A filosofia da linguagem dedica-se ao estudo da linguagem natural. Não se dedica ao estudo de línguas particulares, tal como o português, o castelhano ou o inglês, mas sim ao estudo filosófico de características gerais da linguagem e da nossa capacidade e proficiência linguística enquanto seres humanos. A investigação do desenvolvimento da linguagem é uma tarefa a ser desenvolvida pela ciência – a paleontologia, a neurologia, etc. Mas a ciência ocupa-se de algo de que temos um conhecimento intuitivo prévio – (...) a linguagem natural. Ora, a filosofia da linguagem dedica-se em parte a tornar explícito o nosso conhecimento implícito da linguagem. Como tal, a filosofia da linguagem é uma disciplina central na filosofia. Este capítulo é uma introdução selectiva à filosofia da linguagem. A alternativa que se nos deparava era fazer uma breve apresentação de teorias do significado, da referência e da verdade, e ainda de alguns tópicos de pragmática, ou escolher um tópico em particular que é, tradicionalmente, o elegido nos cursos introdutórios à filosofia da linguagem. Este capítulo oferece assim uma introdução a alguns dos temas centrais e clássicos da filosofia da linguagem contemporânea. A maior parte do capítulo dedicar-se-á a teorias da referência, a de Frege e de Russell, e à sua crítica subsequente por filósofos como Saul Kripke. Isto poderia levar-nos a pensar que a filosofia da linguagem contemporânea continua, como era tradicional, focada simplificada da relação entre linguagem, mente e mundo. Nada podia estar mais longe da verdade, como se tornará claro. A grande alteração na perspectiva sobre o estudo da linguagem, que se deve a pessoas como Frege ou Russell, é que graças ao seu trabalho os filósofos passaram a reflectir sobre a contribuição semântica sistematicamente feita por diferentes categorias sintácticas nas diferentes construções frásicas em que possam ocorrer, por exemplo a de termos referenciais como os nomes próprios. A relação linguagem-mente-mundo continua a ser uma preocupação dos filósofos contemporâneos, mas de uma forma muito mais sofisticada, rigorosa e sistemática. Os filósofos preocupam-se agora, por exemplo, com as condições de verdade correctas de usos particulares de frases, com os estados de coisas reais ou possíveis que confeririam verdade ou falsidade às frases usadas, e com o valor cognitivo de distintos tipos de frases. Como indicaremos na última secção do capítulo, outros desenvolvimentos da filosofia da linguagem contemporânea dizem respeito àquilo que nós, enquanto seres humanos, conseguimos fazer por meio da linguagem, aos diferentes actos de fala possíveis, e aos diferentes níveis de significado que podemos comunicar por meio do uso de frases com um significado convencionalmente estabelecido. (shrink)

Context: Affordances are gaining momentum as a key object of study in the cognitive sciences and the philosophy of mind. In The Philosophy of Affordances I propose a new way to understand ….

This interdisciplinary volume brings together specialists from different backgrounds to deliver expert views on the relationship between morality and emotion, putting a special emphasis on issues related to emotional shocks. One of the distinctive aspects of social existence today is our subjection to traumatic events on a global scale, and our subsequent embodiment of the emotional responses these events provoke. Covering various methodological angles, the contributors ensure careful and heterogeneous reflection on this delicate topic. With eleven original essays, the collection (...) spans a wide variety of fields from philosophy and literary theory, to the visual arts, history, and psychology. The authors cover diverse themes, including philosophical approaches to political polarization; the impact of negative emotions such as anger on inter-relational balance; humour and politics; media and the idea of progress; photography and trauma discourse; democratic morality in modern Indian society; emotional olfactory experiences; phenomenological readings of spatial disorientation, and the significance of moral shocks. This timely volume offers crucial perspectives on contemporary questions relating to ethical behaviours, and the challenges of a globalized society on the verge of political, financial and emotional collapse. (shrink)

