Esta pesquisa se propõe a ser uma forma de análise da práxis cristã, tendo como ponto de partida a experiência místico-religiosa. A resposta de Friedrich Schleiermacher ao Iluminismo tem muito a nos beneficiar, principalmente se levarmos em consideração as críticas de Rudolf Otto. A compreensão do “sentimento de dependência” em Schleiermacher, que se torna em Otto “sentimento de criatura”, e a realidade da experiência de Deus que se conecta à práxis, nos fornecem um excelente ponto de partida para compreensão (...) daquilo que move as pessoas a uma vida de renúncia, servidão e comprometimento com valores e princípios do Evangelho de Jesus Cristo. Com base em uma pesquisa de campo, foi possível perceber que existe uma conexão entre a práxis cristã e a experiência religiosa. Quando há experiência religiosa, há ações cristãs executadas com naturalidade, com maior incidência do que quando não existe tal experiência. Podemos ter muito a perder se acaso deixarmos de considerar o aspecto experiencial da fé cristã com o sagrado. Em primeiro lugar, em nossas formulações teológicas, as quais podem, em maior ou menor grau, enfatizar em demasia aspectos antropocêntricos, deixando de lado o aspecto numinoso. Em segundo lugar, perderemos a oportunidade de influenciar a igreja a vivenciar uma prática espiritual real, que considere, com toda a relevância devida, a experiência de fé e não somente aspectos catequéticos. Por fim, perderemos a possibilidade de analisar a vida de fé, tendo como ponto de partida a experiência de Deus, que pode ter sido agente influenciador número um para uma vida de exemplo de práxis cristã genuína. (shrink)

Guillermo de Saint-Thierry, teólogo y místico del siglo XII, despliega en un lenguaje de auténtica belleza, la nostalgia y el deseo del hombre por conocer y amar a Dios. Esta vía de movimiento ascensional –presente en todos sus escritos– le permite desarrollar una sólida teología, en cuanto el hombre puede llegar a comprender que amar a Dios le posibilita entrar en la misma Trinidad. Por esta razón, para el abad de Saint-Thierry, la nostalgia es una forma del amor que (...) se hace camino y aspira llegar a la meta del día final que en el Comcant corresponde al Amado salutare Dei. De este movimiento, el deseo no solo se reduce a un simple fenómeno psicológico, sino se transforma en destino del hombre fruitio Dei. Por consiguiente, esta línea de pensamiento se ha de verificar a partir del método teológico del autor, el fundamento bíblico y la riqueza de la interpretación espiritual presente en el tejido de esta investigación. (shrink)

Resumo: Este trabalho busca fazer algumas especulações a respeito de uma das idéias mais controversas presentes na primeira obra de Wittgenstein, a saber, o místico. Tentaremos elucidar este conceito, comparando-o com o misticismo religioso caracterizado por William James em As Variedades da experiência religiosa. Tal comparaçáo se faz necessário, a nosso ver, para que se possa esclarecer algumas peculiaridades do místico tractatiano, desenvolvendo assim, uma percepçáo mais acurada da importância deste conceito dentro do Tractatus. A nosso ver, ele (...) náo é um tema gratuito em tal obra, ao contrário, é decorrência lógica do encontro do sujeito volitivo com os limites da linguagem, apresentados através da análise lógica da proposiçáo. Tentaremos, assim, neste trabalho, elucidar como o místico do Tractatus se assemelha e difere do misticismo religioso. Palavras-chave: James; Místico; Tractatus ; Wittgenstein. (shrink)

¿Por qué el místico pretende hablar sobre aquello de lo cual, según él mismo, no se puede hablar? Se analiza el lenguaje místico en términos pragmáticos, para mostrar cómo busca expresar lo que no se puede caracterizar, lo que supone distinguir entre decir como caracterizar y decir como dar expresión. Esta diferencia es posible, según Chien-Hsin Ho, por la operación de indicar lo inefable mediante la superimposición con negación, y porque la indicación no apunta a lo trascendente, sino (...) a lo inmanente del lenguaje mismo. (shrink)

