Nosso objetivo é problematizar os modos de subjetivações em interface com o aprender que se circunscreve em meio à vida no ambiente universitário. Para além de critérios avaliativos e paradigmas psicológicos, buscamos a temática do aprender sob o viés das Filosofias da Diferença, perpassando pelo escopo da inventividade. Nessa direção, encontramos, em Deleuze, a ideia de que o pensamento produz uma diferença quando é coagido pelo encontro com os signos que o forçam, desdobrando, daí, algo que lhe confira novo sentido. (...) Partimos de um contexto educacional que se encontra em constante mudança diante do aumento demográfico e sociocultural, face às novas formas de ingresso no ensino superior, nos últimos anos, e no qual se constatou um crescente não aproveitamento acadêmico de estudantes bolsistas da Assistência Estudantil da Universidade Federal de Pelotas. Isso impulsionou a realização de análise documental com 557 alunos que não atingiram a média de 70% em 2013/1. Os dados quantitativos foram obtidos através dos softwares EPI INFO e SPSS, e, utilizamos os testes estatísticos ANOVA e Teste-t para analisar as variáveis em exposição, associando-as ao aproveitamento acadêmico. Articulamos a essa análise com o método cartográfico, o qual visa acompanhar os processos subjetivos. Distanciando-nos de aspectos representacionais e identitários, os resultados indicaram que o baixo aproveitamento acadêmico relaciona-se menos com dificuldades cognitivas e mais com contingências do contexto acadêmico, sofrimento psíquico e heterogeneidades, em que as subjetividades emergem como territórios existenciais em condições de provisoriedade. Diante das distintas geografias, variados modos de composição familiar, diferentes tipos de moradia, diversos vínculos com os cursos de graduação e com a Universidade, as singularidades estudantis ganham expressões que são transversalizadas pelos modos de ser e estar jovem, que permeiam o aprender em meio à vida. Dessa forma, os achados desta investigação reverbera a oportunidade de pensar novas práticas no campo da Educação. Palavras-chave: Aprender inventivo. Subjetivação. Cartografia. Educação. (shrink)

Como a filosofia da diferença pode impregnar a formação de professores nesta contemporaneidade por intermédio de arranjos múltiplos, da disseminação de saberes diversos, dos encontros variados e das composições inéditas, a partir dos passeios urbanos? Eis a questão norteadora da escrita deste texto, iniciada na pesquisa-intervenção denominada Tramas e usos do passeio urbano: por uma estética professoral . Entendendo que os saberes estão sempre se transformando e se relacionando, objetivamos tecer tramas entre a filosofia da diferença, as ciências educativas e (...) a arte contemporânea a fim de realizar fissuras na maneira tradicional que está sendo trabalhado os procedimentos formativos. Justifica-se a importância do texto ao considerar as tantas indicações sobre como ser e fazer – enquanto uma demanda modulada por experts educacionais – acabando-se por perder a análise sobre as próprias condições de vida, ficando-se alheio ao poder de gerenciar a existência. O método cartográfico foi utilizado sugerindo uma investigação sobre o processo da produção dos dados. Trabalhar conceitos filosóficos, artísticos e educacionais, possibilitou o enfrentamento do pensamento caótico acionado em função da experimentação de dispositivos singulares. Podemos dizer que a intervenção proposta pulverizou a Educação, através das experimentações no passeio urbano, possibilitando que conexões na prática professoral tenham se formado e territórios docentes desconstituídos ou reforçados. O inédito prevaleceu à repetição do mesmo. Por isso, se aposta nesse modo educacional que age no indivíduo, que faz acontecer alguma coisa com os sujeitos envolvidos. Não há escapatória. É condição sobre a qual o pensamento é colocado a pensar, exigindo uma didática que põe alguma coisa a funcionar. (shrink)

