Trata-se de analisar os usos da racionalidade mimética em Jacques Lacan e Theodor Adorno, isto a fim de mostrar como, nos dois casos, encontramos uma estratégia de reflexão sobre a mimesis que a eleva à condição de elemento fundamental para uma teoria do reconhecimento que não se esgote na temática da intersubjetividade. Neste sentido, este estudo insere-se em uma pesquisa mais ampla a respeito dos modos de aproximação entre psicanálise lacaniana e Escola de Frankfurt no que diz respeito ao (...) problema dos destinos da categoria de sujeito e dos processos de reconhecimento. (shrink)

O artigo pretende revisitar a interpretação hegeliana dos Fundamentos do DireitoNatural de Fichte, não propriamente seus elementos críticos, presentes na Differenzschrifte no Naturrechtaufsatz, mas antes a possibilidade de uma assimilação positiva. Em primeirolugar, oferecemos uma interpretação da passagem entre os §3 e §4 da obra de Fichte, entrea discussão da Aufforderung e a dedução do reconhecimento jurídico, que procura articulálacomo interface entre educação e direito. Na segunda parte, procuramos revelar o panode fundo “histórico-espiritual” que permite considerar, no jovem Hegel, um (...) embate entreformas inclusivas e excludentes de intersubjetividade. Na terceira parte, o objetivo éconsiderar a relação entre a eticidade, enquanto Einssein do universal e do singular, o direitoe a educação. Finalmente, pretende-se mostrar que a assimilação positiva de Fichte porHegel pode ser visualizada na articulação entre formas excludente e participativa de intersubjetividadeno conceito de eticidade natural do System der Sittlichkeit, a qual sugere umamediação entre amor e direito oferecida pela formação. (shrink)

Este artigo tem como objetivo fundamental analisar a categoria de reconhecimento e a possível formação de uma comunidade ética. Para isso, analisaremos os principais textos que lidam com o tema do autor contemporâneo Henrique Cláudio de Lima Vaz. O artigo será dividido dialeticamente em três partes. A primeira parte evidenciará o problema da formação de uma comunidade ética como a questão central do nosso tempo. A segunda parte abordará as categorias de intersubjetividade e de reconhecimento como dimensões antropológicas do (...) ser humano. Por fim, na terceira parte, trataremos da questão do reconhecimento e do consenso no plano do agir ético e da vida ética. (shrink)

A ideia do reconhecimento adquire uma relevância significativa na contemporaneidade. A filosofia política vem assistindo, nos últimos anos, a um acirrado debate em torno desse conceito. Um crescente número de autores, de diversas áreas científicas, debruça-se sobre o tema. Autores do nível de Axel Honneth, atual diretor do Instituto de Pesquisa Social e Crítica de Frankfurt é um exemplo interessante desta discussão. O presente artigo tem como objetivo apresentar as principais realizações do pensamento político de Axel Honneth. Mais especificamente, a (...) filosofia do reconhecimento encontrada na teoria critica deste filósofo. Os motivos apresentados por Honneth para essa escolha são diversos. Em primeiro lugar, elucidar a relação existente entre subjetividade e intersubjetividade. Em segundo lugar, a retomada da filosofia hegeliana. E o terceiro motivo são os argumentos críticos que Honneth pretende desenvolver. Dito de outro modo, construir um “arcabouço argumentativo” capaz de refutar as teses de outros autores. Dentre eles, encontra-se Habermas. Assim, a trajetória argumentativa deste artigo segue os seguintes passos: no primeiro momento, apresentaremos os passos argumentativos de Axel Honneth a essa problemática. Em segundo, a influência hegeliana e, por fim, a quem Honneth dirige suas críticas de forma mais incisiva. Mais especificamente, criticas dirigidas a Habermas. (shrink)

Este livro procura apresentar um diálogo entre Lima Vaz e dois filósofos contemporâneos, Alasdair MacIntyre e Charles Taylor. Nesta obra, o diálogo entre esses autores acontece na tentativa de interpretar a intersubjetividade ética na sociedade contemporânea a partir das categorias de reconhecimento ético e virtudes.

Segundo o conceito de tímese parabólica formulado pelo filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos, quando um ser humano responde com uma intensidade maior que a dos estímulos recebidos, ele compara sua situação atual com aquela que é capaz de alcançar. A comparação com uma perfeição virtual mostra ao homem algo melhor a ser feito e o estimula a buscar a melhoria de algo ou situação, ou mesmo de si mesmo e de outra pessoa. Quanto ao próprio ser humano, a filosofia (...) indica uma perfeição correspondente à natureza humana, que não se restringe ao exercício de papéis sociais ou tarefas específicas, mas ao cumprimento das potencialidades inerentes à dignidade humana. Ao contrário dos bens externos, cuja disponibilidade é limitada e cuja posse é rival, os bens internos são moldados por cada indivíduo de uma forma que beneficia toda a comunidade. As virtudes pessoais cultivadas pelo indivíduo têm uma repercussão social positiva. Temos o tempo parabólico intersubjetivo quando um percebe o potencial de outrem e estimula o outro a se desenvolver. Isto ocorre principalmente em relação a alguém que se ama ou cujo bem se deseja. Neste artigo, quero defender a afirmação de que a tendência à perfeição teleológica é uma qualidade inerente ao ser humano, que é melhor compreendida através da conjugação da corporeidade e da intersubjetividade: a disposição corpórea é naturalmente adequada ao processo de idealização e busca da perfeição humana específica, que necessariamente ocorre através do intercâmbio sincrônico com o aperfeiçoamento do outro. (shrink)

