história do GT e de suas próprias investigações como pesquisador da área. (shrink)

En este artículo analizo primero la significación de la filosofía matemática de Kant para la investigación de fundamentos; paso luego a mostrar su función en la Crítica de la Razón Pura; finalmente rastreo algunos antecedentes históricos.: In the first part of the paper the author describes the reception of the kantian philosophy of mathematics in the foundational research from Frege to Cohen. The second part deals with the question whether Kant has rejected or not the ideal of mathematizing philosophy. In (...) the third part a new interpretation of Descartes philosophy of mathematics is proposed. According to a very natural reading of the Regulae Descartes becomes a forerunner of Kant and the modern constructivists. (shrink)

In un periodo in cui la storiografia filosofica italiana andava ridefinendo la sua identità, dopo la crisi dell’"egemonia" crociana e gentiliana, quella di Valerio Verra è stata senz’altro una delle figure più notevoli. A lui si deve infatti la ridefinizione di alcune tra le più importanti categorie storiografiche, e l’idea che la ricerca storica sia indispensabile per riconoscere, al di là di preconcetti teorici, la natura e i compiti della filosofia contemporanea. A due anni dalla morte, queste pagine ne (...) analizzano l’attività di storico della filosofia nel contesto in cui si è formata, mettendone in evidenza tematiche, metodi e criteri. (shrink)

En su libro Verdad y Método H.G. Gadamer fomentó el renacimiento de la filosofía práctica de Aristóteles. Sin embargo, de acuerdo a su interpretación, la filosofía práctica tiende a ser identificada con la phrónesis, i.e. con la sabiduría práctica. Para Aristóteles, la filosofía práctica es un conocimiento científico, si bien es menos rigurosa que la filosofía teórica, y hace uso de demostraciones, aunque sus demostraciones no son siempre válidas, sino sólo en la mayoría de los casos. Además, la filosofía práctica (...) emplea un método dialéctico que consiste en la discusión de diferentes opciones a la luz de las premisas más aceptadas. La phrónesis, por el contrario, es una virtud, i.e. una excelencia de la razón, que consiste en la capacidad de llevar a cabo una deliberación correcta, i.e. escoger los medios que resulten más aptos para alcanzar un fin adecuado. Consecuentemente, para Aristóteles el phrónimos no necesita ser filósofo pero, en cambio, el filósofo que desea alcanzar la sophía, debe ser un phrónimos. (shrink)

Este artigo examina três figuras típicas do discípulo na filosofia antiga: o socrático (“filho ciumento”), o epicurista (“doente curado, mas psitacista”) e o aristotélico (“hermeneuta insatisfeito”).

En este texto intento analizar la relación de Roland Barthes con la filosofía, tal como aparece en sus obras. Trato de responder dos preguntas: ¿es Barthes un filósofo? ¿Es su obra filosofía? Por medio de un examen panorámico de sus escritos, muestro como sus obras están hechas de filosofía, clásica y contemporánea. Y señalo que el propio Barthes, al final de su carrera, se presentaba a sí mismo como filósofo.