Dos místicos relativamente contemporáneos: Etty Hillesum y Benjamín González Buelta; dos estilos, dos contextos y una coincidencia establecida desde sus experiencias espirituales, en profunda conexión con la realidad, en medio de la vida y sus desafíos. Hillesum no habla propiamente de la experiencia mística, sin embargo, su proceso personal existencial en el duro contexto de guerra que le tocó vivir, la condujo a descubrirse profundamente habitada. Su experiencia de Dios le hizo posible comprender y gestionar el dolor en medio de (...) la guerra, así como la necesidad de ‘hacerse bálsamo sobre las heridas’ de sus hermanos judíos. Etty es una mística de ojos abiertos. Benjamín González Buelta ha profundizado en la comprensión de la mística, describiéndola y analizándola desde la experiencia de Dios en el contexto latinoamericano. Su reflexión permite hoy leer a Etty Hillesum desde la perspectiva del místico de ojos abiertos. (shrink)

The aim of this paper is to propose a comparison between the mystical feeling, as it is defined by Ludwig Wittgenstein in the Tractatus logico-philosophicus, and the psycho-pathological state of melancholy, posed in relation with mourning by Sigmund Freud. The comparison will depart from the radical dissatisfaction that seems to be a distinctive characteristic of both phenomena. According to Wittgenstein in fact the drive to mystical feeling rises from the deep dissatisfaction regarding the explanations given by science, which is incapable (...) of producing any answer to the «problem of life». In a similar way, Slavoj Žižek underlines that melancholy is a form of «disappointment at all positive, observable objects, none of which can satisfy our desire». In this perspective, I will check the similarities and differences between mystical feeling and melancholy and I will put in relation the double profile of this latter with the Wittgensteinian theme of aspect seeing. (shrink)

Il _ Commento al Libro di Giobbe _ di Mosè Nachmanide rappresenta un ideale corollario antropologico ed escatologico al suo imponente _ Commento alla Torah _. Esponente di spicco della comunità ebraica di Gerona e della locale scuola cabalistica, dove agli insegnamenti del provenzale Isacco il Cieco si associano elementi provenienti dalla tradizione talmudica, ellenistica e araba, Nachmanide propone una lettura esoterico-cabalistica di _ Giobbe _ volta a confutare l’apparente inconciliabilità ontologica tra l’esperienza del dolore individuale e l’ordine di un (...) cosmo plasmato nella caligine demiurgica delle origini. Dopo aver spiegato, con linguaggio allusivo e in stile midrashico, la natura dell’anima e l’origine del male, Nachmanide mostra come la protesta di Giobbe, il giusto che apparentemente soffre ingiustamente, rappresenti una dissonanza destinata a risolversi nella superiore armonia del tutto: è questo il grande mistero dell’esistenza individuale, un mistero che riecheggia nel silenzio di Giobbe ammonito da Dio e che si svela unicamente a quegli iniziati che, come Elihu, critico di Giobbe e dei suoi tre amici, miopi consolatori, sono stati scelti quali depositari della più antica saggezza. _ Nahmanides’ _ Commentary on the Book of Job _ constitutes an ideal anthropological and eschatological corollary of his monumental _ Commentary on the Torah _. A leading figure of the Girona’s Jewish community and of its kabbalistic school, where the teachings of the Provençal master Isaac the Blind were enriched with elements of the Talmudic, Hellenistic and Arabic traditions, Nahmanides outlines a kabbalistic esoteric interpretation of _ Job _ designed to reject the seeming ontological irreconcilability between the individual experience of suffering and the ordered system of a universe forged in the demiurgic night of the origins. After explaining, in allusive language and midrashic style, the nature of human soul and the origin of evil, Nahmanides proves that Job’s protest, the protest of a just man suffering unjustly, is nothing but a dissonance destined to resolve itself into the superior harmony of the creation. This is the great mystery of individual existence, a mystery that echoes in the silence of Job, warned by God, and that unveils itself only to those initiates who, like Elihu critic of Job and of his three friends, who are merely short-sighted consolers, have been chosen as depositaries of the most ancient wisdom. _. (shrink)

A mística é um fenômeno presente em quase todas as grandes religiõesdo mundo. No cristianismo, esta manifestação pode ser notada já nos textosSagrados do Novo Testamento: desde os relatos que envolveram os eventos da vidade Jesus às visões escatológicas de João no livro do Apocalipse. Posteriormente,podemos en contrar registros de misticidade no grande movimento dos Pais da Igrejaconhecido como Patrística, se estendendo por toda Idade Média, até alcançar osdias de hoje. Todavia, alguns pesquisadores da antiguidade tardia, procuraramenquadrar o grande nome (...) da Patrística, Santo Agostinho, como o pai da místicacatólica. Outrossim, Agostinho é sumamente conhecido como um grande teólogo,filósofo ou mesmo como um gênio intelectual platônico cristão investigador daVerdade; sendo, porém, bastante diminuto, o número de pesquisadores que sepropõe a verificar se, de fato, há ou não razões, para que ele seja contado entre osgrandes místicos da Igreja. O presente ensaio traz à tona esta polêmica discussão,com o intuito de elucidar o problema que ora se levanta: podemo s considerar SantoAgostinho um místico ou apenas um grande nome da filosofia/teologia cristã? Istoposto, para responder a referida questão problema, nos propomos investigar osprincipais acontecimentos da vida de Agostinho, bem como, os principais textos desua obra, a fim de comprovar algum resquício de misticidade, seja em sua vida oumesmo em suas investigações acerca da Verdade. (shrink)

