O tema do presente artigo é a presença de elementos míticos na obra do pré-socrático Empédocles de Agrigento. O problema que nos dispomos a abordar é discutir a possibilidade de haver uma noção filosófica que tenha ao mesmo tempo significado mitológico e filosófico. Os objetivos foram num primeiro momento resgatar a figura do _aedo _a fim de mostrar a persistência de formas poéticas antigas na nascente filosofia. Em seguida, comparamos a teogonia de Hesíodo com a cosmologia empedocleana de forma a (...) destacar a estrutura narrativa subjacente, isto é, o jogo de forças cósmicas personalizadas, assim como a concepção mítica da Idade de Ouro. E por fim discutimos os pontos de interseção entre práticas purificadoras presentes na poesia do agrigentino e preceitos religiosos derivados da tradição órfica. Nossa metodologia foi essencialmente bibliográfica ao apresentar vários estudiosos sobre os temas escolhidos. Nossos resultados indicam que a noção de _daimon_ perpassa as três fontes referidas, de modo que sua abrangência elástica dialoga tanto com o mito quanto com a filosofia e a poesia. Concluímos que Empédocles inspirou-se nas antigas poesias hesiódicas e práticas órficas para realização e formação do seu pensamento apresentando, pois, alguns elementos míticos em sua filosofia. (shrink)

Seria possível uma sociedade em que a crueldade provocasse uma comoção absoluta em todos os seus membros, de modo que o grande objetivo fosse a sua não realização? A solidariedade seria possível em uma perspectiva em que esta não fosse concebida como o absoluto, o universal desde sempre? Estes são alguns dos questionamentos com que Richard Rorty, filósofo pragmatista, estadunidense e liberal, ao final da década de 1980, provoca-nos nas páginas do seu livro “Contingência, ironia e solidariedade”, considerado por muitos (...) estudiosos como a obra-chave de seus escritos, superando inclusive o relevante “Filosofia e o espelho da natureza”. Em “Contingência, ironia e solidariedade” o autor trabalha mais explicitamente com as categorias com as quais passou a conceber seus escritos posteriores e que representam sua proposta mais amadurecida, tais como os termos “redescrição”, “autocriação” e “ironista liberal”. (shrink)

A pandemia da COVID-19 causou uma completa modificação nas formas de interação e comportamento social, visto que a contenção do vírus tornou-se prioridade mundial. O Estado, junto à medicina, passou a determinar os protocolos sanitários seguidos pela comunidade. A partir da indagação do filósofo Giorgio Agamben acerca da facilidade na qual uma sociedade permitiu considerar-se contagiada e entendendo como um período de calamidade deflagra a fragilidade da racionalidade científica diante da demanda por cura, neste artigo objetivou-se analisar se a medicina (...) tem respondido às demandas místicas a ela solicitadas, ou mesmo, se tem forjado demandas mistificadoras que reforçam seu lugar de poder social. Para tal, notas e documentos e posicionamentos de figuras políticas e instituições médicas brasileiras estarão aqui postos em pauta como vitrine que permite a análise da presença do caráter místico no discurso da medicina. É trazida aqui a oportunidade de ponderar as consequências decorrentes da ausência de questionamento acerca da cientificidade das instituições médicas e de suas influências na sociedade contemporânea. A exploração abrange não apenas o funcionamento baseado em conhecimento, mas também ressalta a influência da fé. Portanto, é um convite à reflexão sobre como a prática médica nos convida ao apego da crença na ciência. (shrink)

O presente trabalho pretende resgatar o debate entre Richard Rorty e Nancy Fraser, ocorrido no início da década de 1990, especificamente a partir do texto Feminismo e Pragmatismo apresentado na Tanner Lectures on Human Value. Nesta conferência o filósofo discorreu sobre a possibilidade de conciliação entre o seu pragmatismo e o feminismo. Rorty aborda o feminismo enquanto autocriação da mulher através da “redescrição” mediante a manifestação poética, onde o filósofo encara as feministas como criadoras do novo. Em seguida, exporemos a (...) crítica de Fraser, que trabalha sobre a proposta apresentada pelo pragmatista e que oferece suas próprias ideias dentro de uma concepção do feminismo como movimento democrático de massa. Ao final, uma breve avaliação das implicações das críticas e sugestões apresentadas por Rorty ao feminismo e também da resposta de Fraser. (shrink)