Neste texto pretendemos explorar a ideia de devir a partir da novela “A metamorfose” de Franz Kafka. Pela leitura, evidenciamos a presença da animalidade na sua escrita, de maneira que nos chama a atenção a insistência em dar voz às questões emergentes da sociedade e do modo de vida, não somente animal, mas humano: A metamorfose de Gregor Samsa, que acorda numa manhã transformado em um inseto. Partimos, também, da concepção de devir para os filósofos Deleuze e Guattari enquanto estado (...) de sensação que é capaz de multiplicar as intensidades afetivas, de pensamento e expressão em um corpo. Relacionamos a docência e a problemática da existência por meio da literatura e da filosofia. Tal investigação é impulsionada por experimentações realizadas com professores, atuantes e em formação, na Oficina de escrileituras denominada Conatus, utilizando-se, dentre outras matérias, da literatura kafkiana para questionar o fazer docente e aquilo que adoece em meio ao cotidiano escolar. Diante das pequenas novelas de rádio escritas e gravadas pelos participantes, nos deparamos com a interrogação: quais são as condições para que algo seja criado na prática pedagógica? As novelas deram visibilidade, entre outras questões, aos conflitos enfrentados na profissão. Destacamos a criação intitulada “A vaca”, onde os professores acenaram suas inquietações e a desfiguração da sua imagem como uma linha de fuga da identidade depreciativa e sagrada tomada por diferentes circunstâncias e local em que se vive. Como resultado entendemos que a literatura e a filosofia mostram-se como intercessoras potentes, ao favorecem a desconstrução de significações e a abertura para pensar sobre as condições de possibilidades de outros modos de existir. Palavras-chave : Kafka. Devir-animal. Literatura. Filosofia da diferença. Escrileituras. (shrink)

A investigação operou por meio dos Ateliês de Escrileituras: Conatus e Rabiscos de sensações na produção de um corpo crianceiro. O trabalho teve por objetivo fazer “escrever a n-1”, segundo um agenciamento rizomático de saberes. Produziram-se escrituras a partir de elementos extraídos da arte, da filosofia e da ciência. Destacam-se os Ateliês na proposta de uma escrita que extraí a unidade da multiplicidade, de uma vida potente e saudável.

Levando em consideração a ideia de aprender para Deleuze, este artigo tem por objetivo investigar os modos como vêm sendo realizadas intervenções nas práticas de leitura e de escritura em escolas brasileiras da rede pública que aderiram ao projeto denominado Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida, durante seus quatro anos de desenvolvimento, de 2010 a 2014. Este trabalho prioriza a análise de Oficinas planejadas e desenvolvidas por diferentes universidades do país na composição de quatro núcleos de pesquisa. (...) Filoescritura com Kafka, Cores, sabores e texturas e Vida! foram as atividades escolhidas para o exercício de análise, sendo aquelas direcionadas aos estudantes do ensino fundamental e disponibilizadas na coleção intitulada Caderno de notas 5. De maneira a contemplar todos os núcleos do projeto, analisou-se, também, a Oficina denominada Filodança. Como resultado, compreende-se que um aprender, observado pela perspectiva filosófica deleuziana e experimentado em Oficinas de Escrileituras, constitui-se pela invenção, ao vivenciar outras formas de se relacionar com o pensamento, seja lendo, escrevendo ou criando. Torna-se, dessa forma, um processo não somente de solução, mas de invenção de outros problemas ainda não existentes. A aprendizagem acontece pelo meio, entre o não saber e o saber. Dos possíveis agenciamentos realizados e dos efeitos produzidos durante as atividades, percebe-se um modo artistador de operar com o ler-escrever, levado pelas circunstâncias que provocam tal ação a partir dos signos emitidos daquilo que se reúne da arte, da filosofia e da ciência. Palavras-chave : Aprender. Projeto Escrileituras. Oficinas de Escrileituras. Filosofias da diferença. (shrink)

