Abstract
A intervenção percorre a história dos atributos antonianos, iniciando-se pela figura e suas vestes: Menino de coro, Cónego regrante de Santo Agostinho e Franciscano. Analisa a evolução das vestes franciscanas e o caso único com adereços de Doutor. As primeiras representações portuguesas mostram António com o atributo da cruz, reveladora de um seguidor de Cristo pobre e crucificado. O livro aparece aberto ou fechado e caracteriza um depositário da doutrina evangélica. O Menino Jesus é atributo preferido desde o século XV. Começa por aparecer sobre o peito e depois a aparição adopta variadíssimas posições em relação, muitas vezes, com o livro. A açucena, documentada desde quinhentos, torna-se mais habitual desde o século XVII. Estudam--se também os atributos por contaminação com Santo Antão Abade. Novos temas relacionam o Santo com as almas do Purgatório e com a devoção ao pão dos pobres, muito divulgada no século XIX.