Virginia Held nos propõe em seu capítulo “Care and Human Rights”, do livro Philosophical Foudantion of Human Rights, que utilizemos a perspectiva da ética do cuidado para pensar e efetivar as demandas que escolhemos tratar com a linguagem dos direitos humanos, na qual se prioriza tradicionalmente as questões da justiça. Ainda que reconheça a importância que os direitos humanos possuem em mobilizar forças tanto em âmbito internacional como na esfera nacional, no que diz respeito à efetivação de leis e de (...) políticas voltadas para problemas que afetam seriamente as populações dos países, Held frisa que milhares de pessoas ainda escapam a esse alcance, inclusive crianças, que morrem em número alarmante por desnutrição ou por doenças tratáveis. Destaca, ainda, que nossa concepção de direitos humanos é herdeira de uma visão individualista e violenta da tradição liberal, na qual o sujeito solitário vai enfrentar sozinho as forças do mundo, incluindo aí a natureza e as outras pessoas. Uma ética do cuidado, pela sua característica de reconhecer nossa situação necessária de vulnerabilidade e de interdependência, propõe-se como uma alternativa mais eficiente, por focar na relação entre cuidador/a e cuidado/a, buscando-se afastar das abstrações tradicionais como as que ela entende ser as demais abordagens éticas como a kantiana e a utilitarista, ainda tributárias daquela tradição liberal. (shrink)

