O artigo apresenta uma análise sobre o processo de transformação das mentalidades do homem grego na transição dos universos arcaico e clássico. Neste sentido, analisa-se a gradativa laicização dos processos sociopolíticos no universo cultural do dito período de transição a partir da efetivação do lógos como meio de reconhecimento da realidade e efetivação política na pólis. Analisar-se-á, ainda, numa perspectiva de história das mentalidades, o processo que levará o homem ao reconhecimento das suas historicidade e eticidade. As fontes escolhidas para (...) o debate proposto são as tragédias sofoclianas, em especial Édipo Rei, e a ética aristotélica. (shrink)

RESUMO Michel Foucault considera a tragédia de "Édipo-Rei" como uma história de saber-poder da qual emerge, no nascente direito grego, a prática do inquérito. Para ele, a trama discorre acerca da repressão que pesa sobre os sistemas ocidentais de verdade. Se de alguma maneira há uma determinação edipiana no Ocidente, esta não está no nível do desejo, como acredita a psicanálise, mas se encontra no interior do sistema de coações que sustenta, desde a Grécia, o discurso sobre a verdade (...) e que se expressa a partir da exigência política, jurídica e religiosa de converter o acontecimento num fato conservado definitivamente por meio da comprovação das testemunhas. Édipo é, em síntese, uma história da verdade, em que há um crime que precisa ser desvendado e um criminoso a ser punido, e cada uma das partes da investigação atende rigorosamente às leis da época. ABSTRACT Michel Foucault considers the tragedy "Oedipus, the King" as a story of knowledge-power from which emerges, in the nascent Greek law, the practice of inquiry. For him, the plot talks about the repression that weighs on Western systems of truth. If, somehow, there is an Oedipal determination in the West, this is not at the level of desire, as psychoanalysis believes, but it is within the constraints holding system, from Greece, the discourse about truth and that is expressed from the political, legal and religious requirement to convert the event into a fact saved definitely by the evidence of witnesses. Oedipus is, in short, a story of truth, in which there is a crime that needs to be unravelled and a criminal to be punished, and each part of the research caters strictly the laws from that time. (shrink)

O visível e o invisível, o futuro e o passado, o palácio e a montanha; olhar, tempo e espaço são para Foucault categorias fundamentais nas análises que ele desenvolve acerca da tragédia de Édipo-Rei. Compreendendo-a como uma obra estabelecida historicamente, e, por isso mesmo, uma dramaturgia, para o pensador francês, o texto sofocliano é o lugarda multiplicidade de saberes e poderes, que transitando entre os diferentes personagens, dos deuses aos escravos, revelam o trágico como um modo de saber transgressivo, (...) proibido, temível, pois se opõe à conaturalidade e à harmonia do conhecimento, próprio da filosofia universalista de caráter racional. (shrink)

Em suas análises de Édipo-Rei, Michel Foucault recorda que a manifestação da verdade no interior da peça de Sófocles depende necessariamente de indivíduos que possam afirmar: eu vi com meus próprios olhos e eu escutei com meus próprios ouvidos. Do alto de seu poder autocrático, Édipo é aquele que tudo viu e tudo ouviu e por isso tudo sabe e tudo pode, mas vê-se ao final obrigado a se exilar, andando a esmo através do mundo na noite de (...) sua cegueira. Partindo dos deuses e passando pelos reis e pelos escravos, é o desvelamento da verdade que o leva a furar os próprios olhos e, para sempre, abrir os ouvidos. (shrink)

Foucault reconhece, em suas análises da década de 1970, que Édipo significa uma ruptura entre o saber específico e o poder político. Para ele, há tanto em Platão como em Sófocles resistência ao modelo social no qual o soberano detinha o poder da mântica, da justiça e da vida política. O que deve desaparecer, para ambos, é a imagem do rei sábio, que sustenta, governa, pilota, endireita a cidade e a livra da peste e da fome, e a sua (...) versão rejuvenescida, o tirano, que salva a cidade, mas o faz desviando-se do oráculo dos deuses. A história edipiana é, portanto, a passagem do poder político ligado às transgressões e às lutas para o poder político entendido, desde então, como pureza, cegueira e ignorância. (shrink)