Falando do ponto de vista da eternidade, Meister Eckhart era totalmente alheio ao milenarismo. No evento sempre renovado do nascimento do logos no fundo da alma, o tempo para o turíngio deixa de existir. A mística eckhartiana, ultrapassando a contraposição entre “místico” e “intelectual”, revela seus fundamentos filosófico-intelectualistas na afinidade com o pensamento neoplatônico e seu elo com os movimentos populares do Outono da Idade Média.

El ejercicio de la razón en los actos humanos y para el curso de la realización del ser humano en Francisco Suárez (1548-1617) está imbricado o en codeterminación con otros factores o dimensiones de la subjetividad humana. La razón no es meramente supraestante pues no opera sola y al margen de otras configuraciones internas como son los afectos y la teleología o tensión direccional que éstos articulan en la praxis humana. De la disposición de los afectos que operan en el (...) ejercicio de la voluntad configurando la subjetividad humana en relación a sí mismo y en el entorno de sus relaciones fundamentales, los otros, el conjunto de la creación y con Dios, va a depender el correcto uso de la razón en el proceso de su realización personal y ante las alteridades ante las que responde. La sabiduría de la teología mística medieval y patrística se hace presente en el análisis de Suárez y en la tradición espiritual jesuita para mostrar y hacerse cargo de la riqueza y complejidad del homo interior. El núcleo místico de la subjetividad humana deberá ser reflejamente considerado y cuidado pues de su configuración pende la eticidad y la sociabilidad comunitaria y política del ser humano. (shrink)

O lugar da mulher na cultura e nas tradições africanas, especialmente dos povos bantu tem sido um desafio, uma vez que por um lado temos a ancestralidade que se manifesta pela cultura e por outro a modernidade trazida pelo ocidente por meio da colonização ou da interação com outros povos. Esta pesquisa tem como objeto o estudo do livro “No Fundo do Canto” de Odete Semedo, com a finalidade de analisar a representação do feminino e do místico como identidade (...) cultural da Guiné- Bissau. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com objetivo descritivo-exploratório e procedimento documental. Quanto aos procedimentos metodológicos identificamos trechos de nove poemas da obra “No Fundo do Canto” que remete ao feminino e ao místico como marcas da identidade da Guiné-Bissau através dos significados construídos por meio da língua crioula, em especial. O corpus foi analisado à luz dos teóricos do porte de Augel, Hall, Semedo, Bâ, Cá e Timbane e Manuel e Timbane. Concluiu-se que a presença feminina está atrelada ao místico e remete ao poder feminino, como também demonstra características culturais de Guiné-Bissau, tendo a língua como propiciadora de formações léxico-semânticos que remetem as culturas do país. (shrink)

Los textos de Ernst Tugendhat sobre mística están acompañados de una serie de referencias a la experiencia estética. Dadas estas referencias y la importancia que puede atribuirse a ellas en el propósito de Tugendhat de aclarar el sentido de lo místico, en este trabajo exploro la posibilidad de responder positivamente a esta pregunta: ¿Puede la experiencia estética comportar algunos de los rasgos de la experiencia mística? El punto de partida en mi propósito será atender a la reflexión de Tugendhat (...) en torno al término "asombro" en el contexto de la experiencia estética. A continuación doy las razones por las cuales, según el autor, la expresión "¡qué asombroso que exista el mundo!" tiene, en efecto, el sentido que Wittgenstein negó para ella. Concluyo mostrando que quien, con este tipo de expresiones, afirma la belleza del mundo no solo expresa la emoción que comporta el asombro; expresa también una disposición para asumir una actitud mística. Ernst Tugendhat's works on mysticism are provided of a series of references to the aesthetic experience. Based on these references, and the significance they may be attributed in Tugendhat's purpose to clarify the sense of mysticism, in this paper I explore the possibility to answer affirmatively the question: Can the aesthetic experience imply some of the traits attributed to the mystical experience? My starting point to get the answer is to focus on Tugendhat's reflections on the term "astonishment" in the context of the mystical experience. i then give the reasons that, according to Tugendhat and opposed to Wittgenstein, may make us think that the expression 'How astonishing that the world exists!' has indeed a sense. Finally, i conclude showing that anyone using expressions like this to affirm the beauty of the world, not only expresses the emotion implied by his astonishment: he also expresses a disposition to assume a mystical attitude. (shrink)