O tema do reconhecimento é central na obra de G. W. F Hegel. Classicamente, situa-se na figura da luta entre o senhor e o escravo, na Fenomenologia do Espírito. A intersubjetividade e, portanto, o reconhecimento, na obra hegeliana, colocam o seguinte problema: como é possível construir uma interpretação que supere o conceito de subjetividads moderna, positivado pela prática jusfilosófica, vindo a garantir um novo paradigma fundado na intersubjetividade e, portanto, pressupondo a teoria hegeliana do reconhecimento? Em primeiro lugar, (...) analisa-se o desejo antropológico de reconhecimento como fonte da idéia de justiça em A. Kojéve. Em seguida, apresenta-se, segundo 0 mesmo autor, a fenomenologia da justiça, que parte do princípio de que o desejo, conforme Hegel, quer o reconhecimento, sendo este a fonte última da idéia de justiça. Kojéve expõe fenomenologicamente a idéia de justiça, em três momentos: a justiça aristocrática ou a igualdade, a justiça burguesa ou a equivalência e a justiça cidadã ou a equidade. Finalmente, conclui-se que o reconhecimento intersubjetivo ocorre em vários níveis de mediação social, jurídica e política. Assim, na complexidade da sociedade mundializada, produzir uma hermenêutica jusfilosófica de cunho intersubjetivo encontra, na teoria hegeliana do reconhecimento, um fundamental pressuposto epistemológico. (shrink)

Pretende-se investigar aqui a conexáo entre intersubjetividade e normatividade a partir das filosofias do direito de Kant e Fichte. Na primeira parte, levanto a questáo da intersubjetividade jurídico-moral a partir de uma reconsideraçáo sistemática do direito em Kant. Na segunda parte, desenvolvo esta interpretaçáo dentro da própria Rechtslehre . Na terceira parte, investigo a possibilidade de uma leitura da passagem do direito privado ao público capaz de realçar os nexos intersubjetivos como pressupostos para a aplicabilidade do direito. Em (...) seguida, considero como Fichte recorre ao reconhecimento recíproco para dar sustentaçáo à aplicabilidade da racionalidade jurídico-moral kantiana. Finalmente, pretendo indicar, do ponto de vista da validade hipotética do direito, tanto as aporias do modelo fichteano quanto as potencialidades de uma ancoragem intersubjetiva da consciência jurídica. (shrink)

Segundo Rousseau, no estado de natureza o homem é solitário e independente e, ao se sociabilizar, converte-se num ser moral. Para Sartre, a angústia caracteriza a existência subjetiva do homem ao tomar decisões. Em ambos, o despertar da intersubjetividade depende do reconhecimento do outro e é determinante para a moral.

Discute-se a experiência intersubjetiva sensível enquanto dimensão autonomamente formativa. Nessa perspectiva, o encontro estetizado entre sujeitos favorece a criação, por qualquer uma das partes, de alternativas de conhecimentos, de vias de subjetivação e de modos de experienciação que não seriam possíveis não fosse o reconhecimento do outro enquanto legítimo e, ao mesmo tempo, fonte de possibilidades de recriação do eu.

The paper aims at considering Hegel’s concept of right, as it is presented in the Philosophy of Spirit (1805/06). First I attempt to reconstruct the intersubjective ties which ground the development of Hegel’s concept of right in the above-mentioned project of system. Then I present my interpretation for Hegel’s attempt to reformulate the “naturalistic” premises of the contractualist tradition. As it will be shown, my interpretation differs considerably from that defended by Axel Honneth. Finally the paper attempts to compare the (...) discussion of the concept of right in Philosophy of Spirit (1805/06) with the Philosophy of Right (1821). (shrink)

Este artículo aborda, desde la relectura del trabajo de Alfred Schütz “La ejecución musical conjunta” (“Makingmusictogether”), la idea de intersubjetividad como sintonía en las relaciones sociales explorando en los elementos señalados por el autor, como la dimensión temporal, el cara a cara y la sincronización con el Otro. Se abre así una posibilidad de comprensión de los procesos intersubjetivos, en la perspectiva del reconocimiento de la alteridad (Levinas) como constitutiva de intersubjetividad, y se plantea la pregunta de si es posible, (...) en contextos de exclusión, avanzar hacia la constitución de sintonía entre sociedad y Estado. (shrink)