Na presente investigação, objetivou-se analisar, a partir do referencial teórico e metodológico pós-estruturalista, os conceitos de Ciência, Tecnologia e Sociedade na trama com a educação e o ensino de Ciências. Como substrato teórico são utilizadas obras de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Felix Guattari, ofertando pistas para ampliar a discussão destes conceitos. Na reunião dos saberes investigados, afirma-se um pensamento científico que desenvolve a produção de sentidos para a educação. Diante do exposto, pensa-se em um ensino, que crie estratégias de (...) existências, que reivindique a trama de teorias e práticas, operando os conteúdos científicos na Sociedade. (shrink)

Serious mental health disorders are increasing among college students and university counseling services are often overburdened. Mobile applications for mental health have been growing exponentially in the last decade and they are emerging in university settings as a promising tool to promote and intervene in college students' mental health. Additionally, considering the recent covid-19 pandemic, mHealth interventions, due to its nature and possibilities, may play an important role in these institutions. Our main objectives are to explore mhealth interventions in universities, (...) regarding its conceptual framework, acceptability and efficacy outcomes and understand its impact and contributions to address treatment delivery and psychological difficulties resulting from covid-19 pandemic. The literature search was conducted in scientific databases, namely, Web of Science, Pubmed, and Scopus. A search in app stores was not conducted, thus regarding commercially available apps, only those found in our database search were included in our review. We selected studies with mobile applications addressing psychological interventions for college students. A total of 2,158 participants were included in the 8 selected studies and most interventions were delivered through mobile apps only and based in cognitive behavioral therapy. Results suggested that college students accept and adhere to these interventions and preliminary evidence of efficacy was demonstrated in different disorders, such as stress, anxiety, depression and risky behaviors such as alcohol and tobacco abuse and sexual knowledge. We conclude that universities, particularly college counseling services, may benefit from mhealth interventions, not only to address college students' mental health but to decrease some of its difficulties related to lack of human resources. Specifically in covid-19 pandemic context, these interventions may contribute significantly by promoting and delivering psychological interventions at a safe distance. (shrink)

Engagement in marine science has historically been the privilege of a small number of people with access to higher education, specialised equipment and research funding. Such constraints have often limited public engagement and may have slowed the uptake of ocean science into environmental policy. Recognition of this disconnect has spurred a growing movement to promote ocean literacy, defined as one’s individual understanding of how the ocean affects people and how people affect the ocean. Over the last 2 decades, this concept (...) has gained significant traction in marine biology and environmental education circles and now plays a prominent role in the UN’s Decade of Ocean Science for Sustainable Development. Here, we argue that the ocean literacy agenda has largely been shaped and discussed by marine scientists and educators but needs to be expanded to a much larger constituency to be more effective, accessible and inclusive. We discuss diverse cultural settings from around the world and provide examples of indigenous, spiritual, art, ocean user and other groups that are already deeply engaged with the ocean and could provide a variety of perspectives to enrich the ocean literacy concept beyond an understanding of marine science. We suggest that such inclusiveness could remove the historic barriers that have surrounded the field, transform our collective awareness of and relationship with the ocean and help support ongoing efforts to restore marine biodiversity. (shrink)

O artigo verificou se após um programa de alfabetização, pessoas adulto-idosas com doenças crônicas apresentaram capacidade cognitiva à autonomia e autoconfiança aos cuidados de saúde. De método qualitativo na transversalidade com a pesquisa-ação, realizado no interior da Bahia com um grupo de mulheres, idade entre 53 a 73 anos, de um núcleo interdisciplinar de cuidados à saúde, todas com déficit de autocuidado potencializado pelo analfabetismo. Os resultados demonstraram que no ciclo vital tardio, mães/avós encontraram na alfabetização o empoderamento da cidadania (...) a da autogestão dos cuidados de si próprios. A prática educacional então, se tornou uma estratégia-chave à potencialização do letramento ao cuidado humano das pessoas relacionado à promoção de sua saúde. Palavras-chave: Alfabetização, Empoderamento, Pessoa Idosa, Cuidado de si. (shrink)

