O presente artigo tem por escopo examinar a tensão entre regulamentação e liberdade de mercado na União Europeia, por meio do estudo do Acórdão do TJUE no caso “Champagner Sorbet”, que aborda o mercado interno europeu, sustentáculo instrumental de integração da União, com enfoque na política adotada pelos mercados agrícolas e questões relacionadas às Denominações de origem protegida. O enfoque singe-se à participação ativa no projeto de integração europeia do pensamento ordoliberal e o importante papel do TJUE na (...) salvaguarda da independência da organização do mercado comum. (shrink)

A bela manhã de sol era um convite a visitar meus pensamentos mais distantes, assim, absorto em minhas reflexões caminhava a passos lentos, sem perceber a presença de Alina, que observava sorrindo aquele meu ritual. Alina: Esse caminhar kantiano me diz que buscavas algo, ou melhor; alguma resposta. Estou certa? Lancio: Alina, que bom vê-la! É verdade. Caminhar estimula a circulação e os neurônios, consequentemente, é ótimo para raciocinar e ir em busca de respostas para delas obter perguntas, contudo é (...) sempre mais provável ao fim, encontrarmos um grande “nada”, um vazio, mas o que nos conforta é saber que o “nada” nunca é verdadeiro. Alina: Lancio, não seria o contrário, as perguntas gerando respostas? Lancio: O senso comum pensa assim, é o que a maioria das pessoas acredita, mas quando buscamos os primeiros princípios, muito do que procuramos não é conhecido, portanto inacessível a perguntas, o que resta é a esperança de cegos, tropeçarmos neste “nada” que sabemos irreal, para então sermos capazes de formular perguntas até então impossível de ser formulada. Alina: Poderia então dizer que o fim último do passeio filosófico é buscar respostas a perguntas inexistentes? Lancio: Há outros propósitos filosóficos, mas este é o propósito maior dos filósofos, porque, se uma incompreensibilidade é conhecida, significa que é fato a partir do qual todos os esforços devem ser engendrados à sua resolução. Todavia pode acontecer que o fato que dá origem à incompreensibilidade não seja verdadeiro, mas criado pela expectativa e assim sendo, o próprio homem é criador da incompreensão que busca compreender. Ao que é físico, a percepção e a correção de um erro é questão de tempo e às vezes de pouco tempo, ao que é metafísico, não há esta mesma percepção, neste caso é necessário transcender, buscar o fato antes que ele o seja. -/- Alina: Mas se imaginarmos que todos nós estamos propensos à mesma dúvida existencial, esse caminhar filosófico não seria uma exclusividade, mas comum a todos em algum momento, não é certo? Lancio: Sua reflexão nos leva de volta à pergunta: o que é a filosofia? E torno a dizer: Se disséssemos que é a arte de pensar, todos seriam filósofos. Se disséssemos que é a arte de imaginar, ainda assim cada um de nós poderia se dizer filósofo. No entanto, tanto o pensar como o imaginar pertence ao alicerce filosófico e se também pertence a todos como exercício da mente, porque nem todos podem ser filósofos? Uma manifestação verdadeira do pensamento pela busca de uma determinada verdade, não significa que se está fazendo filosofia, é necessário que se leve para mais além, esse pensar. Todos de alguma forma ao caminharem, caminham em direção a algo, seguem em direção aos seus objetivos profissionais, emocionais, seguem em direção às suas casas, sabendo que lá é o fim último de sua caminhada, onde os aguarda o pai, a mãe, o filho, a esposa, o gato, um banho quente ou as preocupações domésticas. Caminham em direção ao trabalho, à padaria, ao mercado, à farmácia, ao parque, ao shopping, ao teatro. O homem sempre segue um caminho que leva a um fim. Quando envelhecem, caminham menos, às vezes caminham do quarto à sala ou à cozinha ou à varanda. Quando debilitado, inerte numa cama, seus olhos e ouvidos caminham até a televisão ou a uma tela de computador ou apenas caminham por entre esparsas recordações. Há sempre um objetivo que se espera conhecido no final de cada caminhada para o homem, inclusive a morte. O filósofo, entretanto, não caminha somente para casa ou para o trabalho, mercado, farmácia ou para o parque, shopping ou teatro. Não caminha somente para a sala, cozinha ou varanda, seus olhos e ouvidos não caminham somente para a televisão, para uma tela de computador ou para uma paisagem ou uma recordação antiga e cara ou para as vozes que o cerca. Para