A todo el mundo le gusta estar enamorado, el amor alimenta la fantasía de poder ser otro sin dejar de ser el mismo. Devolvemos a la persona amada la imagen exagerada de sus cualidades amplificadas. Sin embargo, nuestra sociedad jalea de puertas para afuera a los enamorados y desconfía de ellos puertas para adentro. Como el resto de humanos, los grandes pensadores vivieron intensamente, para bien o para mal, el amor. Sin embargo, ellos nos han dejado el legado de todas (...) las ideas que tuvieron sobre este sentimiento. ¿Quién no ha sentido amor platónico? ¿Quién no se ha dejado arrastrar por el deseo? ¿Quién no se ha obsesionado con el amado? ¿Cuántas veces nos hemos enamorado de la imagen que nos hacemos de alguien en lugar de la persona real? (shrink)

In this paper, we analyze a way of valuing positively something which rarely has been taking into account in the literature: to value positively something because it could be valued positively by someone else. The main features of that way of valuing something are really very suggesting. Here, we would not have instrumental valuations, nor valuations directly sensitive to intrinsic values either. However, there would be cases in which valuations made in that way would make us able to detect things (...) that can be valued in an inconditional way. When we imagine or conceive what could be value positively, our motivational structures face us with something that is valued without evaluative conditions and, therefore, with something that is a good candidate to have an intrinsic value. (shrink)

Necessitism about individuals claims that necessarily every individual necessarily exists. An analogous necessitist thesis attributes necessary existence to properties and relations. Both theses have been defended by Williamson. Furthermore, Williamson specifically argues against the hybrid conjunction of first-order contingentism and higher-order necessitism; a combination that would bring about additional drawbacks. I work out a defence of the hybrid combination, including some replies to Williamson’s additional objections. Considerations of ontological parsimony and pre-theoretical intuitions favour the hybrid view over necessitism at all (...) orders. (shrink)

At the beginning of the decade 1770-1779, Kant developed a critique of taste that, even if it needs to be understood pre-critically, influenced the way in which Kant presented his arguments in the trascendental deduction of the judgment of taste, in 1790’s Critique of Judgment. Several important features of this final argument can be traced back to Kant’s early writings. Amongst them, the following ones might be mentioned : the rejection of the prescriptive role of taste principles, or the feeling (...) of beauty, understood as the subjective effect on the mind of a legislation resting on a priori principles. The aim of this paper is to offer a reading of Kant’s first aesthetic project, based on the Dissertatio, and to shed some light on the trascendental meaning of the critique of taste in the Critique of Judgment, offering a comparative analysis between the Critique of Judgment and the first aesthetic project. (shrink)

Resumen La cuestión del tiempo es uno de los principales objetos de estudio que ocuparon a Simone Weil. En efecto, está intensamente presente en su obra desde sus primeros textos hasta sus últimos escritos. La razón es de peso: para esta autora es a través del tiempo que accedemos a la realidad y a toda posibilidad de sentido en sta. Ahora bien, nuestra intención es mostrar que si bien es cierto que la concepción del tiempo de S. Weil, en sus (...) años de madurez, se erige desde una perspectiva espiritualista, mística y religiosa, en su primera época la filósofa se instala en una ontológica fuertemente influenciada por Kant, que la lleva a restringir lo temporal al marco de la experiencia posible, en el sentido que le da el pensador alemán.The question of time is one of the most important subjects in Simone Weil’s philosophy. Indeed, time’s issue is intensively present in her works from her earlier texts until her last writings. This can be explained by the fact that, for this author, it is through time that we can access to reality and find any sense into the latter. That being said, our goal is to show that, if certainly it can be affirmed that S. Weil’s conception of time in her maturity years is constructed from a spiritual, mystic and religious perspective, at the opposite, in her first period, the philosopher settles her views through an ontology strong influenced by Kant, which conducts her to limited temporal matters into the frame of possible experience, according to the definition of this expression given by the German thinker. (shrink)

