Abstract
Este texto se configura enquanto um ensaio sobre a análise das dinâmicas do olhar nas pornochanchadas através da problematização das noções de visibilidade e percepção. O primeiro momento, dividido em duas partes, liga as dinâmicas de visibilidade, com base nas discussões propostas por Didi-Huberman (1998) e Xavier (2003), às problemáticas de erotismo, nojo e individualidade propostas por A Dama do Lotação (Neville d´Almeida, 1978), enquanto o segundo faz a ponte entre os modos de percepção, distração e atenção, a partir dos estudos de Merleau-Ponty (1984) e Crary (2013), e as especificidades de As Cangaceiras Eróticas (Roberto Mauro, 1974) enquanto pornochanchada que privilegia uma determinada abordagem do humor e do erotismo.