todos os homens, cada caminho percorrido tem o seu fim e aos homens isto basta. Mas o que é fim para o homem comum, não é fim para o filósofo em seu ir e vir, em seu olhar, em seu ouvir, ele vai sempre além do fim comum a todos. Alina: Pelo que acabas de dizer não posso duvidar que imaginei indevidamente que todos tinham a mesma percepção. Contudo se a maior parte dos homens estão convictos, conformados ou inconformados com os fins cotidianos e com o fim último de suas vidas, há que ter uma razão que os move a pensar e agir como tal, por que essa mesma razão não age sobre os filósofos? Lancio: Sim, Alina, e a razão de que falas é a fé em um ser supremo, criador de tudo e de todos, que está no imaginário de homens e mulheres independente de raça, por isso, a crença age sobre os seres e os impulsiona a tal conduta, desde os centros mais desenvolvidos, às mais primitivas tribos espalhadas ao redor do mundo. O símbolo da divindade fixado na natureza humana é a razão que move o homem ao conformismo. Alina: Sabe Lancio, desde muito cedo tive minhas dúvidas a respeito das religiões, mas às vezes penso que a despeito de muitas delas agirem como comércio da fé, elas são um mal necessário que têm o papel anestésico e consolador para as desgraças e as dúvidas existenciais de milhares de homens e mulheres, mas o que sempre me fascinou é a presença de Deus, como você disse, no imaginário da raça humana. Milênios após milênios, geração após geração, Ele permanece, oculto, invisível, permitindo virtudes e atrocidades, sempre inatingível e pouco questionável. Por quê? Lancio: Bem, Alina, das dúvidas e questionamentos que cerca o ser humano no curso de sua existência está a orfandade, é este vazio que possibilitou com pouco esforço, a adoção de um criador, de uma divindade que pudesse ser a explicação de tudo aquilo que o homem não podia compreender, inclusive a ele próprio, e ser o Pai de tudo e de todos. Quando você fala em mal necessário, sei que pensa nos dias de hoje, mas a instituição de Leis Divinas em tempos remotos teve o mesmo sentido que acabas de expressar e foi certamente um meio eficaz de conter o barbarismo e domesticar os homens. Todavia o início desse processo é o temor do homem quando constata sua pequenez ante a grandiosidade dos fenômenos naturais e do próprio universo, por este motivo as primeiras adorações foram o sol, a lua [97] e as estrelas. Com a inevitável evolução estes objetos de devoção foram substituídos pela imposição das Leis [98], mas ainda hoje, nas comunidades mais primitivas é possível ver o mesmo culto ao sol e à lua, como há milhares de anos [99]. -/- Todavia, após a adoção de um ser supremo ouve sempre questionamentos desde os tempos mais remotos por diferentes classes de pensadores, mas a necessidade de regras e rédeas para a manutenção da ordem nas comunidades, tribos e reinos, sempre falou mais forte e a divindade nunca deixou de acompanhar as Leis, legitimando os atos dos legisladores que se passavam eles próprios, por instrumentos da Divindade. Desse modo Licurgo com suas Leis representava a vontade de Apolo, Moisés os desejos de Jeová e Minos cumpria os mandamentos de Zeus [100]. Este modelo de Leis Divinas dos antigos gregos e hebreus são heranças de tradições egípcias, levadas por suas expedições com o intuito de obter obediência dos povos onde fixava colônias [101], mas também pela estreita convivência de algumas tribos com a cultura do Nilo [102], todavia eles mesmos, os egípcios, tinham na classe sacerdotal, uma escola de conhecimento e não de superstição. Seus ensinamentos não constavam de nenhum princípio que não fosse racional, nenhum elemento fabuloso, seus costumes tinham por fundamento; princípios morais, razão de utilidade e lembranças históricas [103], que transmitiam pelo método simbólico e ritualístico, o primeiro dando a compreensão dos fenômenos da natureza e o segundo repetindo atitudes e comportamentos viciosos ou valorosos de seus antepassados ou de fatos acontecidos. A incompreensão do que era ensinado nas exclusivas Escolas de Mistérios por parte dos menos afortunados, que não tinham acesso a estes centros de estudos, deu lugar a superstições e mitos, fenômeno fabuloso que viria a ser utilizado por Legisladores em suas Leis, como rédea à civilidade, uns no entanto abusando da credulidade, faz plenamente Divina a Lei que redige, criando então o embrião das antigas religiões. (shrink)