Mimesis, the notion that art imitates reality, has long been recognized as one of the central ideas of Western aesthetics and has been most frequently associated with Aristotle. Less well documented is the great importance of mimetic theories of literature, theater, and the visual arts during the Renaissance and the Enlightenment. In this book, the most comprehensive overview of the theory of mimesis since Auerbach's monumental study, Gunter Gebauer and Christoph Wulf provide a thorough introduction to the complex and shifting (...) meanings of the term. Beginning with the Platonic doctrine of imitation, they chart the concept's appropriation and significance in the aesthetic theories of Aristotle, Molière, Shakespeare, Racine, Diderot, Lessing, and Rousseau. They examine the status of mimesis in the nineteenth-century novel and its reworking by such modern thinkers as Benjamin, Adorno, and Derrida. Widening the traditional understanding of mimesis to encompass the body and cultural practices of everyday life, their work suggests the continuing value of mimetic theory and will prove essential reading for scholars and students of literature, theater, and the visual arts. (shrink)

Im Rahmen der interdisziplinären DFG-Forschungsgruppe Medien und Mimesis wird die Kulturtechnik der Mimesis vor dem Hintergrund der aktuellen Medienforschung untersucht. In diesem Band sind die Ergebnisse zum Thema Metamorphosen der Fläche versammelt. Es geht darum, Trompe-l'OEils im Rahmen eines Prozesses der medialen Ausdifferenzierung als Figuren zu entziffern, durch die die zweidimensionale Buchseite (z. B. der mittelalterlichen Stundenbücher ) selbstreferentiell ihre Flächigkeit thematisiert, und die - indem sie zwischen Zwei- und Dreidimensionalität changieren - medial hybride Räume erzeugen. Damit wird die Beziehung (...) von Zeichen und Dingen, Bildraum und Bildträger ambivalent und dadurch gerade hochinteressant für medientheoretische Reflexionen. (shrink)

El rol de la intersubjetividad en la constitución de la autoconciencia -- La estructura de la relación legal -- La teoría del Estado -- El rol de la corporalidad del individuo en a fundamentación del sistema legal -- El derecho a la existencia.

Les théories contemporaines de la fiction, comme les poétiques de la Renaissance, privilégient une conception de la mimesis fondée sur la vraisemblance : la démonstration du profit cognitif et moral de la fiction passe toujours par une définition de l’imitation (de quelque façon qu’on la définisse) fondée sur la rationalité. L’auteur de cet article examine tout d’abord le statut des contradictions et de l’impossible chez quelques théoriciens actuels (principalement J.-M. Schaeffer, M.-L. Ryan, L. Doležel) et poéticiens du 16e siècle (L. (...) Castelvetro et F. Patrizi). Sont ensuite étudiées la forme et la fonction que prend l’impossible dans trois fictions narratives de la Renaissance. L’hypothèse majeure qui est défendue est que ces paradoxes permettent de penser le non-existant, dans la continuité de la scolastique médiévale et en relation avec une problématique religieuse, sérieuse ou parodique. Par là même, et en raison de leur auto-référentialité constitutive, les paradoxes inscrivent dans la fiction une réflexion sur elle-même qui n’a rien d’une apologie. La pensée de la fiction s’articule en définitive de façon bien différente dans les théories et dans les fictions elles-mêmes. (shrink)

This book challenges the widespread view of Kierkegaard’s idiosyncratic and predominantly religious position on mimesis. -/- Taking mimesis as a crucial conceptual point of reference in reading Kierkegaard, this book offers a nuanced understanding of the relation between aesthetics and religion in his thought. Kaftanski shows how Kierkegaard's dialectical-existential reading of mimesis interlaces aesthetic and religious themes, including the familiar core concepts of imitation, repetition, and admiration as well as the newly arisen notions of affectivity, contagion, and crowd behavior. Kierkegaard’s (...) enduring relevance to the malaises of our own day is firmly established by his classic concern for the meaning of human life informed by reflective meditation on the mimeticorigins of the contemporary age.​ -/- Kierkegaard, Mimesis, and Modernity will be of interest to scholars and advanced students working on Kierkegaard, Continental philosophy, the history of aesthetics, and critical and religious studies. (shrink)

Mimesis is one of the oldest, most fundamental concepts in Western aesthetics. This book offers a new, searching treatment of its long history at the center of theories of representational art: above all, in the highly influential writings of Plato and Aristotle, but also in later Greco-Roman philosophy and criticism, and subsequently in many areas of aesthetic controversy from the Renaissance to the twentieth century. Combining classical scholarship, philosophical analysis, and the history of ideas--and ranging across discussion of poetry, painting, (...) and music--Stephen Halliwell shows with a wealth of detail how mimesis, at all stages of its evolution, has been a more complex, variable concept than its conventional translation of "imitation" can now convey. Far from providing a static model of artistic representation, mimesis has generated many different models of art, encompassing a spectrum of positions from realism to idealism. Under the influence of Platonist and Aristotelian paradigms, mimesis has been a crux of debate between proponents of what Halliwell calls "world-reflecting" and "world-simulating" theories of representation in both the visual and musico-poetic arts. This debate is about not only the fraught relationship between art and reality but also the psychology and ethics of how we experience and are affected by mimetic art. Moving expertly between ancient and modern traditions, Halliwell contends that the history of mimesis hinges on problems that continue to be of urgent concern for contemporary aesthetics. (shrink)

A two-fold study, on the one hand of the thought-provoking mimesis by which Plato gives his hearer an occasion for self-knowledge and self-transcendence and of the typical sequential structure, an appropriation of the trajectory of the poem of Parmenides, by which Plato orders the drama of inquiry, and on the other hand a commentary on the Crito that aims to show concretely how these elements — mimesis and Parmenidean structure — work together to give the dialogues their exceptional elicitative power.