A obra "O racional e o místico em Wittgenstein" é uma das obras do professor Urbano Zilles, da PUC-RS, que tem a finalidade de mostrar um panorama da filosofia de Ludwig Wittgenstein com leitura e análise de suas principais obras: Tractatus Lógicus-philosophicus e Investigações Filosóficas.

En esta ponencia se exponen los diversos caminos de acceso a la Verdad que históricamente se han dado en el Islam: la tradición, la razón y el corazón. Estos dos últimos dan lugar a la filosofía y a la mística. A la vez que se señalan algunas coincidencias entre ellas, también se ponen de relieve las divergencias que las separan.

Nietzsche’s experiences seem to be like mysticism. Several texts are examined:..

Una specie di favola, ispirata al Dialogus di Abelardo, per riflettere sul ruolo del cristianesimo nello sviluppo del pensiero filsofico medievale. La filosofia medievale è complessa e articolata come quella di ogni altro periodo storico e spesso, anziché porsi al servizio della teologia, si appoggia sui contenuti della fede per dare stabilità alle proprie ricerche. A sort of tale, inspired by the Abaelard's Dialogus, to consider the role of christianity in the development of the medieval philosophical thought. The medieval philosophy (...) is complex and articulated as that of any other historical period and often, instead of being at the service of theology, is founded on the contents of faith to give stability to its own research. (shrink)

Partiendo de la definición de mística como �la realización de la realidad�, en el libro La Ola es el Mar, de Willigis Jäger y de la definición heideggeriana de la poesía en Hölderlin y la esencia de la poesía, tratamos de mostrar que un aspecto fundamental de la obra poética de Mercedes Bermúdez de Belloso, reside en una búsqueda constante de la trascendencia del propio yo para asumir una especie de conciencia cósmica transpersonal, a través de la cual la poeta (...) se identifica con la Totalidad y alcanza un nivel en el cual el velo se descorre y se accede a la contemplación de la Belleza. (shrink)

La obra literaria de santa Rosa de Lima se reduce a unos versos registrados en el Primer Proceso Ordinario de la jerarquía peruana y a dos medios pliegos holográficos, conservados en el convento de Santa Rosa de las Madres, de Lima. Basándose en estos datos y ahondando en el testimonio de las conclusiones obtenidas por el Dr. Juan del Castillo, tras el examen de conciencia de 1614 realizado a la Santa, el autor realiza una semblanza de la primera escritora (...) class='Hi'>místico-visionaria de la América del virreinato. (shrink)

O presente artigo tem por objetivo compreender e descrever a experiência mística da pessoa humana, em uma perspectiva individual mística e psicológica. O ponto de partida desta reflexão é a doutrina de Teresa de Jesus (1515-1582), espanhola, fundadora da Ordem do Carmelo Descalço, mística, santa e doutora da Igreja e a visão da psicologia analítica de Carl Gustav Jung (1875-1962), suíço, conferencista internacional, psicólogo, médico e psiquiatra. A finalidade, portanto, de toda pesquisa é mostrar como ambos descrevem a mesma realidade, (...) isto é, o centro místico da alma da pessoa humana, se bem que em linguagem diferentes. Na mística de Teresa, o centro místico da alma é o próprio Deus quem está no centro e na psicologia analítica de Jung, o centro místico da alma é o “Selfbat” (Si-Mesmo), que é o centro do ser humano. (shrink)

GONÇALVES, Werbert Cirilo. A Renúncia de Deus como experiência Místico-Especulativa: o apofaticismo do Pseudo-Dionísio e o anúncio histórico da morte divina. 2014. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. Palavras-chave: Renúncia de Deus. Mística-especulativa. Pseudo-Dionísio. Apofaticismo. Morte de Deus. Keywords: Resignation of God. Speculative-mysticism. Pseudo-Dionysius. Apophaticism. Death of God.