O objetivo é analisar algumas interpretações conexas que giram em torno da tensão entre duas concepções da díke em Édipo Rei. Como as tragédias ocupavam um papel privilegiado na pólis ateniense, pode-se dizer que as exibições e festividades trágicas eram uma verdadeira instituição política. Não por acaso se pode afirmar que as peças apontavam para um conflito entre os valores aristocráticos tradicionais e a nova ordem democrática. Tal tensão pode ser evidenciada na investigação promovida por Édipo que se (...) manifesta em duas formas de justiça, uma de origem divina e outra, humana. Para tanto, este texto, em um primeiro momento, descreve a relação entre tragédia e pólis; após essa introdução, assinala o conflito que se desenhava na democracia e que se reflete nas tragédias; por fim, examina a possível articulação racional entre a díke tradicional e sua contrapartida humana. (shrink)

Esse artigo examina como se define a questão do trágico para Hölderlin, importante poeta alemão do século XVIII. Em 1804, Hölderlin traduz e comenta as peças Édipo-rei e Antígona de Sófocles. Esse artigo se concentra na investigação sobre o trágico que Hölderlin empreende na terceira parte de suas Observações sobre Édipo, nela surgem elementos que são singulares no seu pensamento, como a cesura, a dupla infidelidade e o afastamento categórico do deus. Esses elementos permitem que Hölderlin trate o (...) tema do trágico a partir de uma visão completamente nova para o seu tempo e que propiciou o surgimento de importantes reflexões posteriores na literatura e na filosofia. Duas são as questões principais que norteiam a argumentação neste artigo: a primeira se refere à acepção singular de Hölderlin sobre os paradoxos que comumente constituem o trágico, como o humano e o divino; a segunda, a análise da tarefa poética da modernidade como tarefa possível para toda e qualquer poesia. (shrink)

Sete contra Tebas é a última e única restante peça da vitoriosa tetralogia de Ésquilo apresentada no concurso dramático do festival das Grandes Dionísias em 467 a . C. em Atenas, tetralogia essa composta pelas tragédias Laio e Édipo e o drama satírico Esfinge. Tal conjunto de peças conectadas, e principalmente a própria Sete contra Tebas, fez fama na Antigüidade, servindo tanto para modelo de composição, ao reafirmar o ciclo tebano como material básico para apropriação dramatúrgica (exemplo disso temos (...) Antígona, Édipo Rei, e Édipo em Colono, de Sófocles e As suplicantes, As fenícias e As Bacantes, de Eurípides) quanto de paródia, como se vê em As fenícias, de Eurípides. (shrink)

Trata-se de um exercício de leitura da coreografia Night Journey (1947), de Martha Graham, como reinvenção do texto de Édipo rei (século IV a. C.), de Sófocles. Pretende-se esboçar um estudo em que se evidenciem os processos interartísticos entre literatura e dança.

Esse artigo examina como se define a questão do trágico para Hölderlin, importante poeta alemão do século XVIII. Em 1804, Hölderlin traduz e comenta as peças Édipo-rei e Antígona de Sófocles. Esse artigo se concentra na investigação sobre o trágico que Hölderlin empreende na terceira parte de suas Observações sobre Édipo, nela surgem elementos que são singulares no seu pensamento, como a cesura, a dupla infidelidade e o afastamento categórico do deus. Esses elementos permitem que Hölderlin trate o (...) tema do trágico a partir de uma visão completamente nova para o seu tempo e que propiciou o surgimento de importantes reflexões posteriores na literatura e na filosofia. Duas são as questões principais que norteiam a argumentação neste artigo: a primeira se refere à acepção singular de Hölderlin sobre os paradoxos que comumente constituem o trágico, como o humano e o divino; a segunda, a análise da tarefa poética da modernidade como tarefa possível para toda e qualquer poesia. (shrink)

O presente ensaio pretende estudar a influência da filosofia de Kant no âmbito dos escritos poetológicos de Hölderlin sobre as tragédias de Sófocles _Rei Édipo_ e _Antígona_, _Anmerkungen zum Oedipus _e _Anmerkungen zur Antigone_. O tratamento dos conceitos centrais elaborados por Hölderlin, tais como _Gottes Fehl_ e _kategorische Umkehr_ – que forma o núcleo deste ensaio – apresenta-se desenvolvido segundo o quadro filosófico kantiano. É nosso propósito interpretar a especificidade da leitura hölderliniana de Kant, especialmente do seu carácter não-reconciliatório e (...) não-monista, e diferenciá-la da filosofia posterior do Idealismo Alemão (principalmente de Hegel e de Schelling). A análise de “Hölderlin et Sophocle” de Jean Beaufret e de “Métaphrasis” de Philippe Lacoue-Labarthe constitui o nosso ponto de partida teórico. (shrink)

Deontology has fallen out of favor among bioethicists. According to Pierson and colleagues’ (2024) “Bioethicists Today”, deontology is now the least accepted major approach to normative theory, tra...