Introduction -- Media and representation. On the one medium / Eric Gans -- The scapegoat mechanism and the media: beyond the folk devil paradigm / John O'Carroll -- The apocalypse will not be televised / Chris Fleming -- Film. Mirrors of nature: artificial agents in real life and virtual worlds / Paul Dumouchel -- Superheroes, scapegoats, and saviors: the problem of evil and the need for redemption / Joel Hodge -- Sanctified victimage on page and screen: The hunger games as (...) prophetic media / Debra E. Macdonald -- The mimetic e-motion: from The matrix to Avatar / Nidesh Lawtoo -- Apocalypse of the therapeutic: The cabin in the woods and the death of mimetic desire / Peter Y. Paik -- Eyes wide shut: mimesis and historical memory in Stanley Kubrick's The shining / David Humbert -- Against romantic love: mimeticism and satire in Woody Allen's Vicky, Cristina, Barcelona; you will meet a tall dark stranger; and To Rome with love / Scott Cowdell -- A beautiful crisis: Ang Lee's film adaptation of The ice storm / Carly Osborn -- Cowboy metaphysics, the virtuous-enough cowboy, and mimetic desire in Stephen Fears' The hi-lo country / Thomas Ryba -- Television. The self in crisis: watching Mad men and Homeland with Girard and Hegel / Paolo Diego Bubbio -- Media, murder, and memoir: Girardian baroque in Robert Drewe's The shark net / Rosamund Dalziell -- Conversion in Dexter / Matthew John Paul Tan and Joel Hodge. (shrink)

A partir da exposição dos aspectos centrais da teoria da intersubjetividade de O ser e o nada, o artigo visa demarcar o papel decisivo, embora quase nunca reconhecido, que a refutação filosófica de Merleau-Ponty àquela abordagem da alteridade (e seus desdobramentos, sobretudo no que diz respeito à compreensão da realidade social, política e histórica) desempenhará no movimento que conduz Sartre do cenário de uma intersubjetividade conflituosa no ensaio de ontologia fenomenológica a uma filosofia da História na Crítica da (...) razão dialética. (shrink)

O paradigma da intersubjetividade preconizado por Jürgen Habermas fundou uma forma de chegar a consensos racionalmente fundamentados. A sua obra aponta para a ideia de que o que mantém as pessoas numa atitude de ação comunicativa são as forças da fundamentação racional e da motivação racional. Ao analisarmos a dimensão intersubjetiva da prática da comunidade de investigação filosófica, demo-nos conta de que é possível verificar a passagem de uma autonomia da razão centrada no sujeito (um pensar por si mesmo), (...) para a prática de uma racionalidade comunicativa (centrada num pensamento em comunidade). Os pressupostos inevitáveis da comunicação fundam e mantêm as comunidades e permitem o clima de confiança e de cuidado que possibilita que os membros da comunidade pensem livremente e se deixem guiar pela força do we, do nós, do nos-otros. Não é somente em contexto de comunidades de investigação filosófica que se verificam as potencialidades do paradigma da intersubjetividade de Habermas. Também na discussão entre especialistas podemos encontrar essas potencialidades. Foi, em certa medida, este o rasto que conseguimos traçar ao investigarmos as diferentes abordagens de Ann Sharp, David Kennedy e Giuseppe Ferraro sobre a noção de comunidade de investigação filosófica. O diálogo estabelecido entre estes filósofos e o conceito de comunidade de investigação filosófica, os seus argumentos e as formas de concretização do diálogo filosófico em comunidade, dão conta da fecundidade da racionalidade comunicativa. Sabemos que o conceito de comunidade de investigação filosófica, tal como é pensado e vivido por Ann Sharp, é distinto do conceito de comunidade de investigação filosófica de David Kennedy. Percebemos que o círculo do pensar de Giuseppe Ferraro é uma outra abordagem ao pensamento filosófico em comunidade. No entanto, na nossa investigação estas abordagens entraram em diálogo e, em boa medida, devido ao que é permitido pelo próprio movimento de uma racionalidade comunicativa. Estas possibilidades de diálogo dão-se no pressuposto de uma relação intersubjetiva também entre conceitos, experiências e pensamento sobre os conceitos e as experiências. O caminho percorrido entre a comunidade de investigação filosófica entendida como espaço de intersubjetividade (Sharp, 1987), passando pela abertura da comunidade de investigação filosófica a outras dimensões não discursivas da comunicação (Kennedy, 1994) e avançando para o círculo do pensar que enche o espaço de tempo e o torna num lugar (Ferraro, 2018) revela como a comunidade de investigação filosófica é um conceito e uma experiência abertos e fecundos: um conceito em ação. (shrink)