RESUMO:O objeto de estudo deste artigo é a condição humana. Qual a possibilidade de existência da condição humana fundamentada na liberdade? O objetivo é relacionar esfera pública, política, liberdade e condição humana. A elaboração teórica considerou obras de Etienne de La Boétie, Hannah Arendt, Cornelius Castoriadis, entre outros. Na atualidade, ocorre a supressão da condição humana, pois a esfera pública tem a ingerência da esfera privada, predominando a razão instrumental e a lógica do mercado, e o homem é afastado (...) da vida política. Por isso, a nossa ação política pela liberdade é fundamental para a problematização do processo de banalização do mal e da servidão voluntária. A coragem é uma virtude indispensável à ação política, é necessária para nos libertarmos da dominação e do servilismo da vida privada e conquistarmos a vida política. A centralidade da ação política do homem é a sua condição de ser atuante para a reafirmação da esfera pública, do mundo da pluralidade, humano e comum. Todavia, a condição humana fundamentada na liberdade implica a superação da atividade e do pensamento pragmáticos e fragmentários da vida cotidiana e a constituição da praxis na dimensão humano-genérica consciente. ABSTRACT:The subject of this article is the human condition. What is the possibility of the existence of the human condition founded on freedom? The aim is to connect the public sphere, politics, freedom, and the human condition. The works of Etienne de La Boétie, Hannah Arendt, Cornelius Castoriadis, and others, are considered. At the present time there is occurring a suppression of the human condition, because the public sphere exists under the interference of a private sphere in which instrumental reason and market logic prevail. People are divorced from political life. For this reason, political action seeking freedom is essential for addressing the problems of the banalization of evil and voluntary servitude. Courage is an indispensable virtue to political action; it is necessary for liberating us from the domination and servitude of private life, as well as for attaining political life. The centrality of human beings’ political action is the condition for acting to reaffirm the public sphere and the world of plurality, both human and common. However, the human condition founded on freedom supposes the overcoming of the pragmatic and fragmented activity and thinking of daily life, and requires the constitution of praxis in the conscious human-generic dimension. (shrink)

O artigo parte do pressuposto de que a ética é um complexo valorativo que se refere à relação do indivíduo com a comunidade, apesar da multiplicidade de sentidos e usos atuais do conceito e termo. O autor assume a concepção marxiana de análise da história e da política. Nessa concepção ontológica e histórica se supõe que a ética se tornou imprescindível pelo mesmo movimento através do qual a filosofia se tornou necessária: o desenvolvimento das forças produtivas. O que vai determinar (...) a evolução histórica do complexo da ética, dos Gregos até nossos dias, é o mesmo complexo social que predominou sobre nossa história: a propriedade privada. Enquanto movimento histórico universal, a tendência que se fez predominante foi a do desenvolvimento de relações humano-genéricas que se ampliaram até converter toda a humanidade em uma única história cotidiana. Afirma que somos universalmente burgueses, o que significa dizer que compartilhamos de uma mesma história ao lutarmos todos contra todos. O homem se tornou uma única humanidade se convertendo em lobo do próprio homem: a propriedade privada se tornou a nossa essência. Ela requer o mercado mundial, única possibilidade de universalidade e, enquanto mercadoria, apenas é capaz de uma relação, a da concorrência nucleada no individualismo que nos fragmenta. Enquanto o futuro da humanidade for limitado aos horizontes do capital, a ética continuará sendo uma onipresente necessidade cuja satisfação é uma impossibilidade ontológica. Debate que, se o trabalho é a categoria fundante do ser social, é liminarmente evidente que não há possibilidade de vigência da ética em uma sociabilidade fundada na produção de mais-valia, a forma contemporânea de exploração do homem pelo homem. Conclui que, frente a essa onipresente necessidade e brutal impossibilidade, tem sido comum a consciência em desespero se iludir imaginando ser capaz de superar esse antagonismo pela "exploração de novas possibilidades de novos conceitos". Inicia-se, desse modo, as elucubrações mais variadas em busca da "pedra filosofal" da questão da eticidade: como coadunar propriedade privada e uma vida cotidiana fundada na ética. Se quisermos um mundo ético há que se superar a propriedade privada. E isto, cientificamente, é a revolução comunista, aquela proposta por Marx e Engels. (shrink)