(Spanish) RESUMEN: La libertad absoluta postulada por Viktor Emil Frankl y Jean-Paul Sartre, la Shoah y la creencia en un dios omnipotente, bueno y justo parecen contradecirse. La pregunta por el sentido del sufrimiento de las víctimas del Holocausto (la verdadera catástrofe, el mayor crimen contra la humanidad), simbolizado por Auschwitz, y como punto de inflexión en la historia, es terriblemente dolorosa y parece no tener una respuesta filosófica ni teológica. A mi juicio, es importantísimo distinguir entre las víctimas inocentes (...) de la Shoah que perecieron y las víctimas inocentes que sufrieron un verdadero infierno y perdieron a sus seres queridos, pero que lograron sobrevivir. Ambas son víctimas, por supuesto, pero así como encontrarle un posible sentido al sufrimiento de las víctimas masacradas y gaseadas podría suponer un insulto a su sufrimiento y agonía –en especial, al horror que sufrieron los niños–, el horrible sufrimiento de los supervivientes pudo dar, tal vez, de alguna manera, un sentido a sus vidas después de la liberación de los campos de concentración y exterminio, ya fuera como voz, como protesta o como simple supervivencia. Frankl apuesta por un sentido último (que abraza el sentido del sufrimiento de las víctimas), y Sartre, aunque parezca no apostar por sentido alguno, volcó su vida al compromiso político después de la Segunda Guerra Mundial, y ello parece vislumbrar una minúscula pizca de sentido después de la barbarie. La filosofía de Frankl es un sí a la vida incluso en las situaciones más extremas, un grito casi nietzscheano que exalta el valor de la vida más allá de cualquier sufrimiento. Frankl, padre de la logoterapia y superviviente del Holocausto, abre una puerta a Dios al hablar de un dios inconsciente, una dimensión suprahumana y una fe incondicional, y define la religión como espiritualidad y como la búsqueda del hombre por el sentido último. Según Frankl, la libertad no se contradice con Dios, y la religión existe no a raíz de la barbarie, sino a pesar de la barbarie. El existencialismo sartreano es una filosofía de la libertad radical y de la responsabilidad. El hombre está condenado a ser libre. El ser humano es un ser en el que la existencia precede a la esencia. Somos totalmente responsables de lo que somos. Sartre afirma que la libertad humana es incompatible con Dios. En un mundo sin Dios, la moral la construyen los hombres, con sus propias decisiones y sus acciones, y la existencia y el sufrimiento de las víctimas no tienen sentido alguno. Sartre define al hombre como libertad, responsabilidad, angustia y contingencia. Frankl define al hombre como libertad, responsabilidad, espiritualidad y búsqueda de sentido. Con esta tesis me propongo entrar en la resbaladiza dimensión del dolor, la desesperación, el sentido y sinsentido del sufrimiento de las víctimas (teniendo presente los horrores de Auschwitz, que en teología y filosofía ha simbolizado desde la liberación de los campos la muerte de Dios y la muerte de la moral). Es verdad que no solo los hombres, mujeres y niños judíos fueron víctimas de la barbarie alemana, pero, como reza el mensaje de Elie Wiesel en la exposición permanente del Block 27 del Auschwitz-Birkeanu State Museum: "Not all victims were Jewish in this place, but all Jews were victims". La Shoah no es un episodio dentro de la Segunda Guerra Mundial, sino un punto de inflexión en la historia de la humanidad, y es una catástrofe que nos concierne a todos, hombres y mujeres judíos y no judíos, religiosos e irreligiosos, creyentes e increyentes, como seres libres, responsables y morales que somos –o que deberíamos ser. Muchas de las víctimas del Holocausto, en medio de la desesperación, entraron en las cámaras de gas orando, aferrándose a la esperanza de que ese final espeluznante no era un punto final. Con esta tesis no me propongo de ninguna manera responder a la eterna pregunta de si Dios existe o no, sino que propongo interpretar ese grito hacia Dios como un desesperado anhelo de esperanza. También me propongo encontrar una coherencia en las posturas de estos dos grandes pensadores para quienes la libertad y la responsabilidad definen al hombre: Frankl (quien apuesta por una dimensión suprahumana donde existe un sentido último en el que el sufrimiento de las víctimas tiene que tener algún sentido, aunque ese sentido sea completamente incomprensible en la dimensión humana) y Sartre (el existencialista ateo por excelencia, para quien el mundo, la existencia y el sufrimiento son absolutamente contingentes). En el primer capítulo expongo la logoterapia y el existencialismo sartreano: describo las tres dimensiones del hombre y las tres búsquedas de sentido propuestas por Frankl, y expongo las cinco consecuencias de "l'existence précède l'essence", centrándome en la libertad y la responsabilidad, y hablo del suicidio. El segundo capítulo está dedicado al dios inconsciente frankleano, la dimensión suprahumana, la búsqueda por el sentido último y la fe incondicional. En el tercer capítulo ilustro la libertad sin Dios sartreana, la ontología sartreana, el ateísmo sartreano y el humanismo sartreano, y hablo sobre la responsabilidad, la mauvaise foi, la contingencia, la situation y la angustia. El cuarto capítulo es necesariamente histórico (sin dejar de ser filosófico): me pregunto por la muerte de Dios después de Auschwitz, argumento y defiendo la unicidad del Holocausto (la Shoah es un punto de inflexión en la historia de la humanidad), describo las masacres antes de los campos de exterminio (Einsatzgruppen, Ordnungspolizei y Wehrmacht), el gigantesco complejo de Auschwitz (Stammlager, Auschwitz-Birkenau y Monowitz-Buna), reflexiono sobre Dios y el mal (centrándome en los niños de Auschwitz), describo los días de Frankl en Auschwitz, hablo de Dios como esperanza, de la inmortalidad y la escatología, de la crueldad de Dios, de la relación entre el cristianismo y el antisemitismo, del islam y el antisemitismo, critico el silencio de Dios, hablo de la muerte de Dios y del juicio contra Dios. En el quinto capítulo expongo la moral frankleana (una moral que atañe al hombre y no a Dios), basándome en su teoría del amor y en su única obra de teatro (Synchronisation in Binkerwald), y la moral sartreana (una moral que atañe a una humanidad sin Dios), recordando a Dostoyevsky, analizando la famosa cita de Garcin en Huis clos "L'enfer, c'est les Autres", criticando el marxismo de Sartre y cuestionando (con la mirada de Frankl y Sartre) el verso de Brecht "Erst kommt das Fressen, dann kommt die Moral"; al final del capítulo incluyo una reflexión propia y las críticas frankleana y sartreana sobre la impunidad de los verdugos y colaboradores después del Holocausto (con el permiso de Dios). Después de la Conclusión, añado un Apéndice sobre las vidas de Frankl y Sartre, para poder entender mejor su obra. PALABRAS CLAVE: logoterapia, existencialismo sartreano, búsqueda de sentido, libertad, responsabilidad, moral, angustia, sufrimiento, supervivientes, víctimas, contingencia, espiritualidad, religión, Dios, esperanza, antisemitismo, culpa, Auschwitz, Holocausto, Shoah. /// (English) ABSTRACT: The absolute freedom defended by Viktor Emil Frankl and Jean-Paul Sartre, the Shoah and the belief in an omnipotent, benevolent and just God seem to contradict each other. The question of the meaning of the victims' suffering of the Holocaust (the true catastrophe, the biggest crime against humanity), simbolised by Auschwitz and as a turning point in History, is terribly painful and doesn't seem to have an answer. In my opinion, it's crucial to distinguish between the innocent victims of the Shoah who perished and the innocent victims who sufferend a real hell and lost their loved ones, but managed to survive. Both are victims, of course, but just as finding a possible meaning to the suffering of the massacred and gassed victims could result in an insult to their suffering and agony –especially to the horror that the children suffered– the gigantic suffering of the survivors could, maybe, somehow, give a meaning to their lives after the liberation of the concentration and extermination camps, either as a voice, as a protest, or as a simple survival. Frankl believes in an ultimate meaning (that embraces the meaning of the victims' suffering), and Sartre, even if it appears not to embrace any meaning, turned his life to political engagement after War World II, and that attitude seems to give a tiny glimpse of meaning after the barbarity. Frankl's philosophy says yes to life even in the most extreme situations, and it's a Nietzschean-like scream that exalts the value of life beyond any monstrous suffering. Frankl, the father of logotherapy and a Holocaust survivor, opens a door to God when he talks about an unconscious God, a supra-human dimension and an unconditional faith; he defines religion as spirituality and as man's search for ultimate meaning. According to Frankl, freedom is not contradictory with God, and religion exists not because of the barbarity but in spite of the barbarity. Sartrean existentialism is a philosophy of radical freedom and responsibility. Men are condemned to be free. We are beings where the existence precedes the essence. We are completely responsible of what we are. Sartre argues that human freedom is incompatible with God. In a godless world, morality is constructed by people, with their own choices and actions, and human existence and the suffering of the victims don't have any meaning. Sartre defines man as freedom, responsibility, Angst and contingency. Frankl defines man as freedom, responsibility, spirituality and search for meaning. With this dissertation I attempt to enter in the slippery dimension of the pain, despair, meaning and meaninglessness of the victims' suffering (having in mind the horrors of Auschwitz, that in theology and in philosophy have simbolised, since the liberation of the camps, the death of God and the death of morality). It's true that not only Jewish men, women and children were victims of the German barbarity, but, as Elie Wiesel's message from the permanent exhibition from Block 27 of the Auschwitz-Birkeanu State Museum reads: "Not all victims were Jewish in this place, but all Jews were victims". The Shoah is not an episode inside War World II, but a turning point in the history of humankind, and a catastrophe that embraces us all, Jewish and not not Jewish men and women, religious and not religious, believers and not believers, as the free, responsible and moral beings that we all are –or that we should be. A lot of the victims, in the midst of their desperation, entered into the gas chambers praying, holding to the hope that their horrifying end was not the ultimate end. With this dissertation I do not attempt to answer the eternal question of the existence of God, rather, I will try to interpret that scream to God as a longing for hope. I also intend to find a coherence between the thought of these two great thinkers for whom freedom and responsibilty define man: Frankl (who argues that there is a suprahuman dimension where an ultimate meaning exists and where the victims' suffering has to have a meaning, even if this meaning is completely incomprehensible in the human dimension) and Sartre (the atheist existentialist par excellence, for whom the world, human existence and suffering are absolutely contingent). In the first chapter I expose logotherapy and Sartrean existentialism: I describe the three dimensions of man, the three searches for meaning, the five consequences of "l'existence précède l'essence" and I speak about suicide. The second chapter delves into the unconscious God, the supra-human dimension, the ultimate meaning and the unconditional faith. In the third chapter I expose the freedom without God defended by Sartre, Sartre's ontology, Sartre's atheism, Sartre's humanism, and his ideas about responsibility, mauvaise foi, contingency, situation, and Angst. The fourth chapter is necessarily historical (while being philosophical too): I wonder about the death of God after Auschwitz, I argue and defend the uniqueness of the Holocaust (the Shoah is a turning point in the history of humankind), I describe the massacres before the extermination camps (Einsatzgruppen, Ordnungspolizei y Wehrmacht), the gigantic Auschwitz camp complex (Stammlager, Auschwitz-Birkenau y Monowitz-Buna), I reflect on God and evil (focusing on the children of Auschwitz), I describe Frankl's days in Auschwitz, I talk about God as hope, about immortality and escathology, I discuss God's cruelty, the relationship between Christianity and antisemitism and Islam and antisemitism, I question the silence of God, and I talk about the death of God and about the trial against God. In the fifth chapter I talk about the Franklean morality (a morality that concerns man and not God), on the basis of his love theory and his only work of theater (Synchronisation in Binkerwald), and the Sartrean morality (a morality that concerns a humanity without God), remembering Dostoyevsky, analysing Garcin's famous quote in Huis clos "L'enfer, c'est les Autres", crticizing Sartre's marxism and questioning (with Frankl's and Sartre's eyes) Brecht's verse "Erst kommt das Fressen, dann kommt die Moral"; at the end of the chapter I include my own reflection (and Frankl and Sartre's critique) about the impunity of the executioners and collaborators after the Holocaust (with God's permission). After the Conclusion, I add an Appendix about the lives of Frankl and Sartre, which helps understanding better their work. KEYWORDS: logotherapy, existentialism, search for meaning, freedom, responsibility, morality, Angst, suffering, survivors, victims, contingency, spirituality, religion, God, hope, antisemitism, guilt, Auschwitz, Holocaust, Shoah. (shrink)