La discusión actual sobre el método expositivo de Aristóteles en el área de la filosofía práctica ha perseguido revertir el otrora predominante paradigma exegético que encontraba como único camino de investigación a diversas formas de la dialéctica (Owen, Aubenque, Barnes). Tal paradigma ha sido sometido a una revisión crítica y se ha invocado alternativamente el uso del “método de los _Analíticos_” en las obras éticas (Natali, Karbowski). Nuestra lectura de _Política_ I asume esta nueva línea interpretativa, pero pretende ir más (...) allá para prestar atención a la forma en que Aristóteles se ocupa de explicar diversos fenómenos (de allí la descripción), elaborar principios (definiciones) y luego construir demostraciones (explicaciones). En efecto, nuestra hipótesis de lectura es que en los capítulos iniciales de _Política_ I se elaboran un conjunto de definiciones que están en la base, _sc_., son las premisas, de las demostraciones ulteriores. Estas definiciones se configuran a partir de una particular base empírica, pero adquieren su validez de principios sólo en los desarrollos donde pueden ser el fundamento de las diferentes explicaciones o demostraciones. (shrink)

Einleitung -- Phänomenologie -- Epistemologie -- Poetologie -- Schlussbemerkungen -- Verzeichnisse.

El paradigma tradicional en el sistema de patentes se basaba en que solo eran patentables las invenciones, lo que indirectamente excluía la materia viva. Sin embargo, la irrupción de la biotecnología en la propiedad industrial ha supuesto un sustancial vuelco en estas premisas, debido, entre otros factores, a que los seres vivos presentan una naturaleza dual, ya que son al mismo tiempo materia viva e información. Además, la aceleración de las investigaciones en lo referente a la biología sintética y a (...) la inteligencia artificial añade una complejidad creciente a nuestra temática. Pues bien, para analizar los problemas que genera la propiedad privada en lo referente a la vida, hemos creado un modelo con tres pares de variables, invención/ descubrimiento, materia/información, y materia inerte/viva. El objetivo último es clarificar las narrativas que subyacen tras los numerosos documentos que tratan de encauzar, regular y/o refutar las biopatentes. (shrink)

History of science provides access to a reservoir of meaningful experiments that can be studied and reproduced in classrooms. This is the case of Joule’s paddle-wheel experiment which displays the potentiality to help students improve their understanding of the concept of energy. This experiment has been mentioned in many physics textbooks during the twentieth century. Recently, it has received renewed attention by several researchers in science education. However, the accounts of Joule’s experiment proposed by these researchers are at variance with (...) each other: either in terms of equivalences, in terms of energy change, or in terms of energy transformation and Rankine’s definition. This raises several questions: What is their respective contribution to the understanding of the historical emergence of the energy concept, and to the understanding of the very meaning of this concept? Are these accounts concurrent? Eventually, how can they help for the teaching energy? To investigate these questions, historical details concerning this experiment are first considered. It is stressed that Joule did not made use of the concept of energy, and instead described his experiment in terms of conversion of living force into heat. The three accounts of Joule’s experiment are then presented and their respective contribution discussed. By emphasizing different aspects of this experiment, they are shown to suggest different strategies for teaching energy. For all that, they are not contradictory and, considered together, they bring to light the great potential of Joule’s experiment to foster students understanding of this concept. (shrink)

En su obra tardía Lukács investiga las categorías ontológicas materialistas que definen la “esencia genérica humana”. En ella arriba a la categoría de “reflejo”, un proceso cognoscitivo que incluye un movimiento recursivo entre el sujeto y el objeto, actualizado durante el trabajo, que permite al sujeto conocer el mundo objetivo e intervenir en él. El artículo plantea que, en tal movimiento, ocurre una estrategia interpretativa que corresponde con el “círculo de la interpretación” desarrollado por la tradición hermenéutica.