In Looking Away, Rei Terada revisits debates about appearance and reality in order to make a startling claim: that the purpose of such debates is to police feelings of dissatisfaction with the given world. Terada proposes that the connection between dissatisfaction and ephemeral phenomenality reveals a hitherto-unknown alternative to aesthetics that expresses our right to desire something other than experience "as is", even those parts of it that really cannot be otherwise.

In 1864, the first living Mexican axolotls were brought from Mexico to Paris. On arrival, the 34 animals were divided up between the two zoos in Paris, the Ménagerie of the Muséum d'Histoire naturelle and the Jardin d'acclimatation. From there, the animals and their descendants spread around the world as zoo and laboratory specimens, as well as pets. Today, a population of hundreds of thousands of axolotls live in aquariums, zoos, and laboratories around the globe. The fate of the axolotls (...) in the Ménagerie and their subsequent proliferation open a unique window into the culture and practices of keeping unknown animals in Europe in the 19th century, and their relation to experimental zoology. During the early years, the challenges were to keep the axolotls alive and to bring them to reproduction. The surprising transformation of some of these normally aquatic animals into a land-dwelling form prompted further investigations of their living conditions and mode of reproduction. The example of the axolotl offers a detailed look into the practices of handling unknown species, the ways in which this handling became research, and the kinds of knowledge produced in this context. I pay particular attention to the role of the animal keepers and the infrastructures, and the ways in which practical knowledge about the animals' living conditions triggered experimental research. (shrink)

This study examined associations between interpersonal competence and achievement motivation. Interpersonal competence is defined as a person’s ability to interpersonally make a relationship to other person. Interpersonal competence have five aspects, which is the ability to inisiat ive , the ability to openness to the other people, the ability to assertiveness, the ability to give support, and the ability to master conflict. Achievement motivation is a drive inside the person to overcome a challenge and to reach some goal. Participants (N (...) = 88) in this study were employees who work at PT X and were chosen using the accidental sampling method and judgmental sampling method.. Using Buhrmester, Furman, Wittenberg, and Reis’s interpersonal competence theory and McClelland’s achievement motivation theory, the results of this correlation is r(88) = 0.742 with significance P < 0.01 showed that there was strong associations between interpersonal competence and achievement motivation. (shrink)

ZusammenfassungTrotz seiner großen Verbreitung in den Lebenswissenschaften wurde dem Aquarium bisher wenig wissenschafts- und technikhistorische Aufmerksamkeit zuteil. Dies ist nicht zuletzt durch den Umstand begründet, dass das Aquarium und seine Geschichte bisher größtenteils als außerwissenschaftlich aufgefasst wurden. Dabei spielen so unterschiedliche Kontexte wie Akklimatisierung, Amateurnaturkunde und bürgerliche Populärkultur eine wichtige Rolle. Gleichzeitig ist die Entwicklung des Aquariums aber auch eng mit der Geschichte der Lebenswissenschaften verbunden. Mit Blick auf die zweite Hälfte des 19. Jahrhunderts verstehe ich das Aquarium als techno-natural (...) assemblage, in der Technologie, Kultur und Natur zu einem künstlichen Naturraum verbunden sind. Seine Geschichte beginnt in der britischen Amateurnaturkunde und der französischen Akklimatisierungsbewegung. Im Deutschland des späten 19. Jahrhunderts entwickelte sich das Aquarium zu einem Massenphänomen. Gleichzeitig hielt es Einzug in die Lebenswissenschaften, wo es als Einfallstor, Instrument und Umwelt Verwendung fand. Wie sich zeigt, ist das Aquarium eine hochgradig konstruierte Technologie, die sich aus einer Verbindung unterschiedlicher Traditionen herausgebildet und das Leben in die Lebenswissenschaften gebracht hat. (shrink)

O artigo busca apreender como se deu e de certo modo ainda se dá o engajamento sociocultural da juventude no universo das facções criminosas da periferia da cidade de São Luiz, no Estado do Maranhão. Volta-se para a compreensão da formação da sensibilidade dos jovens imersos no gênero musical do funk também conhecido como proibidão, veículo de sensibilização estética e conscientização comunitária, como um modelo funcional de educação dos sentidos e conscientização comunitária.