RESENHA: COMBLIN, José. O Espírito Santo e a tradição de Jesus . São Paulo: Nhanduti, 2012.

In recent decades, Claude Lefort has become a recurring reference point for mainstream authors hostile to populism. This article delves into the paradoxical character of Lefort’s own ‘populism’ to challenge these anti-populist approaches. It explores Lefort’s nuanced stance in which, despite his explicit rejection of populism, he nevertheless embraced social division and the empowerment of the people against the grandees. The analysis is divided into three parts. First, it presents Lefort’s objections to populism, echoed by scholars such as Marilena Chaui, (...) Andrew Arato, Nadia Urbinati, Pierre Rosanvallon and Stefan Rummens, who often associate populism with Carl Schmitt’s political theology. The second part highlights latent ‘populist’ elements in Lefort’s work, as examined through his study of Machiavelli and his reflections on a wild democracy. The third part critically assesses the supposed rupture between Lefort and populist thinkers such as Ernesto Laclau and Chantal Mouffe, identifying moments of consistent theoretical alignment and even shared political engagement rather than stark disagreement. The conclusion challenges the prevailing narrative by positing a sophisticated theory of populism in Lefort’s work. It emphasises the inclusive and emancipatory aspects of appeals to the ‘people’ without overlooking potentially undemocratic expressions. Ultimately, the article argues for a nuanced understanding of populism from Lefort’s work, emphasising the need for a delicate balance in navigating between populism’s democratic and tyrannical manifestations. (shrink)