Este artículo presenta y defiende una concepción expresiva del mundo perceptual que depende de la intersubjetividad. En un primer momento se muestra el desarrollo del concepto de expresión en Husserl y en Merleau-Ponty. El punto central de este desarrollo es que, en contraste con la concepción tradicional del concepto de expresión que es lingüística y consiste en el manifestarse exteriormente de algo interno, se propone ahora una idea de expresión que ya no separa radicalmente lo expresado de la expresión, no (...) se concibe como traducción, y se aplica a la relación entre subjetividad y corporalidad. Para ajustar la aplicación de la expresión a la percepción, se argumenta que las apariencias perceptuales requieren de una cualificación en términos de la posición o perspectiva del sujeto que percibe. Esta “posición” o perspectiva no es únicamente espacio-temporal, sino que también es pragmática. Finalmente, se introduce la intersubjetividad, entendida pragmáticamente, a través de la idea de que hay maneras de explorar el mundo con los sentidos que son constituidas socialmente por los diferentes grupos sociales de los que hacemos parte. Se argumenta que esta concepción pragmatista, diferente a la ruta predominante en fenomenología basada en el significado como un asunto de conciencia de la experiencia, también es defendible en el terreno fenomenológico, particularmente a través de la noción husserliana de toma de posición (Stellungnahme) y la idea merleau-pontiana de las maneras de interrogar el mundo perceptualmente. -/- This article presents and defends an expressive and intersubjectively dependent conception of the perceptual world. The first section deals with the phenomenological development of the concept of expression in Husserl and Merleau-Ponty. In this development, and in contrast with the traditional conception of expression –a linguistic conception based on the external manifesting of something inner–, a new conception appears: one that doesn’t keep a hard separation between the expression and what is expressed, is not modeled after translation, and can be applied to the relationship between subjectivity and corporeality. To further precise the way expression and perception fit together, I argue that perceptual appearances require being qualified in terms of the position or perspective of the perceiving subject. This “position” or perspective is not only spatiotemporal but also pragmatic. Lastly, a pragmatically understood intersubjectivity is brought into play. I look at the fact that there are different ways of exploring the world with our senses that are socially constituted. This constitution takes places in and through the different social groups to which we belong. I argue that this pragmatist conception, while different from the dominant phenomenological understanding that takes meaning to be about the consciousness of experiences, is also defensible on phenomenological grounds. This alternative understanding finds support in Husserl’s idea of position-taking (Stellungnahme) and Merleau-Ponty’s claim that there exist different ways of interrogating the world perceptually. (shrink)

En este trabajo, queremos profundizar en los resultados de un proyecto de investigación en curso, para ello se presentan algunos temas convergentes acerca del otro, desarrollados en las obras de E. Levinas y M. Merleau-Ponty. El propósito es indagar y profundizar el planteamiento fenomenólogico-ontológico acerca de lo humano e interhumano, que nos permite considerar, de un modo más radical, algunos supuestos que conlleva la articulación entre intersubjetividad y reconocimiento cuando es mediada por la categoría del �otro� y del �nosotros�. Aquí, (...) no los consideraremos como exégetas o comentaristas de las categorias husserlianas, sino como filósofos que asisten a �la escuela de la fenomenología� pero que replantean crítica y creativamente dichas tesis y reelaboran los presupuestos de una filosofía de la alteridad. A través de este estudio, queremos mostrar algunos aspectos teóricos provenientes de la fenomenología, cruciales para entender la perspectiva intercultural actual. (shrink)

This paper wants to address the Aristotelian analysis of the concept of mimesis from a social and cultural angle. It is going to show that mimesis is crucial if we want to understand why the institution of the theatre played such a crucial role in the civic educational programme of classical Athens. The paper’s argument is that the magic spell of theatrical imitation, its aesthetic machinery was exploited by the city for civic educational function. Dramas, and in particular tragedies helped (...) to articulate the city’s political expectations from the citizens, and they achieved it with far better efficiency than any other medium of propaganda which was available in those days. It will first reconstruct the duality within the internal structure of the Aristotelian account of mimesis in Poetics: it will show both 1.) the aesthetic and 2.) the socio-cultural dimensions of his theory of civic initiation through dramatic imitation. In the second part it will compare this Greek cultural context with a similar context in Rome in the activity and writings of Cicero. Finally, the paper presents the Renaissance republican context of early modern Europe, which also connected politico-moral education with the idea of mimesis. (shrink)

A intersubjetividade em Husserl émarcada pela objetividade, pela imanência da intencionalidadeimplicativa e pelo idealismo do cogito.Levinas contrapõe a isto um modo de relaçãocom transitividade e transcendência diversa,pela qual se supere o horizonte de adequação fenomenalda alteridade e onde o "outro não seja reduzidoao mesmo".