Este trabalho procura documentar as espécies e os usos de plantas vendidas por ervatários numa feira semanal do bairro da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro. Foi realizado entre os meses de agosto/98 e agosto/99, e participaram da pesquisa quatro vendedores, com média de 15 anos de experiência no mercado, fornecendo as plantas e informações sobre seus nomes vulgares, usos e o preparo dos remédios. A feira foi visitada regularmente e os espécimes encontrados foram coletados, fotografados, herborizados e (...) identificados através da consulta de livros, chaves e especialistas, e comparação com exemplares de herbário. A coleta resultou em 151 espécies distribuídas em 59 famílias, a melhor representada sendo Asteraceae (21), Lamiaceae (13), Solanaceae (9), Leguminosae (6), e as restantes representadas por até 5 espécies. As plantas foram classificadas em 4 categorias segundo a procedência: comprada de terceiros (16%), cultivada nos jardins particulares dos vendedores (23%), ruderal (21%), e coletada da Mata Atlântica (40%). Foram documentadas 60 utilidades medicinais e rituais, e 15 formas de preparar as ervas, o número de indicações sendo 30% para uso externo e 70% para uso interno, e a forma mais comum, o chá. Além dos dados obtidos na feira, uma descrição botânica e um levantamento bibliográfico dos usos na medicina popular e em rituais afro-brasileiros são apresentados para cada espécie. Analisa-se o papel das plantas na saúde e na vida religiosa das pessoas do bairro, o conhecimento dos ervatários e a preocupante coleta das plantas da Mata Atlântica. (shrink)

O artigo analisa a contribuição original da obra “A Condição Humana” para a redefinição do significado político da liberdade em suas determinações democráticas fundamentais e para a crítica da desmundanização como a base comum sobre a qual se fundam as nossas mais recentes experiências políticas: a destruição inédita do mundo comum no totalitarismo e a hegemônica despolitização liberal das atuais democracias formais de massa e mercado que atrofiam a esfera política da ação e do discurso.

Although inclusion in formal value chains extends the prospect of improving the livelihoods of rural small-scale producers, such a step is often contingent on compliance with internationally-promoted food safety standards. Limited research has addressed the challenges this represents for small rural producers who, grounded in culturally-embedded food safety conceptions, face difficulties in complying. We address this gap here through a multiple case study involving four public school feeding programs that source meals from local rural providers in the Bolivian Altiplan. Institutional (...) logics theory is used to describe public food safety regulations and to compare them to food safety conceptions in the local indigenous Aymara rural setting. We identify a value-based conflict that leads to non-compliance of formal food safety rules that jeopardizes the participation of small farmers in the market. These include: partial adoption of formal rules; selective adoption of convenient rules; and ceremonial adoption to avoid compliance. Decoupling strategies allow local actors to largely disregard the formal food safety regulations while accommodating traditional cultural practices and continuing to access the market. However, these practices put the long-term sustainability of the farmers’ participation in potentially favorable opportunities at risk. (shrink)

Renal replacement therapy is the indicated treatment for individuals with chronic kidney disease (CKD) to survive. However, not all sick people have access to the same treatment. This study compares renal care in two developing countries with different health systems. Specifically, it explores hemodialysis treatment from the perspective of low‐income individuals. A qualitative, comparative study was performed in Brazil and Mexico. Using purposive sampling, the research was based on open‐ended interviews with nineteen participants with kidney failure undergoing hemodialysis treatment in (...) public hospitals and ten relatives. According to our results, Brazilian participants perceived hemodialysis care as satisfactory because of health personnel courtesy as well as free access to dialysis treatment, prescription drugs, hospitalization and transportation. However, they reported deficiencies in the care they were receiving due to shortages of specialists, prescription drugs, laboratory tests and transportation. Mexican participants, in contrast, highlighted the catastrophic costs of medical care because they had no free access to renal therapy, nor adequate financial resources. Our findings suggest that low‐income Brazilian CKD sufferers experience renal care differently, as they are more satisfied and face less obstacles with hemodialysis compared with those of Mexico. More studies on the topic are needed. (shrink)