En este escrito se presentan algunos desarrollos de la teoría política de John Rawls ahondando en aquellas categorías que permitan contrastar aspectos de los planteamientos rawlsianos con spectos del pensamiento utilitarista clásico. El propósito es discernir qué tan grande es la deuda que tienen pensadores contemporáneos como Rawls con autores clásicos del siglo XIX tales como Bentham y Mill.

Constellations, Volume 28, Issue 4, Page 511-521, December 2021.

Este artigo se dispõe a examinar um fenômeno social construído ao longo de séculos não só na sociedade brasileira, mas no mundo inteiro que culmina na definição de uma estética oprimida, excluída e invisibilizada: a estética da exclusão. Essa expressão vai sendo edificada ao longo dos anos através de práticas escravistas, segregadoras, classistas e “aporofóbicas” que se desdobram também em outras fobias à grupos economicamente vulneráveis e naturalmente subalternizados. Este trabalho recorre a alguns recortes da história do Brasil, autores do (...) pensamento social brasileiro e questões atuais que evidenciam a discrepância, ainda, estimulada por diferenciações estéticas que interferem de forma arbitrária, naturalizando tais práticas e aumentando a distância entre os que serão excluídos pela sua estética. (shrink)

This book constitutes the thoroughly refereed post-conference proceedings of the 10th International Conference on Quantum Interaction, QI 2016, held in San Francisco, CA, USA, in July 2016. The 21 papers presented in this book were carefully reviewed and selected from 39 submissions. The papers address topics such as: Fundamentals; Quantum Cognition; Language and Applications; Contextuality and Foundations of Probability; and Quantum-Like Measurements.

Think tanks became key political and economic actors during the twentieth century, creating and occupying an intellectual and political position between academic institutions, the state, civil society, and public debate on organization and management. Think tanks are especially active in setting frames for what constitutes politically and socially acceptable ways of thinking about economic activity and the rights or obligations of corporations. Their operation and influence has been acknowledged and analysed in political science and policy analysis, but in organization and (...) management studies they are almost entirely ignored. In this paper, we review the existing literature on think tanks to develop an ethical–political framework based on a Gramsci’s account of state–civil society relations, referring to historical case materials relating to a significant Brazilian think tank, the Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais. We show how the IPES was successful in bringing then-controversial neoliberal perspectives on management and organization into mainstream political debate, where they could be discussed and ultimately accepted as morally and intellectually legitimate. We note the importance of management education and business schools with respect to think tanks in the development of a hegemonic pro-capitalist interpretation of corporate responsibility, and suggest this is worth more investigation. We conclude by outlining how think tanks are central to civil society acceptance of pro-corporate ideologies, how they might be researched regarding the ethical implications of the work they do, and how our approach provides a foundation for this. (shrink)

This paper is the result of reflections inspired by observing and participating in dancing sessions with children. Our experience of the latter led to the production of images that provoked a variety of questions, and invited us to think about the relationships between bodies, dance, and various forms of education. Among these questions were: what clues about the experience of human embodiment are given through observing children’s dance? What can children teach us through participating with them in this performative medium, (...) and what are its implications for education, most especially in light of our observations of children's inventiveness in this regard? Our impressions resonate and find expression in the oeuvre of Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Jan Masschelein and Manoel de Barros. Placing ourselves under their influence, we mobilized our thinking and opened ourselves to the emergent character of their ideas, resulting in what might be called a form of “dancing-writing” in which those two forms of expression interact. This dancing-writing is informed by and imbued with children’s lived experience: step by step, we walked the paths that they opened, recording as best we could their multisensorial approach to the world—gaze, taste, smell, sound, touch, movement. Ours was an experience of research on movement, with movement, in movement. As such, we harbor no intention to present final answers, but rather offer the reader an invitation to think philosophically and childishly. Ours is an invitation to dance with and among the questions which that very dance inspired. (shrink)

Name der Zeitschrift: Semiotica Jahrgang: 2017 Heft: 214 Seiten: 373-391.

A DISTORÇÃO NO USO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS NA SEARA TRIBUTÁRIA E SEUS REFLEXOS NA ILEGALIDADE DA MP 685/2015.