Teniendo como punto de partida el importante intercambio crítico entre John Rawls y Jürgen Habermas desplegado en The Journal of Philosohy en marzo de 1995, el presente escrito tiene por objetivo explorar el lugar que ocupa el consenso en la fundamentación del pensamiento político de ambos autores. De modo tal que pueda ponerse en evidencia el carácter intersubjetivo que subyace tanto en los planteos de la teoría de la justicia de Rawls como en la ética del discurso habermasiana. Lo anterior, (...) en efecto, implica un ejercicio conceptual que decanta en el esclarecimiento de dos sendas argumentativas, ambas herederas de una interpretación de Kant, encauzadas a dar solución a la fundamentación de principios morales en las sociedades plurales contemporáneas. (shrink)

Mimesis is a fundamental and pervasive human concept, but has attracted little attention from Johannine scholarship. This is unsurprising, since Johannine ethics, of which mimesis is a part, has only recently become a fruitful area of research. Bennema contends that scholars have not yet identified the centre of Johannine ethics, admittedly due to the fact that mimesis is not immediately evident in the Johannine text because the usual terminology for mimesis is missing. This volume is the first organized study on (...) the concept of mimesis in the Johannine literature. The aim of the study is to establish that mimesis is a genuine Johannine concept, to explain its particulars and to show that mimesis is integral to Johannine ethics. Bennema argues that Johannine mimesis is a cognitive, creative process that shapes the believer's identity and behaviour within the context of the divine family. Besides being instrumental in people's moral transformation, mimesis is also a vital mechanism for mediating the divine reality to people. (shrink)

Este trabajo tiene como objeto fundamental llevar a cabo una reconstrucción de la teoría trascendental del conocimiento en las experiencias filosóficas de Kant y Habermas. En ambas se produce un peculiar tránsito de la subjetividad a la intersubjetividad, gracias al cual se rompe el paradigma de la filosofía de la conciencia y emerge una específica experiencia comunicativa a través del sensus communis y de la razón comunicativa. A lo largo de esta investigación se intenta poner de manifiesto el paralelismo entre (...) ambos proyectos filosóficos, cuyo fundamento es la ilustración o la autonomía de la razón. Subjetividad trascendental, sensus communis, intereses del conocimiento y razón comunicativa representan distintas soluciones al problema de la comunicabilidad de los juicios mediante los que declaramos la posibilidad, realidad y necesidad de los estados de cosas. (shrink)

El objetivo de este trabajo es describir desde una perspectiva fenomenológica: a) las relaciones entre la intersubjetividad y el fenómeno de la educación; b) la empatía como base y fundamento de las relaciones intersubjetivas; y c) la importancia de la empatía para la educación. La tesis que se defenderá sostiene que todo proceso educativo de enseñanza-aprendizaje, sea en la escuela, sea en la familia o en la sociedad, necesita de la experiencia de los otros, cuestión posibilitada por la empatía. Esta (...) experiencia está mediada por el cuerpo y se desarrolla en una dimensión intercultural, intersubjetiva e intercorpórea. (shrink)

In this article we are going to approach the question of the intersubjectivity. To understand why the intersubjectivity is a modern problem and which is the solution that it fits, we have chosen to follow a descending route that gives light and should illuminate what today, in many areas, is seen as a problem. We will begin, consequently, approaching the person as not identical but dual. The above mentioned cosideration takes us from the hand to the distinction between someone and (...) something that reveals the unlimited character of the person. The distinction indicates that what is own of the person is to coexist, that is to say, that there cannot be only one person. Thus, monism is incompatible with the personal being and, having reached the person as coexistence, the discoveries are extended on to intersubjectivity, proper of modern anthropology. (shrink)

This book gathers an interdisciplinary group of thinkers to ask if intersubjective acts of relating can be transferred to artificial beings without remainder. Using the uncanny valley model developed by Masahiro Mori, this significant contribution to performance philosophy presents a clear framework to consider aesthetic experience beyond mimesis.

Mimesis, the notion that art imitates reality, has long been recognized as one of the central ideas of Western aesthetics and has been most frequently associated with Aristotle. Less well documented is the great importance of mimetic theories of literature, theater, and the visual arts during the Renaissance and the Enlightenment. In this book, the most comprehensive overview of the theory of mimesis since Auerbach's monumental study, Gunter Gebauer and Christoph Wulf provide a thorough introduction to the complex and shifting (...) meanings of the term. Beginning with the Platonic doctrine of imitation, they chart the concept's appropriation and significance in the aesthetic theories of Aristotle, Molière, Shakespeare, Racine, Diderot, Lessing, and Rousseau. They examine the status of mimesis in the nineteenth-century novel and its reworking by such modern thinkers as Benjamin, Adorno, and Derrida. Widening the traditional understanding of mimesis to encompass the body and cultural practices of everyday life, their work suggests the continuing value of mimetic theory and will prove essential reading for scholars and students of literature, theater, and the visual arts. (shrink)

Philosophy of education is regarded as an art of hermeneutics that integrates a theory of mimesis in its understanding of the educational transmission. The idea of the master is reconsidered in this perspective in order to overcome the old opposition between classicism and romanticism. In that way the author attempts to respond to the question: What is the secret to pedagogically sound education?