Objetiva-se no texto analisar o ensino de história na formação inicial e continuada, através do estágio docente obrigatório em espaços escolares, tematizando o racismo institucional e o sexismo. O conceito de racismo institucional será interseccionado com o de sexismo, pois a análise destaca fenômenos observados com jovens estudantes negras, licenciandas do Curso de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sob a perspectiva da abordagem qualitativa, consideram-se as práticas pedagógicas, construídas em processos de ensino e pesquisa, desenvolvidas a (...) partir de autorreflexões e entrevistas abertas com estudantes negras em formação inicial. Problematiza-se a presença da branquitude, do sexismo e do racismo nas formas de viver e pensar essas práticas pedagógicas. Fundamenta-se em autoras como bell hooks, Grada Kilomba, Nilma Lino Gomes e Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, em associação com produções do campo específico do ensino de história no Brasil. As considerações parciais apontam a presença hegemônica das maneiras de agir e de pensar da branquitude no imaginário das comunidades escolares e universitárias, produzindo ações de discriminação racial e de gênero. (shrink)

Not limited to merely mathematics, probability has a rich and controversial philosophical aspect. _A Philosophical Introduction to Probability_ showcases lesser-known philosophical notions of probability and explores the debate over their interpretations. Galavotti traces the history of probability and its mathematical properties and then discusses various philosophical positions on probability, from the Pierre Simon de Laplace's “classical” interpretation of probability to the logical interpretation proposed by John Maynard Keynes. This book is a valuable resource for students in philosophy and mathematics and (...) all readers interested in notions of probability. (shrink)

: We offer a response to four themes that result from the commentators’ inquiries and critiques: the psychodynamic perspective in contemplative research; the limitations of self-….

One of the first to criticize the verifiability theory of meaning embraced by logical empiricists, Reichenbach ties the significance of scientific statements to their predictive character, which offers the condition for their testability. While identifying prediction as the task of scientific knowledge, Reichenbach assigns induction a pivotal role, and regards the theory of knowledge as a theory of prediction based on induction. Reichenbach’s inductivism is grounded on the frequency notion of probability, of which he prompts a more flexible version than (...) that of Richard von Mises. Unlike von Mises, Reichenbach attempts to account for single case probabilities, and entertains a restricted notion of randomness, more suitable for practical purposes. Moreover, Reichenbach developed a theory of induction, absent from von Mises’s perspective, and argued for the justification of induction. This article outlines the main traits of Reichenbach’s inductivism, with special reference to his book Experience and prediction. (shrink)

A collection of articles originally presented at two conferences, the first at Ventura Hall, Stanford, in April 1998; and the second at the University of Bologna in September 1999.

Risk taking is a component of the decision-making process in situations that involve uncertainty and in which the probability of each outcome – rewards and/or negative consequences – is already known. The influence of cognitive and emotional processes in decision making may affect how risky situations are addressed. First, inaccurate assessments of situations may constitute a perceptual bias in decision making, which might influence RT. Second, there seems to be consensus that a proneness bias exists, known as risk proneness, which (...) can be defined as the propensity to be attracted to potentially risky activities. In the present study, we take the approach that risk perception and risk proneness affect RT behaviours. The study hypothesises that locus of control, emotion regulation, and executive control act as perceptual biases in RT, and that personality, sensation seeking, and impulsivity traits act as proneness biases in RT. The results suggest that locus of control, emotion regulation and executive control influence certain domains of RT, while personality influences in all domains except the recreational, and sensation seeking and impulsivity are involved in all domains of RT. The results of the study constitute a foundation upon which to build in this research area and can contribute to the increased understanding of human behaviour in risky situations. (shrink)

The Common Cause Principle, stating that correlations are either consequences of a direct causal link between the correlated events or are due to a common cause, is assessed from the perspective of its viability and it is argued that at present we do not have strictly empirical evidence that could be interpreted as disconfirming the principle. In particular it is not known whether spacelike correlations predicted by quantum field theory can be explained by properly localized common causes, and EPR correlations (...) are known to be unexplainable only by common causes that are required to satisfy conditions that are empirically not tested. (shrink)