Hume no comparte la indispensable premisa del ateísmo (Dios no existe), pero sostiene que solamente podemos afirmar que existe lo que se puede probar, comprobar y verificar. Tanto la causalidad como la sustancia como el propio yo son solo creencias. Este aplastante escepticismo influirá inevitablemente en la idea de Dios. La filosofía de Hume comparte con el ateísmo tres puntos cruciales: 1. Crítica al argumento del diseño; 2. Mortalidad del alma; 3. Crítica a los monoteísmos. Con este artículo me propongo (...) mostrar que la filosofía de Hume, aun siendo escéptica, supone una puerta hacia el ateísmo. (shrink)

It is about analyzing the connection between just memory, narration and art, using an approach that mixes philosophy and visual arts. We will start from the perspective of the French philosopher Paul Ricoeur on fair memory, presented in his work Memory, History, Oblivion (2000), according to which there is an institutionalized ideologization of memory in which narrations are silenced or distorted by the so-called official history. In the process of recovering fair memory, these narratives need to be heard, recognized and (...) valued, deconstructing abusive mechanisms that silence them with the aim of producing oblivion or that manipulate them involve distorting the facts to benefit hegemonic discourses. Next, we will discuss how the myth of Brazilian racial democracy is an example of institutionalized ideologization of memory, considering mainly the reflections of Brazilian philosophy Sueli Carneiro in Device of raciality (2023). Finally, we will show how Elian Almeida's pictorial counter-narratives, especially the Vogue series (2020), work to strengthen and disseminate unofficial narratives about Brazil that have been suffocated by official history. (shrink)

A Trifuncionalidade como Ideologia O estudo das ideologias, no âmbito da História das Idéias, tem gerado algumas das temáticas mais importantes e polêmicas da historiografia das últi­mas décadas, sendo estas particularmente significativas para a compreensão das relações entre representações sociais e Política nos vários períodos históri­cos. Neste ensaio, que examinará a clássica discussão historiográfica sobre a 'trifuncionalidade medieval', estaremos considerando "ideologia" como uma n...

No capítulo sobre a música do primeiro volume de O mundo como Vontade e como representação afirma Schopenhauer que a música produz um efeito “…mais poderoso e penetrante que o das outras artes…” e ainda que esse efeito seria “…no todo semelhante ao das outras artes, apenas mais vigoroso, mais rápido, mais necessário e infalível”. Porém, a condição da experiência estética em geral, para Schopenhauer é, sabidamente, o aquietamento da Vontade. Cabe então perguntar como é possível que a música exerça (...) um efeito poderoso, penetrante e vigoroso sobre o ouvinte sem que a Vontade seja excitada, fato que destruiria por completo a fruição estética. Pretendo tentar responder a essa questão a partir da consideração do capítulo “Sobre os sentidos” do segundo tomo da obra máxima de Schopenhauer, a qual servirá de base para uma reflexão sobre o significado da dissonância musical na estética schopenhaueriana e sobre o papel por ela desempenhado na apreensão da melodia, concebida como forma musical. (shrink)

Analisa-se a construção dos conceitos de público, privado e privatização na cobertura jornalística da Folha de São Paulo sobre o processo de privatização no Brasil, de 1990 a 1994. Insere- se o estudo na linha de pesquisa "Comunicação e processos sociais’, que concebe as instituições de comunicação contemporâneas corno urna das instâncias principais da geração e difusão de discursos, considerando-se o caráter mediador da informação entre os indivíduos, as instituições sociais e entre estes e o Estado. Baseia-se nas formulações de (...) Hannah Arendt e Jürgen Habermas no que se refere aos conceitos de público e privado. (shrink)

O presente artigo visa problematizar a concepção de música proposta pelo filósofo Friedrich Schelling em sua obra ‘Filosofia da Arte’, na qual essa forma artística é concebida enquanto uma potência real do Absoluto. Desse modo, pretende-se apontar para o caráter inovador e peculiar da concepção schelliniana em contraste com a noção romântica de música absoluta, assim como situá-la dentro do panorama geral do sistema de identidades desenvolvido pelo autor.

Trata-se de um artigo de viés ensaístico que tenta apontar a impressão de que a instituição escolar habita uma densa crise existencial. A suposição que norteia essa reflexão visa à crise na educação escolar como uma aparência que costuma continuar velada na maior parte dos discursos críticos acerca da escolarização atual: o afastamento do sentido humano ontológico-social e do significado da experiência que relacionam professor-estudante. A investigação nesta atividade será realizada a partir de conceito recentemente desenvolvido, o absurdar-se, em uma (...) tentativa de aplicação desse conceito nas nossas experiências em escolas, nas quais atuamos como psicólogo da educação. (shrink)