We agree with Rendell and Whitehead that cetaceans acquire knowledge from caretakers and peers, and that a clear understanding of this process can provide insight into the evolution of mammalian cognition. The passive observational methods they advocate, however, are inadequate for determining what cetaceans know. Only by experimentally investigating the cognition of cetaceans can we hope to understand what they learn through social interactions.

The theoretical framework proposed by Dienes & Perner sets the wrong standards for knowledge to be considered explicit. Animals other than humans possess knowledge, too, some of which is probably explicit. We argue that a comparative approach to investigating knowledge is likely to be more fruitful than one based on linguistic constructs and unobservable phenomena.

In this passage, Zavaleta describes the connections between the moment of real subsumption, social totalisation, the production of social-scientific knowledge that takes the resultant totality as its object, including Marxist theory, and finally, the emergence of a broad intersubjectivity with the capacity to become a revolutionary historical actor.

Singing humpback whales (Megaptera noavaengliae) collectively and progressively change the sounds and patterns they produce within their songs throughout their lives. The dynamic modifications that humpback whales make to their songs are often cited as an impressive example of cultural transmission through vocal learning in a non-human. Some elements of song change challenge this interpretation, however, including: (1) singers often incrementally and progressively morph phrases within and across songs as time passes, with trajectories of change being comparable across multiple time (...) scales; (2) acoustically isolated subpopulations singing similar songs morph the acoustic properties of songs in similar ways; and (3) complex sound patterns, including phrases, themes, and whole songs, recur across years and populations. These properties of song dynamics suggest that singing humpback whales may be modulating song features in response to local conditions and genetic predispositions rather than socially learning novel sound patterns by copying other singers. Experimental and observational tests of key predictions of these alternative hypotheses are critical to identifying how and why singing humpback whales constantly change their songs. (shrink)

The current crises put before us alternatives of action that require decision; for example, the decision of whether to deploy or investigate SRM geoengineering to counter global warming, which is here taken as the central example. Attending to the ontological richness of value in the elements of the world, of which scientific models and thought are a very particular and limited kind, can cast a different light into the decision process, which otherwise would almost unavoidably devolve into “infernal alternatives,” as (...) Isabelle Stengers calls them: impossible choices between two evils. (shrink)

A review of Alejandro Llanos book, Sueño y vigilia de la razón, is attempted on this article. To this aim it presents five main ideas from which it is possible to go beyond modernity limits to reach a new realistic philosophical framework.

The present work proposes a critical exploration of the epistemological foundations of modern contractualism, showing how its exclusion criteria operate through language games and the configuration of constitutional order. This critical exercise may improve the understanding of the conditions of possibility for a new social pact sense, in a political context marked by the Chilean popular revolt of 2019. Two consequential effects from above: the resignification of constitutional contents and the beginning of a constituent process.

Leonardo Polo impartió numerosos cursos y seminarios a gente de empresa a lo largo de su carrera académica, ilustrando las manifestaciones prácticas de su propuesta antropológica. Entre las nociones fundamentales que desarrolla están la relación entre el modo humano de proyectarse en el futuro, la esperanza y la apertura de la persona. En diferentes ocasiones alude a sus ideas sobre la razón práctica, la invención de instrumentos y la innovación, siempre vinculadas a la noción de pensamiento sistémico. Polo entiende las (...) organizaciones como escenarios de crecimiento personal, con una concepción del liderazgo que evita las derivas narcisistas y conecta con las virtudes clásicas de la fortaleza y la templanza. Su concepción de la motivación está asociada a la verdad, la confianza y al mejoramiento continuo de la comunicación. (shrink)