O objetivo central deste artigo é o de discutir se Husserl de fato consegue apresentar uma compreensão derradeira da intersubjetividade de um modo estritamente transcendental e assim se Husserl pôde ou não superar definitivamente toda forma de solipsismo. A posição que pretendo defender é que Husserl consegue apresentar uma compreensão coerente de intersubjetividade entendida em termos transcendentais a partir de um aprofundamento dos processos de redução transcendental. Será defendido também que a explicitação do estatuto transcendental da intersubjetividade (...) não se contrapõe de maneira alguma ao idealismo transcendental fenomenológico proposto por Husserl, ao contrário, será mostrado que a compreensão do estatuto transcendental da intersubjetividade contribui para uma melhor e mais adequada caracterização do que é o campo do idealismo transcendental fenomenológico em Husserl. Para realização de tal empreitada será tomado como objeto de análise, em especial, os textos das Meditações cartesianas IV e V. (shrink)

Com o conceito de intersubjetividade linguistica Habermas busca compreender como a interação entre os vários sujeitos num discurso os fazem pertencer a um espaço de vivência e de experiências compartilhadas, o que para ele constitui o mundo da vida não apreendido pelas ciências positivas e nem colonizado pelosistema. Paralelo à sua crítica à apreensão positivista do conceito de mundo da vida, ele apresenta uma reconstrução evolutiva da racionalidade, cuja base está na epistemologia genética de Piaget e na teoria do (...) desenvolvimento do juízo moral de Kohlberg, e que concebe o entendimento intersubjetivo como resultado da aprendizagem no processo cognitivo de aquisição de competências operatórias, no qual se dá o desenvolvimento das relações interativas. Tanto numa interpretação filogenética quanto na análise da evolução ontogenética da consciência moral, Habermas constata o mesmo processo que, passo a passo, segue em direção ao estabelecimento de princípios universalistas para a regulamentação de conflitos que obstam o entendimento intersubjetivo das comunidades lingüísticas – e isso tanto no âmbito do mundo da vida cotidiano quanto no âmbito da produção formal do conhecimento. Ora, metodologicamente, aqui estamos diante de uma perspectiva evolucionista da própria razão. O que cabe é questionar se tal perspectiva não pode servir de pano de fundo a uma filosofia da história. Se sim, como então compreender essa nova racionalidade diante da história visto que, segundo a própria crítica de Habermas, a filosofia da história é aliada secreta do positivismo, e, em decorrência, por ceder ao objetivismo cientificista anula o sujeito cognoscente da própria constituição das estruturas sociais? (shrink)

Nesse artigo analiso aspectos fundamentais da noção de intersubjetividade, desenvolvida no pensamento tardio de Edmund Husserl. Primeiramente, apresento o conceito de empatia, demonstrando sua relação com o estabelecimento da esfera intersubjetiva. A seguir, investigo o papel desempenhado pela “comunidade de mônadas” e como ela remete à ideia de mundo objetivo. Tais noções são cruciais, conforme pretendo indicar, para afastar leituras bastante comuns, porém equivocadas, sobre o suposto caráter solipsista da fenomenologia husserliana.

O presente trabalho apresenta uma reflexão entre educação, conhecimento e ação, sob a perspectiva da abordagem fenomenológica-existencialista. Destaca a importância de atribuir significado e interpretar os fatos, ressaltando a singularidade do ser humano e sua capacidade de dar sentido ao processo educacional. Além disso, enfatiza a intersubjetividade, a alteridade e a responsabilidade na formação do eu e na compreensão do mundo. A fenomenologia é apresentada como uma abordagem que busca transcender dicotomias, destacando a interconexão entre o eu e o (...) mundo. Em suma, o presente texto defende a importância da autonomia, interpretação e interação na formação humana, sob uma perspectiva fenomenológica-existencialista. (shrink)

El artículo aborda la lógica a partir de la cual el correlato de la libertad como negatividad radical es el conflicto como dimensión originaria de la intersubjetividad en Alexandre Kojève y Jean Paul Sartre. Se examina la interpretación realizada por el pensador ruso del capítulo iv de la Fenomenología del espíritu y la importanciade la “dialéctica del amo y del esclavo” como clave del pensamiento hegeliano; así como la forma en que las premisas ontológicas expuestas en El ser y la (...) nada se presentan como elementos constitutivos de la comprensión de la intersubjetividad como dialéctica subjetivación-objetivación. (shrink)

On pp. 47-51, "Fifth Scenario: The Nazi and His Jew", discusses Adorno's theory of mimesis applied to the phenomenon of Nazi antisemitism. Influenced by Freud's theory, Adorno discussed in "Dialektik der Aufklärung" (1947) the Nazi phobic and distorted image of the Jew. In Adorno's interpretation, the imaginary portrait of the Jew created by the Nazis is in fact their self-portrait, expressing their longing for unlimited power and identification with an imaginary aggressor in order to be themselves the real aggressor.