Jean Bodin définit la souveraineté comme la puissance perpétuelle et absolue de la République, c ́est-à-dire une puissance législative qui ne connaît ni conditions, ni contraintes, ni obligations. Or, il affirme aussi que tous les souverains sont soumis aux lois de Dieu et de la nature et à plusieurs lois humaines communes à tous les peuples. Mais comment un pouvoir définit comme absolue peut-il avoir des limites? Voilà la contradiction signalée par plusieurs interprètes de sa pensée politique. Mon but est (...) de démontrer l'imprécision de ces avis et de proposer une interprétation qui rend cohérente l'idée selon laquelle le souveraineté, pouvoir, droit, loi, Jean Bodin souverain peut être à la fois au-dessus de la loi civile et soumis à des limites qui restreignent son pouvoir de légiférer. (shrink)

Os anos que passamos na graduação geralmente costumam ser marcante em nossas vidas, afinal de contas, esses momentos formativos que compartilhamos com os colegas de curso e com os professores/as, ao longo de quatro anos, são fundamentais para nos tornarmos os profissionais que somos hoje. A leitura dos textos, as discussões em sala, as relações de afeto que construímos nesse período, o papo com os professores, a preparação e apresentação dos seminários, as madrugadas em claro fazendo os trabalhos das disciplinas, (...) as reflexões que guardamos na consciência após uma reunião dos grupos de estudo, as confraternizações que costumamos realizar no termino das disciplinas, isto é, todos essas vivências que um estudante universitário costuma ter marca de maneira definitiva a nossa história. E arrisco a dizer, sem receio de ser injusto, que essas experiências passam a ter um significado ainda maior quando nos tornamos efetivamente professores/as. (shrink)

Resumo: O propósito geral do presente texto consiste em introduzir o sentido e o alcance que noção de improvisação musical pode adquirir no filosofar nietzschiano, e, em especial, no assim chamado período de maturidade de seu itinerário intelectual. Tenciona-se indicar que tal ideia assume uma função reguladora em seu pensamento, possibilitando lançar uma intensiva luz sobre o seu legado e enfatizar, sobretudo, o caráter pluralista e dinâmico deste último.: The present text aims at introducing the meaning and the scope that (...) the notion of musical improvisation may acquire within Nietzsche’s thought - especially in the light of thehis latter writings. It also intends to show that such idea performs a regulatory function within his thought and allows us, at the same time, to shed a bright light on his legacy, serving first and foremost to emphasize its pluralistic and dynamic character. (shrink)

São poucos os professores/as que podemos dizer que a sua história de vida se confunde literalmente com a história de um determinado curso. Que sabe contar com riqueza de detalhes as mudanças arquitetônicas que o prédio sofreu, como se deu o início do curso, quem eram os professores/as, qual era o nome das disciplinas do antigo currículo, bem como das transformações pedagógicas e curriculares realizadas ao longo da história para que ele se tornasse aquilo que ele é hoje. Não é (...) fácil encontrarmos alguém no presente que continua a manter viva a memória cristalina de um passado pouco documentado. Sem nenhuma dúvida, existem poucos professores e professoras na Universidade Federal do Piauí que possuem o privilégio de serem esse “contador de histórias” do curso que trabalham, que possuem uma vivência longa com a instituição. No caso do curso de Filosofia da UFPI, este docente possui nome e sobrenome: Gerson Albuquerque de Araújo Neto. (shrink)

O presente texto visa avaliar o estatuto da revolução a partir da obra de dois filósofos franceses, por assim dizer, que empenharam parte considerável de seu trabalho na investigação sobre a história: Voltaire e Jean Bodin. Nossa intenção é entender a relação entre as noções de transformações, revolução e guerra, conflitos, tumultos. Não pretendemos estabelecer uma comparação rígida, porque anacrônica, entre as obras desses filósofos que trabalharam sobre a história. O que intentamos aqui é investigar algumas linhas de força de (...) seus argumentos que visam explicar as revoluções, suas origens e consequências para mostrar como a articulação entre esses elementos possibilita a Voltaire e a Bodin que realizem o que chamaremos de desmistificação de aspectos pertinentes tanto à filosofia quanto à história. Trata-se ainda de mostra em que medida Bodin e Voltaire divergem e se encontram no que tange ao tratamento filosófico desses temas. This paper aims at evaluating the status of the idea of revolution presented by Voltaire and Bodin. Both philosophers' works are mostly directed to the investigation of history. The purpose of this paper is to understand the connection between the ideas of change, revolution, war, turmoil and conflicts. There is no intention of establishing a strict comparison between the two works, as for that would be anachronistic. On the contrary, this paper intends to investigate some of the main arguments used by both authors to explain the revolutions, its origins and consequences, to show how the articulation between those elements enables them to demystify relevant aspects present in both history and philosophy. Finally, it also aims at pointing at the extent to which the authors diverge and converge in their philosophical approach to the referred themes. (shrink)

Resumo: O objetivo deste texto é refletir sobre a produção de anormalidades. de um ponto de vista histórico-hermenêutico. Partindo do marco teórico proposto por Michel Foucault, será possível ver como o binômio normalidade-anormalidade, seja de modo disciplinar, seja biopolítico, serve à produção de indivíduos mediante relações de saber-poder. Nesses termos, observa-se como se dá a produção de anormalidades na obra de Foucault. Na segunda seção, verifica-se como a discussão sobre o biopoder pode ser utilizada no intuito de problematizar situações e (...) casos ocorridos neste continente. Trata-se de relacionar a produção de anormalidades com o desenvolvimento do Higienismo na América Latina, dando a perceber algumas estratégias adotadas na normalização e produção de corpos higiênicos. (shrink)

JULIÃO, José Nicolao. Reflexões filosóficas sobre a história: Agostinho, Hegel e Nietzsche. Rio de Janeiro: Ed. ViaVerita, 2019.