We establish, generalizing Di Nola and Lettieri’s categorical equivalence, a Morita-equivalence between the theory of lattice-ordered abelian groups and that of perfect MV-algebras. Further, after observing that the two theories are not bi-interpretable in the classical sense, we identify, by considering appropriate topos-theoretic invariants on their common classifying topos, three levels of bi-interpretability holding for particular classes of formulas: irreducible formulas, geometric sentences, and imaginaries. Lastly, by investigating the classifying topos of the theory of perfect MV-algebras, we obtain various results (...) on its syntax and semantics also in relation to the cartesian theory of the variety generated by Chang’s MV-algebra, including a concrete representation for the finitely presentable models of the latter theory as finite products of finitely presentable perfect MV-algebras. Among the results established on the way, we mention a Morita-equivalence between the theory of lattice-ordered abelian groups and that of cancellative lattice-ordered abelian monoids with bottom element. (shrink)

This paper suggests an integration of Wesley Salmon's mechanistic theory of causality with a manipulative account of causation of the kind that has been recently defended by Huw Price and Peter Menzies. Firstly, Salmon's view of causality is outlined, and the main issues of the debate around it are recollected. Secondly, the manipulative view of causality is sketched and the possibility of its integration with Salmon's theory is considered for the purpose of coping with some of the problems raised by (...) its critics. (shrink)

While it is well known that Plutarch’s De facie in orbe lunae was a major source of inspiration for Galileo’s Sidereus nuncius, its influence on his Dialogo sopra i due massimi sistemi del mondo, and especially on his views on gravity, has not been sufficiently explored. This essay offers the first systematic comparison of Plutarch’s and Galileo’s accounts of gravity by focusing on four themes: the thought experiment of a stone falling in a tunnel passing through the center of the (...) Earth; the account of gravity as a tendency to unite with the whole; the view that the Moon is a separate center of attraction; and the impossibility of attraction by an incorporeal point. The essay analyzes the role that these themes play in De facie and in the Dialogo, trying to understand how Galileo appropriated, reworked, and expanded on Plutarch’s views. (shrink)

The philosophy of science took shape as an autonomous discipline in the first decades of the Twentieth Century in connection with the movement known as logical positivism or logical empiricism. According to logical empiricists philosophy of science ought to perform a “rational reconstruction” aimed at exhibiting the logical structure of scientific theories and inferential processes involved in the acquisition of scientific knowledge. While focusing on the syntactical and semantical aspects of scientific language, logical empiricists left out of the realm of (...) the philosophy of science the sociological and psychological aspects of theory formation, as well as all methodological aspects belonging to experimentation. Starting from the early Sixties this conception gradually changed, and philosophy of science underwent a radical transformation, leading to a significant broadening of its scope. New issues and problems were addressed, belonging to fields neglected by the traditional approach. This paper sketches the main features of the discipline as it is understood today as opposed to its traditional outlook, and suggests that the term “philosophy of the sciences” is better suited than “philosophy of science” to describe its present state. (shrink)

The first part of the article deals with the theories of probability and induction put forward by Hans Reichenbach and Rudolf Carnap. It will be argued that, despite fundamental differences, Carnap's and Reichenbach's views on probability are closely linked with the problem of meaning generated by logical empiricism, and are characterized by the logico-semantical approach typical of this philosophical current. Moreover, their notions of probability are both meant to combine a logical and an empirical element. Of these, Carnap over the (...) years put more and more emphasis on the logical aspect, while for Reichenbach the empirical aspect has always been predominant. Seen in this light, Carnap's and Reichenbach's theories of probability can be taken to represent the Viennese and Berlinese mainstreams of the common logical empiricist approach. The second part of the article contrasts the position of these authors with that of the Bruno de Finetti, who is the main representative of the subjective interpretation of probability. Though the latter is sometimes associated with the position taken by Carnap in his late writings, it will be argued that the two are in many ways irreconcilable. (shrink)

