Abstract
Nossa aspiração, nesse artigo, é a de defender uma perspectiva fisicalista não comprometida com o programa reducionista inerente ao paradigma cerebralista. Acreditamos que, para tanto, devemos partir do seguinte problema: qual é o status básico da consciência, ou ainda, qual é o ‘lugar’ ou o ‘espaço’ da consciência no mundo físico? Com o propósito de sustentarmos uma tese para o problema das relações mente-corpo capaz de atender às exigências de uma perspectiva fisicalista e não-reducionista, percorremos as seguintes discussões: Quais os caminhos para compreensão da física no modelo teórico materialista-monista e não reducionista da vida mental? Do que trata o emergentismo na abordagem do problema mente-corpo? Como pensar emergência versus reducionismo a partir da ideia de estrutura compreendida por níveis de complexidade? Como pensar a relação do ‘todo’ sobre as partes? É possível que um emergentista não seja considerado um dualista de propriedades? Por fim, faremos algumas considerações finais a partir da discussão da irredutibilidade sob o prisma das perspectivas não-redutivistas.