Neuroscience research has shown that meditation practices have effects on brain structure and function. However, few studies have combined information on the effects on structure and function in the same sample. Long-term daily meditation practice produces repeated activity of specific brain networks over years of practice, which may induce lasting structural and functional connectivity changes within relevant circuits. The aim of our study was therefore to identify differences in FC during the resting state between 23 Sahaja Yoga Meditation experts and (...) 23 healthy participants without meditation experience. Seed-based FC analysis was performed departing from voxels that had shown structural differences between these same participants. The contrast of connectivity maps yielded that meditators showed increased FC between the left ventrolateral prefrontal cortex and the right dorsolateral prefrontal cortex but reduced FC between the left insula and the bilateral mid-cingulate as well as between the right angular gyrus and the bilateral precuneus/cuneus cortices. It thus appears that long-term meditation practice increases direct FC between ventral and dorsal frontal regions within brain networks related to attention and cognitive control and decreases FC between regions of these networks and areas of the default mode network. (shrink)

A Sogra (Hecyra) é uma comédia de Terêncio que trata dos desencontros entre personagens que constituem dois grupos familiares: a família de Laques, constituída de seu filho Pânfilo, sua nora Filumena, sua esposa Sóstrata. A família de Filumena, cujo pai é Fidipo e sua esposa Mírrina. A trama gira em torno de desencontros, convenções sociais que sobrepujam os sentimentos entre os parentes e a presença de uma prostituta de nome Báquis. Trata-se de uma peça com base em dramas burgueses que (...) atravessam todas as sociedades no tempo e no espaço. Analisaremos a estrutura familiar aqui presente e suas convenções que impõem certo padrão de comportamento. As relações afetivas e desejos fazem parte da trama de forma acentuada, pois, aqui os desencontros são entre o que se deseja e o que a convenção social estabelece como comum. A cortesã, o filho, o pai, a sogra são elementos fulcrais desta trama, no que diz respeito a convenção social; já os laços afetivos estabelecidos no meio familiar e extra-familiar constituem o lado não convencional que se choca com a convenção social. Assim analisaremos estes fatores na estrutura da trama da peça de Terêncio. (shrink)

Qual é o lugar da escrita no ensino da filosofia no Ensino Médio? Trata-se de uma reflexão sobre a escrita filosófica, viabilizada pela leitura de quem intenciona a escrita e não pela leitura para saber, isto é, para acumular ou reproduzir conhecimento. O que se constata, é que a escrita é uma das atividades essenciais do filosofar e possui caráter formador que precisa ser valorizado. Raros são os pensadores que não escreveram e, além do mais, vive-se num contexto em que (...) ela, num sentido geral, é onipresente. A escrita filosófica, no nível da formação média, pode ser um contraponto às várias modalidades de produções disponíveis, caracterizadas pela velocidade e superficialidade. Sua consistência, tempo e modo de elaboração servem como resistência ao descartável. Sua finalidade é produzir sentido, nesse jogo de linguagem que é a filosofia. (shrink)

Normal 0 false false false EN-US X-NONE X-NONE In this paper we examine the consequences of von Neumann's interpretation of quantum mechanics in the context of an insect conditioning experiment. We argue that either the insect has a mind, therefore collapsing the wave function, or it does not, therefore reacting to superpositions in a different way. Thus, a device to condition insects could be used to test von Neumann's interpretation, if insects are not conscious. If, on the other hand, insects (...) possess a mind, such experiment would open up the possibility of using insect experiments to test Stapp's theory of mind-matter interaction. (shrink)

A intenção do artigo é examinar a reflexão de Algernon Sidney no que se refere ao direito de resistência do povo contra governos tirânicos. Amplamente discutido por autores das mais diversas vertentes políticas, o direito de resistência ocupou um lugar de destaque no debate jurídico, teológico e político no decorrer dos séculos XVI e XVII. Além dos tradicionais argumentos apresentados por huguenotes franceses, monarcômacos escoceses e defensores da causa parlamentar durante as guerras civis inglesas, a defesa de Sidney do direito (...) do povo de julgar, combater e depor tiranos é feita também com base em princípios republicanos, como o império da lei, o bem comum e, principalmente, a liberdade. (shrink)