Abstract
Este artigo narra os encontros de jovens periféricos na Praça do Final da Linha, localizada no bairro de Sapiranga, em Fortaleza. Exploramos a praça como um espaço multifacetado e multifuncional, que desempenha diversos papéis essenciais na comunidade, servindo como escritório, palco e local de louvor. Entre 2019 e 2020, diferentes coletivos juvenis e jovens moradores das comunidades do bairro passaram a ocupar a praça, realizando feiras, exibições de filmes, cursos de empreendedorismo e o festival Sapiranga Sound System, entre outras atividades. Essas iniciativas projetaram artistas locais e foram vinculadas ao debate sobre questões de classe, etnia, gênero e sexualidade. A arte emergiu como a alternativa encontrada por esses jovens para enfrentar desafios como a violência, a ausência de políticas públicas e a vulnerabilidade econômica.