Probability as understood today, namely as a quantitative notion expressible by means of a function ranging in the interval between 0–1, took shape in the mid-17th century, and presents both a mathematical and a philosophical aspect. Of these two sides, the second is by far the most controversial, and fuels a heated debate, still ongoing. After a short historical sketch of the birth and developments of probability, its major interpretations are outlined, by referring to the work of their most prominent (...) representatives. The final section addresses the question of whether any of such interpretations can presently be considered predominant, which is answered in the negative. (shrink)

O questionamento que norteia este estudo pode ser assim delineado: Como dialogam Escola dos Annales e a Análise de Conteúdo em pesquisas de caráter histórico? A partir dessa questão, a estrutura narrativa traz aproximações epistemológicas entre ambas as escolhas metodológicas e tece problematizações relativas às desconfianças e resistências no entorno das mesmas. Foram consultados estudiosos que tratam da Interdisciplinaridade, Pesquisa em Educação, Análise de Conteúdo, Método e Teorias Históricas. A discussão compreendeu: O lugar da pesquisa histórica/historiográfica; Escola dos Annales e (...) Análise de Conteúdo nas pesquisas qualitativas e a busca do implícito nas fontes. Por fim, o estudo sublinhou possibilidades de diálogo entre Escola dos Annales e Análise de Conteúdo. (shrink)

Este estudo teve como objetivo investigar a qualidade de vida em pessoas com câncer que buscam assistência em casas de apoio. A amostra foi composta por mulheres (82,5%) e homens (17,5%), (N=57). A metodologia foi quanti-qualitativa. Utilizou-se um questionário sócio demográfico, a escala de qualida..

This article explores the social representation of Information Technology and Network Society from Barthes' semiology, using his ideas about myth creation and the connotation of ideological discourses through naturalization. Supplemented with some concepts from Peirce and Santaella, we try to identify and understand these mystification mechanisms and how they affect the creation of an information order; in this case, a digital order. We conclude that we are before an evangelizing discursive alignment based on mythical elements arisen from our aversion to (...) uncertainty, the energy-saving principle, and an engineering discourse guided by the urgency of profit and power. We highlight the presence of a reckless narrative that permanently repeats the urgent need for information technology and digitalization without considering side effects or costs. (shrink)

Enquanto educador, Rousseau irá propor uma maneira inovadora, à sua época, de adquirir os conhecimentos tradicionalmente constituídos sobre os quais discorre entre os livros dois e três de sua obra pedagógica Emílio ou Da Educação. Partindo dessa premissa, dentro do que pode ser classificado entre os discursos educativos desse autor, o objetivo deste artigo consiste em apresentar a proposta que o filósofo de Genebra delega ao seu aprendiz, Emílio, para a relação que ele deve estabelecer com as Ciências, ou seja, (...) com os saberes constituídos em seu processo de aprendizagem, rol da educação negativa. Para tanto, a metodologia empregada será de análise interpretativa do texto bibliográfico de Rousseau e de comentaristas sobre a temática. O filósofo procura inverter o processo de aquisição do saber ao inserir a experiência como mediadora da aprendizagem enquanto elemento fundamental entre o indivíduo e os elementos empíricos, base aquisitiva para todo conhecimento que componha os discursos científicos ou humanos. Assim, pretende-se contribuir com novas abordagens sobre a teoria do conhecimento em Rousseau e seus reflexos na educação da criança. (shrink)

In De anima, III, Aristotele studia tre operazioni sensibili : percezione dei sensibili comuni, appercezione, discriminazione, cui la critica si riferisce come alla teoria del ‘senso comune’, identificando la αἴσθησις κοινή del De anima con la κοινὴ δύναμις dei Parva naturalia. Ma le due espressioni denotano aspetti ben diversi : la prima indica una capacità posteriore alla divisione della percezione nei cinque sensi, mentre la seconda è una capacità anteriore e radicale della percezione.