This revolutionary work transforms the burgeoning interdisciplinary debate on emotion by suggesting, instead, a positive relation between the "death of the ...

The extended evolutionary synthesis intends to offer a new framework for understanding evolution based mainly on empirical and theoretical findings of current studies, including heredity and evolutionary developmental biology. In this essay, we present and develop the following objections about the terminology associated with the EES literature: despite using the term "extension," EES protagonists claim new evolutionary processes, reformulate conceptual networks, and modify central assumptions of the evolutionary synthesis. Therefore, the difference between ES and EES should not be described in (...) terms of a set-subset relationship ; despite using the term "synthesis," the EES leads, at least in the short term, to a pluralism of approaches in evolutionary biology. Thus, we argue that the EES should not be described as a synthesis, but as a broad and plural interpretative framework encompassing different approaches. These objections are not directed to the proposed changes, but to the interpretation of these changes as a mere expansion of the previous evolutionary framework, as well as to the interpretation of the EES as a synthesis. Based on these objections, we seek to present some explanations for the use of the term "extended synthesis" among its protagonists. (shrink)

Não há a anterioridade e por isso a independência das coisas em relação ao sujeito. Porque, para as afirmarmos lá, já tivemos de as perceber antes. Não havendo mais, nestas condições, o antigo conhecer. É o que um novo exemplo faz palpável.

Men who are victimized in their intimate different-sex (DS) and same-sex (SS) relationships often report not having information to help them escape their abusive situations. To overcome this lack of information, public awareness campaigns have been created. But thus far, there is no clear understanding of how these campaigns reflect theoretical principles central to improve message effectiveness and avoid undesired negative effects. This study aims to review the content of intimate partner violence (IPV) pictorial campaigns focusing on victimized men in (...) DS and SS relationships. Specifically, it aims to understand the campaigns’ global characteristics and if their content represents constructs from different theoretical models. Online search engines were used to extract pictorial campaigns in English, Spanish, and Portuguese, released up until 2019. They must have had to be promoted by a formal organization, and were coded according to a theoretically grounded taxonomy, using thematic analysis. Our results indicate that out of the 57 campaigns collected, most were aimed at men without specifying the relationship they were in (i.e., DS or SS) ( n = 22, 39%) and intended to change attitudes, beliefs, and behaviors about IPV (in line with the Theory of Planned Behavior) ( n = 47, 82%). Additionally, four campaigns adequately integrated fear appeal constructs of the Extended Parallel Processing Model ( n = 4, 7%), while 41 campaigns highlighted dissonant states in line with the Elaboration Likelihood Model ( n = 41, 72%). Following the Transtheoretical Model, most campaigns targeted victims in the Maintenance stage ( n = 52, 92%). The campaigns under analysis may prove useful for some victimized men, mostly presenting messages designed to elicit a beneficial attitude and behavior change. Our analysis highlights different limitations as well, such as the lack of information on susceptibility to IPV ( n = 13, 23%) and the effectiveness of the recommended responses that the campaigns provide ( n = 20, 38%), which may interfere with adequate fear appeal processing. Additionally, presenting more diverse victims may be beneficial, along with social norms change information regarding gender roles, violence, and help-seeking. This may guide the development of improved and tailored campaigns to better facilitate help-seeking in victimized men that mostly avoid undesired negative effects on the viewer. (shrink)

I argue that fitting resentment tracks unacceptable ‘ecological’ imbalances in relative social strength between victims and perpetrators that arise from violations of legitimate moral expectations. It does not respond purely, or even primarily, to offenders’ attitudes, and its proper targets need not be fully developed moral agents. It characteristically involves a wish for the restoration of social equilibrium rather than a demand for moral recognition or good will. To illuminate these contentions, I focus on cases that I believe demonstrate a (...) corollary thesis, namely, that strength, broadly construed, is a necessary condition of resentment-worthiness. I argue that weakness can make resentment unfitting in two ways. First, weakness may prevent a wrongdoer from shifting the balance of social power. Second, a weak wrongdoer may do social damage but be so lowly that resentment, which would represent him as excessively strong, would be inapt. Finally, I consider how accepting the ecological view might affect our theorizing about moral responsibility and the ethics of blame. (shrink)