The concept of biological information, and information in general, usually presupposes a purely quantitative view of reality. Even though actualist quantification has an important place in the description of the world, a nominalistic stance that tries to simplify reality in purely actualist terms inevitably runs into inconsistencies; these inconsistencies have been pointed out by the critical assessments of the notion of biological information. Rather than calling for an abandonment of the informational terminology, we try to rethink information as a part (...) of an event, the description of which cannot be exhausted by a physicalist, mechanistic, temporally static view of reality. Reconceptualizing the notion of biological information in terms of a process of interpretation rather than as an informational object allows us to transcend the limitations imposed by an analysis of reality that depends on a fixed, finite structure of outcome. Thus, we argue that measuring biological information is intrinsically problematic. (shrink)

Selective mutism is an anxiety disorder in which an individual is unable to speak in certain social situations though may speak normally in other settings (Hua & Major, 2016 ). Selective mutism in adults is rare, though people with this condition might have other methods of communicating their needs outside of verbal communication. Healthcare professionals rely on a patient’s ability to communicate to establish if they have decision-making capacity. This commentary responds to a case of a young adult patient with (...) selective mutism and social anxieties that significantly limited his ability to communicate with anyone in the healthcare team. This required a creative, patient-centered approach to engage in meaningful communication. (shrink)

The relationship between phenomenology and the sciences is of complex nature. In particular, the transcendental phenomenological position seems to promote skeptical reservations about the scientific attitude. Phenomenological anthropology and psychology, however, are an exception. The work of the Spanish philosopher Javier San Martin addresses the relationship of Husserlian phenomenology to these two particular sciences. In this paper, the work of Navarrese will be revisited as an occasion to reflect on the relationship between phenomenology and the sciences. In the first part, (...) San Martin’s philosophical approach is presented and put in relation to its counterpart, namely ratiovitalism, which has dominated phenomenological research in the Spanish-speaking world throughout the last decades. The second part is devoted to the question of whether phenomenological transcendentalism is compatible with anthropological research. It also describes San Martin’s contribution to cultural philosophy. The relationship between phenomenology and psychology is discussed in the third part. San Martin develops a critical account of empiricist psychology which he confronts with his proposal for a ’posttranscendental’ psychology that is based on the critique of psychologism and representationalism. The last section compares San Martin’s idea of anthropological and psychological science with other forms of scientific theory which contribute to phenomenological methodology in empirical research. (shrink)

This study is grounded in the debate surrounding the perceived value of environmental social responsibility (ESR). Applying the Managerial Theory of the Firm, in-depth interviews were conducted to identify managerial motives, perceptions, and perceived value of ESR. Using sport and public assembly facilities as the research context, environmentally responsible information was obtained from facility managers who were members of the International Association of Venue Managers. In total, 15 one-hour, interviews with key facility personnel demonstrate that (1) internal stakeholder pressure, (2) (...) organizational culture, (3) financial cost-benefit, (4) competitiveness, and (5) ethical motives were the drivers for ESR engagement. Taken together, the findings suggest that establishing a culture of ESR, the "business case" for environmental responsibility, and ethical concerns offered the most value for the sport and public assembly facility managers. (shrink)

In spite of being ubiquitous in life sciences, the concept of information is harshly criticized. Uses of the concept other than those derived from Shannon's theory are denounced as pernicious metaphors. We perform a computational experiment to explore whether Shannon's information is adequate to describe the uses of said concept in commonplace scientific practice. Our results show that semantic sequences do not have unique complexity values different from the value of meaningless sequences. This result suggests that quantitative theoretical frameworks do (...) not account fully for the complex phenomenon that the term “information” refers to. We propose a restructuring of the concept into two related, but independent notions, and conclude that a complete theory of biological information must account completely not only for both notions, but also for the relationship between them. (shrink)

Taylor's political proposal is based on a particular way of explaining human action. The modern ideal of authenticity is used to underline the role of responsibility in personal agency. Aristotelian prudence or phronesis is considered one of the best interpretations of practical reason for completing the ideal of authenticity because it includes the distinction among goods and their influence in everyone's life. The contemporary notion of horizon is an aid for understanding the role of cultural frames and dialogical exchange in (...) the construction of personal identity. (shrink)

Epistemología y ecología -- Ecocrítica y ecología queer -- Tres tonos de azul -- Mal ecológico.