A crise dos modelos de representação fundadas em unidades coerentes e ordenadas parece ter como um dos traços o que Bruno Latour (1993) chamou de “híbridos”(1). Os híbridos são a figura da multiplicidade que não cabe em categorias e que a modernidade “varia para baixo do tapete”. Atualmente, assistimos ao “retorno dos que nunca foram”, que interpelam de forma contundente nossas formas de vida, fortemente apoiadas na técnica. Mas como apreender os fluxos de discursos e práticas mediatizadas que nos atravessam (...) sem cair nas armadilhas do tecnicismo? Que configurações poderiam hoje assumir práticas e discursos críticos? Que agenciamentos propor? Tentar compreender o estatuto do tecnológico, do político, do artístico, do urbano e do banal como “artes do fazer” parece-nos uma tarefa urgente e necessária. Gilles Deleuze (1977), em “Kafka, por uma literatura menor” (2), deixa-nos uma importante pista, ao afirmar, em sua definição de agenciamento, que “a técnica é antes de tudo social”. A direção nos permite avançar para além das concepções instrumentalistas e dicotômicas da técnica e percebê-la enquanto processo complexo de mediação. De fato, como também afirmava Simondon (1989), os objetos técnicos sempre foram gerados por mediação e geradores de mediação(4). O presente número da Revista Logos traz justamente contribuições para fomentar esse debate e para compor o já vasto quadro das cartografias sobre tecnologia e sociabilidade no Brasil, no campo das possibilidades de mediação sociotécnica. Trata-se de um número especial, organizado dentro da parceria PPGC-Uerj e Centre d’Etudes sur l”Actuel et lê Quotidien (CEAQ) - Paris V, com a colaboração do Professor Stéphane Hugon, coordenador do GRETECH, grupo de pesquisa sobre Tecnologia e Quotidiano. Se, por um lado, o conjunto de artigos compartilha determinados referenciais teóricos, por outro, acolhe também visões próprias, forjadas a partir de diferentes experiências sociais e em distintos contextos culturais. Em comum, todos partem de certa forma da percepção de que as mediações presentes nos processos de sociabilidade podem colaborar nos processos de negociação com as regras e códigos sociais vigentes para inventar outros possíveis. Todos, de certa forma, dão a ver, em seu conjunto, que entramos numa arena onde os diversos elementos que constituem o social interagem e ganham novos contornos: o político não dialoga apenas com o “ideológico”, mas também com o cultural, o subjetivo, o artístico. Da mesma forma, a arte, por exemplo, não diz respeito apenas ao cânone, mas também ao político, ao urbano, ao sensual e ao banal. Com isso, também a noção de tecnologia se amplia e, entendida como “máquina social”, pode ajudar-nos a melhor apreender as dimensões dos fenômenos culturais e de comunicação hoje. Os onze textos reunidos neste número apontam exatamente para o momento singular em que vivemos sob alguns de seus mais diversos ângulos. Stéphane Hugon da Universidade René Decartes-Paris V/CEAQ discute a importância dos processos de apropriação da tecnologia no quotidiano; João Maia e Eduardo Bianchi, da UERJ, abordam a sociabilidade de jovens adolescentes de uma favela carioca como forma criativa de cidadania; Vicenzo Susca, da Universidade René Decartes-Paris V e da Università di Lingue e Comunicazione de Milão, aborda o aspecto subversivo das tecnologias, através de uma perspectiva transpolítica; Beatriz Bretas da UFMG apresenta estudos de caso sobre modos de organização de redes sociais virtuais no Brasil; Fabio Larocca discute como as tecnologias alteram nosso olhar sobre as dinâmicas sócio-espaciais no contexto das cidades; Florian Dauphin faz uma análise do sofware livre na França, país com uma das mais fortes tradições de organização social desse movimento na Europa; José Pinheiro Neves, da Universidade do Minho, recupera a contribuição de Simondon para uma análise da percepção das imagens nas telas dos computadores; Shangsub Choi, do Korea Information Society Development Institute, aborda as mudanças propiciadas pela internet no quotidiano de pessoas e empresas e as possibilidades de contra-poder; a arquiteta e urbanista Julieta Leite aposta na integração das tecnologias digitais aos tecidos da cidade para a construção de novas experiências espaciais coletivas; Maria da Luz Correia analisa a recuperação da comunicação por cartões postais nos dias atuais. Finalmente, Hedi Zamouri faz uma etnografia da Brigada Anti-Pub, movimento contra o abuso da publicidade nos espaços públicos de Paris e José Cláudio Castanheira resenha o último livro de Shetyl Turkle, “História íntima dos objetos”. A Logos 29, edição especial, chega assim aos leitores com uma gama variada de proposições e de lugares de observação, brindando-nos com novas pistas para a análise de questões que compõem a pesquisa atual no campo da comunicação. Desejamos a todos uma boa leitura. Fernando Gonçalves Editor temático desta edição especial da Logos. Professor adjunto da Faculdade de Comunicação Social da Uerj e membro do Grupo de pesquisa Comunicação, Arte e Cidade, do PPGC-Uerj, onde leciona a disciplina “Tecnologias e Formas de Vinculação Social”. Notas 1 Latour, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994. 2 Deleuze, Gilles. Kafka, por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago, 1977. 3 Simondon, Gilbert. Du mode d’existence des objets techniques. 4eme Édition. Paris: Aubier, 1989. (shrink)