Attempts to illuminate the nature of “blame” have shaped recent philosophical discussion of free will and moral responsibility. In this paper I show how, in at least one context, this search for a theory of blame has led us astray. Specifically, I focus on the contemporary debate about the “standing” to blame and argue, first, that theorizing about blame-in-general in this context has assumed an impoverished moral psychology that fails to reflect the range of blaming emotions and that conflates these (...) emotions’ distinctive logics; and, second, that such theorizing has encouraged the propagation of misleading theories of blame’s “norms.” Rather than searching for the nature of blame, I employ and defend an alternative methodological approach that focuses on the psychology and ethics of specific reactive emotions. I then show how an agent’s own bad behavior can alter the appropriateness of these various attitudes in distinctive ways. Marking these distinctions leads to some surprising conclusions. For example, it allows us to move beyond the assumption that the wrongness of standingless blame is fundamentally a matter of hypocrisy. (shrink)

Neste artigo o autor aplica a interpretaçãosocial-institucional da constituição ontológicana análise do conceito de pressuposição, queaparece na afirmação de que todo encontro comentes pressupõe uma compreensão de ser. A teseé examinada no contexto da gênese ontológicado comportamento científico, apresentada porHeidegger em Ser e Tempo. A pressuposição dacompreensão de ser que torna possível os atosbásicos instituidores do comportamento científicotem o sentido da projeção de si mesmo comocapaz de.desempenhar um papel socialrecognitivoespecífico: o de reagir aos objetoscom asserções e com práticas inferenciais ejustificacionais.

This article discusses the extent to which Global Value Chain governance may lead to animal welfare improvement and help to alleviate animal suffering in food producing chains. Our approach relied on scrutinizing two of the most used compulsory certification templates which are enforced by major buyers to their suppliers in order to assure responsible activity in the farmed fish chain and in the wild-captured fish chain. Since fish may experience intense suffering in regular activities involved in catching, maintenance, transport and (...) management, we analyzed whether those instruments can contribute to improve the welfare of fish. Although positive outcomes may be expected in aquaculture production, serious welfare issues regarding wild-capture fish are brought to the fore and preliminary action is proposed. We present recommendations for improving the positive impacts of such certification schemes in GVCs and argue that sustainability-driven standards could also embrace more AW-focused criteria in order to contribute with reducing unnecessary animal suffering in the fish chain. (shrink)

I argue that recent attempts to vindicate blame have failed to fully face the vengeful feelings and angry outbursts that have led to scepticism about blame’s ethical status. This paper ende...

Contemporary philosophers of moral responsibility are in widespread agreement that we can only be blamed for actions that express, reflect, or disclose something about us or the quality of our wills. In this paper I reject that thesis and argue that self disclosure is not a necessary condition on moral responsibility and blameworthiness: reactive responses ranging from aretaic appraisals all the way to outbursts of anger and resentment can be morally justified even when the blamed agent’s action expresses or discloses (...) nothing significant about his or her “deep self,” judgments and cares, or the quality of his or her will. I argue that the self-disclosure requirement on responsibility overestimates the extent to which our blaming practices and responsibility judgments are responsive to agents as opposed to actions, and that this mistake has the potential to distort both our reactive responses and our understanding of blamed agents’ characters. (shrink)

Abstract: Contemporary analytic philosophers of the “reactive attitudes” tend to share a simple conception of guilt as “self-directed blame”—roughly, an “unpleasant affect” felt in combination with, or in response to, the thought that one has violated a moral requirement, evinced substandard “quality of will,” or is blameworthy. I believe that this simple conception is inadequate. As an alternative, I offer my own theory of guilt’s logic and its connection to morality. In doing so, I attempt to articulate guilt’s defining thought (...) or proposition through an extended investigation and analysis of guilt’s many competing metaphors, which I trace from the Hebrew Bible to the New Testament to Shakespeare to contemporary vernacular. My interpretation of this literary genealogy offers a way to understand guilt’s seemingly disparate metaphors in terms of a single master-image that illuminates our self-conceptions and our relationship to morality. I conclude by making a very brief start toward a moral vindication of guilt against the backdrop of Nietzschean and Freudian analyses that explicitly call guilt’s place in a healthy social and personal life into question. I suggest that once guilt’s logic is made explicit, we can see that it makes sense of, honors, and addresses some of our deepest aspirations and needs. (shrink)