Allí donde Lacan afirmaba que la carta (mensaje, Ley) siempre llega, Derrida defiende la necesidad de su diseminación por el simple hecho de la iterabilidad del significante. Sus lecturas de Pascal, Baudelaire y Lacan son reflexiones sobre la imposibilidad de cerrar el círculo (fundamento místico) de la autoridad sociosimbólica. Este artículo utiliza esas lecturas para dar cuenta de las limitaciones gnoseológicas, basadas en la filosofía hegeliano-lacaniana desarrollada por Slavoj Žižek, de la hiperstición aceleracionista.

Narrar artisticamente o Mistério Santo que habita entre nós: Leitura místico-teológica da obra “Guerra e Paz” de Cândido Portinari. (Narrating artistically the Holy Mystery that lives among us: Mystical-theological reading of the panel "War and Peace"). - DOI: 10.5752/P.2175-5841.2013v11n31p867 A revelação é um conceito fundamental para a teologia cristã: ele se refere à experiência que fundamenta o discurso sobre Deus. No século XX, operou-se uma transformação importante nessa concepção fundamental, uma renovação que implicou na desconstrução do conceito tradicional de (...) revelação focado em doutrinas e dogmas e na emergência de uma nova concepção que coloca como fundamento da revelação a experiência do incondicional, experiência mística. A partir dessa renovação, passou-se a considerar a problemática da dificuldade de uma linguagem que expresse a complexidade dessa experiência paradoxal. Toda criação artística, na medida em que provoca uma forte experiência estética, é uma maneira de falar de revelação. A linguagem da arte com seu poder evocativo e não definível é certamente capaz de expressar essa experiência do divino sem constrangimento do sagrado e sem desvalorização do humano. Esse trabalho consiste em fazer a leitura dos painéis Guerra e Paz de Cândido Portinari, evidenciando que através da arte é possível narrar artisticamente o Mistério Santo que habita entre nós. Palavras-chaves: Mística. Arte. Espiritualidade. Cândido PortinariRevelation is a key concept to Christian theology: it refers to the experience that underlines the discourses about God. In the twentieth century, an important transformation on this concept led to a deconstruction of its traditional meaning, originally focused on doctrines and dogmas, and further to the emergency of a new conception, which places the mystical experience in the very foundation of the Revelation’s concept. Since this renovation, the difficulties of a language to express the complexity of this paradoxical experience were highly problematized. All artistic creation, as long as it provokes a strong aesthetic experience, is matter of Revelation. The Art’s language, with its non-definable and evocative power, is certainly capable of expressing this divine experience without devaluate the holy or the human depreciation. This work consists on the reading of Cândido Portinari’s “War and Peace” panels, pointing out that, through art, it is possible to narrate artistically the Holy Mystery that dwells among us. Keywords: Mystics. Art. Spirituality. Cândido Portinari. (shrink)

El papa Francisco tiene una particular noción de pueblo al cual ha caracterizado, entre otros calificativos, de místico o mítico. En este sentido, recientes trabajos muestran que la noción de pueblo que el Papa maneja y desarrolla en su magisterio tiene su origen en la denominada Teología del Pueblo, doctrina de clara raigambre latinoamericana. Sin embargo, en este trabajo queremos proponer nuevos elementos conceptuales que podrían abonar la hipótesis de que la influencia más remota e indirecta –aunque no de (...) menor peso– del Papa se retrotrae a los desarrollos teóricos de otro Jesuita, Francisco Suárez, quien en el marco de su filosofía política se refirió al pueblo como cuerpo místico. (shrink)

O objetivo primordial deste artigo consiste em analisar a assimilação do pensamento schopenhaueriano por Wittgenstein, no que diz respeito à relação entre a linguagem e o místico. No decorrer do texto, pretendemos evidenciar que a tão conhecida posição wittgensteiniana de que sobre o místico não se fala, na verdade, tem como base a doutrina schopenhaueriana da linguagem, cujos limites linguísticos são alcançados na negação da vontade, momento em que se abre uma passagem ao místico. De nossa interpretação (...) se seguirá como consequência principal que a problemática central do Tractatus entre o dizer e o mostrar, comumente considerada característica distinta da filosofia de Wittgenstein, já pode ser lida no sistema de seu predecessor. (shrink)

Mons. Urbano Zilles é bacharel e licenciado em Filosofia e Teologia, sendo professor titular do departamento de filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e além da carreira docente, também atua como editor em revistas especializadas de filosofia. Tem uma vasta produção acadêmica e além do Racional e o Místico em Wittgenstein, também lançou Meditações de Sumaré e Teoria do conhecimento e teoria da Ciência.