This text goes as a reflection on the uses of the concept of mimesis as the core of Adorno’s thought. It starts with the proposals of the Dialectic of the Enlightenment, and then refers them to the way in which they reappear in the Aesthetic Theory, distinguishing the role of mimesis in he process of the production of the work and in that of its reception, both in art as in mass culture. Finally, it points to the possibility of enriching (...) the concept by connecting it with Benjamin. Adorno, mimesis, reception, culture industry, Benjamin. Resumen El texto se presenta como una reflexión en torno a los usos del concepto de mímesis como núcleo del pensamiento de Adorno. Se parte de los planteamientos de la Dialéctica de la Ilustración, para luego remitirlos a la manera en que reaparecen en la Teoría estética, distinguiendo el papel de la mímesis en el proceso de la producción de la obra y en el de su recepción, tanto en el arte como en la cultura de masas. Finalmente, se apunta a la posibilidad de enriquecer el concepto conectándolo con Benjamin. (shrink)

The reflection elaborated in these pages, fleeing all submission to the now abused rhetoric of the prevailing economism, traces in the works of René Girard - the most serious pretender to the legacy of the masters of suspicion - and Jacques Derrida - the last great philosopher of the twentieth century - the constituent elements of a critical paradigm with which to interpret the present time. The volume investigates the multiple correspondences between the different legacies of deconstruction and the most (...) recent developments of mimetic theory through the articulated reconstruction of the reflections, still little known in Italy, of some of the most brilliant contemporary exponents of those traditions. Formulating the features of an ontology of actuality hinged on the notions of mimesis and trace, the author proposes a philosophical diagnosis that recognizes in our time an age in the grip of panic. (shrink)

El objetivo de este trabajo es estudiar la teoría humeana de las pasiones indirectas. Pretende señalar el vínculo entre un campo intersubjetivo que oficia de marco para el desarrollo afectivo del sujeto y el carácter irreductiblemente encarnado del mismo. Para ello: a. se reconstruye esquemáticamente la clasificación humeana de las pasiones; b. se discute la idea de que las pasiones indirectas son impresiones simples y se sostiene que esto no impide a Hume poder pensar las condiciones circundantes como causalmente necesarias (...) para la aparición de estas impresiones dentro del haz de percepciones que conforman la mente; c. se defiende la tesis de que estas condiciones causales son de carácter cognitivo: a medida que se incorporan diversas mediaciones cognitivas, nuestras pasiones adquieren progresivos grados de sofisticación que permiten pensar el refinamiento y desarrollo gradual de la estructura afectiva del individuo. (shrink)

This essay discusses the role of mimesis in bringing about the images of the crucified Christ, the self, and the martyr as overlooked parts of Kierkegaard!s pseudonymous texts. With respect to mimesis I focus on imitation, representation and resemblance.3 With regard to Kierkegaard!s “Does a Human Being Have the Right to Let Himself Be Put to Death for the Truth?” I argue that its author H.H. introduces the mimetic concept of self and its textual process of formation. I claim that (...) H.H.'s concept of martyr is deeply mimetic and represents Kierkegaard's own vision of himself. In my exposition I employ Rene Girard's theory of “mimetic desire” and Paul Ricoeur's concept of “mimetic arc.”. (shrink)

Um dos mal-entendidos mais persistentes que cercam a filosofia leibniziana consiste, sem dúvida, em querer ver nela uma forma de espinosismo. Por outro lado, toda oposição que se faz entre Leibniz e Espinosa no plano teórico aparentemente não ultrapassa a visão hegeliana da relação entre os dois filósofos como oposição entre universalidade e individualidade. Pretende-se aqui, diferentemente, confrontar os dois filósofos em relação à questão da individualidade confrontando os seus prolongamentos teóricos do século XX. De um lado, a intersubjetividade (...) husserliana como prolongamento teórico da monadologia; de outro, o conceito simondoniano de transindividualidade que, com Balibar, permite-nos prolongar o pensamento espinosano na contemporaneidade. Tentar-se-á marcar toda a distância que separa estes dois sistemas segundo uma abordagem que não se limita a repetir o velho refrão hegeliano. (shrink)

‘Mimesis’ is a concept explored in Antiquity as well as in cultural history. It also plays an important role in the Bible. In this article we argue for ‘mimesis’ as a role model for Bible teaching in religious education. In the first part we give some insights into the concept of mimesis, drawing on ancient philosophers (Aristotle, Plato). ‘Mimesis’ does not denote a copy of a prescribed object; instead, the type of depiction and reference brings it into the present in (...) an intensive, creative and productive way. In the second part we want to give some examples for how ‘mimesis’ is used in the Bible itself. Biblical tradition can be described as a ‘mimetic process’. Furthermore, authors like Paul explicitly use the concept of ‘mimesis’, for example in his ethical admonition. Thus, the use of ‘mimesis’ in the Bible inspires directly our teaching on biblical genres, motifs and ways of thinking. The third part gives a draft of how the ‘mimetic didactic’ works, drawing on parables, Gospel writing, Johannine theology and coping with painful fate like Job. Mimetic hermeneutics transforms tradition in applying it into the contemporary situation. This can prove stimulating for contemporary contexts: mimesis is closely connected to tradition, but simultaneously encourages its transmission into the present day with astonishing variability and freedom. (shrink)