El periodo de duelo tras la pérdida de un ser querido presenta experiencias y actitudes inusuales que juegan un papel importante en la vida cognitiva de las personas dolientes; por ejemplo, la sensación momentánea de que la persona difunta se encuentra presente, así como creencias de carácter religioso o espiritual. Frecuentemente esto involucra el mantenimiento activo de un vínculo con la persona difunta a través de diversas prácticas en la vida cotidiana. Tanto los estados mentales relacionados con el duelo como (...) las prácticas correspondientes al mantenimiento de vínculos tienen un valor epistémico, en la medida en que proveen un aporte a la funcionalidad del agente en su búsqueda por adquirir conocimiento, comprensión y otros bienes epistémicos. Esto tiene consecuencias éticas y sociales, ya que estos bienes epistémicos pueden ser destruidos o afectados por las intervenciones en el duelo, tanto clínicas como no-clínicas. A pesar de ello, esta dimensión no ha sido suficientemente reconocida por la literatura filosófica. Este trabajo busca motivar el interés por estudiar epistemológicamente el duelo de dos maneras. En primer lugar, ofreciendo una caracterización de los estados mentales asociados con el duelo en términos de estados subdoxásticos (como aliefs). Posteriormente, se muestra el papel que juegan dichos estados mentales en el espacio de affordances estructuradas en un nicho afectivo que permite el desempeño exitoso de la persona doliente en tanto agente epistémico. Con ello se busca proveer un marco de análisis que se pueda desarrollar y extender en futuros trabajos para estudiar los aspectos epistemológicos del duelo. (shrink)

Why do humpback whales sing? This paper considers the hypothesis that humpback whales may use song for long range sonar. Given the vocal and social behavior of humpback whales, in several cases it is not apparent how they monitor the movements of distant whales or prey concentrations. Unless distant animals produce sounds, humpback whales are unlikely to be aware of their presence or actions. Some field observations are strongly suggestive of the use of song as sonar. Humpback whales sometimes stop (...) singing and then rapidly approach distant whales in cases where sound production by those whales is not apparent, and singers sometimes alternately sing and swim while attempting to intercept another whale that is swimming evasively. In the evolutionary development of modern cetaceans, perceptual mechanisms have shifted from reliance on visual scanning to the active generation and monitoring of echoes. It is hypothesized that as the size and distance of relevant events increased, humpback whales developed adaptive specializations for long-distance echolocation. Differences between use of songs by humpback whales and use of sonar by other echolocating species are discussed, as are similarities between bat echolocation and singing by humpback whales. Singing humpback whales are known to emit sounds intense enough to generate echoes at long ranges, and to flexibly control the timing and qualities of produced sounds. The major problem for the hypothesis is the lack of recordings of echoes from other whales arriving at singers immediately before they initiate actions related to those whales. An earlier model of echoic processing by singing humpback whales is here revised to incorporate recent discoveries. According to the revised model, both direct echoes from targets and modulations in song-generated reverberation can provide singers with information that can help them make decisions about future actions related to mating, traveling, and foraging. The model identifies acoustic and structural features produced by singing humpback whales that may facilitate a singer’s ability to interpret changes in echoic scenes and suggests that interactive signal coordination by singing whales may help them to avoid mutual interference. Specific, testable predictions of the model are presented. (shrink)

Una de las lagunas más fuertemente denunciadas en el ámbito de la teoría y de la ciencia jurídica ha sido su focalización casi exclusiva en el momento de la interpretación y aplicación del derecho. El modelo de jurista y de enseñanza del derecho continúa centrado en el momento aplicativo del derecho en el que la ley, la norma, es considerada un dato previo, un material básico a partir del cual el jurista despliega sus artes interpretativas, exegéticas, sistematizadoras, argumentativas y retóricas. (...) Los juristas se formaron y se siguen formando en nuestras facultades de derecho para resolver problemas de lege data y no de lege ferenda, están entrenados para aplicar e interpretar normas jurídicas pero no para crearlas o evaluarlas. Durante mucho tiempo nuestra cultura jurídica ha desdeñado el estudio y el cultivo de una “ciencia de la legislación” que vaya más allá del estudio de los tradicionales problemas de técnica legislativa, para explorar las condiciones y posibilidades de la argumentación racional en el ámbito legislativo. (shrink)