Abstract
O presente artigo tem como objetivo abordar o conceito de “partilha do sensível” esboçado pelo filósofo francês Jacques Rancière dentro de uma ótica de dispositivo de controle da homossexualidade, este conceito está relacionado a ideia de que a partilha do sensível possui uma crítica de Jacques Rancière com relação a ideia de uma estrutura social de Platão, que representa uma estrutura estática, uma estrutura engessada, que privilegia aquele que já se encontrou na sociedade. Esse conceito mais particular de partilha é apresentado e define, de certa forma quem aparece e que toma parte dos espaços, tempos e tipos de atividades de acordo com suas ocupações, o tempo e o espaço é quem vão determinar a maneira como um comum se presta a participação, assim como uns e outros também tomam parte nessa partilha. Nesse sentido, será abordado a maneira que essa partilha do sensível se apresenta e toma parte do sujeito homossexual na sociedade tendo em vista o modelo padrão e heteronormativo de comportamento que a sociedade impõe a todos que dela fazem parte.