A fenomenologia aplicada à enfermidade promoveu a elaboração do paradigma do corpo vivido, que tem sido frutífero na análise de estruturas da experiência da doença. Um resultado central da análise é a elucidação do conceito de enfermidade em termos de uma sintonia (Stimmung) do estranhamento (Unheimlichkeit) que é correspondente à ruptura na unidade do corpo vivido. A pessoa enferma situa-se numa atmosfera de estranhamento em relação ao corpo próprio, que aparece de forma análoga a um utensílio quebrado. Neste artigo problematizo (...) a analogia com o utensílio quebrado, concentrando-me no exame do fenômeno da dúvida corporal. Minha sugestão é que a explicitação da teoria de categorias implicada na fenomenologia da dúvida corporal conduz a um pluralismo de modos de ser em que o tipo correspondente de generalidade impede a interpretação da experiência da enfermidade como a manifestação de um utensílio quebrado. Como conclusão, a presente análise é consistente com a interpretação da enfermidade como sendo a atmosfera do estranhamento, que é interpretado aqui como a disrupção na unidade de dois modos de ser: existência e vida. AbstractApplied phenomenology of illness elaborated the paradigm of living body, which has been successful in the analysis of the structures of the experience of disease. One of the main results of this analysis is the elucidation of the concept of illness in terms of an attunement (Stimmung) of the uncanniness (Unheimlichkeit) that is relative to a disruption in the unity of the living body. The ill person finds herself in an atmosphere of uncanniness in relation to her own body, which appears analogously to a broken tool. In this paper, I question the analogy with the broken tool, focusing in the examination of the phenomenon of bodily doubt. My suggestion is that the explicitation of the theory of categories implied in the phenomenology of bodily doubt leads to a pluralism of modes of being in which the corresponding type of generality precludes the interpretation of the experience of illness as the salience of a broken tool. As a result, this analysis remains consistent with the interpretation of illness as the atmosphere of uncanniness, which is presented here as the disruption in the unity of two ways of being: existence and life. (shrink)

El objetivo de este texto es proponer una reflexión sobre las teorías sobre la cultura o de la literatura originaria en los diferentes países del Caribe y su presencia en los estudios literarios y culturales del continente. Dibujado con amplias pinceladas, tiene el objetivo de poner en claro el ensayo titulado La isla que se repite (1998) del cubano Antonio Benítez Rojo y, a partir de su lectura, nos aproximamos de la canción Haití, de Caetano Veloso y Gilberto Gil, grabada (...) originalmente en el CD Tropicalia II, de 1993.Los planteos de Benítez Rojo traen elementos que se encuentran en la base de nuestra cultura, marcada por la presencia de los negros y de su cultura por toda América. De cada área y de cada región brotó un tipo de música y ritmo que tiene como rasgo común constituirse en una voz contra la tiranía. El negro spiritual, entonado en las iglesias de América del norte, el jazz, el blues, el samba, el son, el tango, la rumba, la salsa, el merengue, la cumbia, prácticamente todas las expresiones musicales de América, están relacionadas con la música y el ritmo producido por los negros desde que, por primera vez, pusieron los pies en nuestro continente. (shrink)

Resumo: Nos Conceitos fundamentais da metafísica, Heidegger esboçou uma ontologia da vida que concebe os animais e as plantas como totalidades relacionais compostas por aptidões, complexidade orgânica e relação ao ambiente. A estrutura da aptidão é apresentada como formalmente determinada pelo fenômeno da pulsão. Tal determinação concede à aptidão a característica de uma dimensão em sentido formal. Neste artigo, realizo uma análise da dimensionalidade orgânica, a partir de dois aspectos da dimensão enquanto tal: a travessia de algo para algo e (...) o domínio de regra para a acolhida de uma multiplicidade. Esses aspectos proporcionam o marco para examinar a dimensionalidade da aptidão pulsional. Da análise resulta que o traço dimensional das aptidões compromete a ontologia da vida, com a aceitação de características como não fixidez, desenvolvimento plástico e relacionalidade ao ambiente e a si mesmo.: In The fundamental concepts of metaphysics, Heidegger outlined an ontology of life that conceives animals and plants as relational totalities composed of capabilities, organic complexity, and environmental relations. The structure of capability is presented as formally determined by the phenomenon of drive. This determination gives to capability the character of a dimension in the formal sense. In this paper, I undertake an analysis of the dimensionality of organic capability based on two formal aspects of dimension as such: the traversing from something to something, and the domain of a rule for taking up a multiplicity. These two aspects provide a framework for examining the dimensionality of instinctually driven capability. It is argued that the dimensional character of capabilities implies that the ontology of organic life in general must admit features like non-fixity, plastic development, and relations to the environment and to itself. (shrink)