Understanding the role of emotion in moral judgment has been an active area of investigation and debate. Here we comment on this topic by examining the interaction between emotion and moral judgment in certain psychopathological groups that are characterized by abnormalities in emotion processing, such as psychopaths and sexual offenders with paraphilic disorders.

Review & Reply. Review of Gonçalves, R.T. (tr.) Lucrécio. Sobre a Natureza das Coisas(2021).

While foregrounding the historiography of HIV and AIDS in the South African context, this article analyses AIDS as simultaneously existing in three spheres: first, virtually – as the subject matter of electronically measurable research; second, academically – as a topic of research in the discipline of History; and third, actually – as a complex health concern and signifier that, via the field of Medical and Health Humanities, could allow for new collaborations between historians and others interested in understanding AIDS. Throughout, (...) the central focus is the discipline of History and the global trends that become evident when examining metrics about AIDS research, particularly those that show the hierarchies of knowledge ‘production’, the reinforcement of disciplinary boundaries, and the discrepancy between the amount of research ‘produced’ by scientific and humanities disciplines. Overall, the article suggests that ‘post-AIDS’ is not currently helpful to health historians working on South African and other majority world contexts. More specifically, the article reflects on what AIDS histories still need to be written, and I argue that Medical and Health Humanities could provide a space for historians to work within and across disciplinary boundaries given the ever evolving remit of AIDS histories, temporalities, and narratives. (shrink)

Neoliberal ideology and exclusionary policies based on racialized identities characterize the current contexts in North America and Western Europe. Nursing knowledge cannot be abstracted from social, political and historical contexts; the task of examining the influence of race and racial ideologies on disciplinary knowledge and inquiry therefore remains an important task. Contemporary analyses of the role and responsibility of the discipline in addressing race‐based health and social inequities as a focus of nursing inquiry remain underdeveloped. In this article, we examine (...) nursing's engagement with ideas about race and racism and explore the ways in which nursing knowledge and inquiry have been influenced by race‐based ideological discourses. Drawing on Henry and Tator's framework ofdemocratic racism, we consider how strategic discursive responses—the discourses of individualism, multiculturalism, colour‐blindness, political correctness and denial—have been deployed within nursing knowledge and inquiry to reinforce the belief in an essentially fair and just society while avoiding the need to acknowledge the persistence of racist discourses and ideologies. Greater theoretical, conceptual and methodological clarity regarding race, racialization and related concepts in nursing inquiry is needed to address health and social inequities. (shrink)