Abstract
O Argumento do Conhecimento de Frank Jackson é um dos mais influentes argumentos contra o fisicalismo. Jackson defende que nenhuma informação física captura os aspectos subjetivos da experiência, os qualia. Os objetivos deste artigo são expor o argumento do conhecimento e analisá-lo submetendo-o a três críticas. A primeira é a crítica desenvolvida por Dennett que nega que Mary aprende alguma coisa quando ela vê o vermelho pela primeira vez. A segunda crítica é a hipótese da habilidade de Lewis, que afirma que quando Mary vê o vermelho pela primeira vez, aprende uma habilidade. E a terceira crítica, baseada nas identidades a posteriori do tipo água=H2O, afirma que o que Mary aprende ao ver o vermelho não corresponde a um novo fato, mas a um novo modo de apresentação de um mesmo fato físico. Concluiremos que estas críticas falham ao responder o que Mary aprende com a experiência, na medida em que não explicam o seu progresso epistêmico.