Os Essays on the Law of Nature relançaram o debate em torno das relações entre a epistemologia e a filosofia política de Locke. O artigo aborda dois aspectos desta obra em que essas relações são particularmente visíveis: a definição lockiana da lei natural e a questão da sua cognoscibilidade. A comparação com as passagens paralelas de Tomás de Aquino, a que Locke alude, permite destacar a singularidade da posição de Locke, pondo em evidência o seu voluntarismo. Mencionam-se alguns aspectos desta (...) concepção da lei natural, que tem o seu fundamento último num certo modo de entender a razão humana e o seu alcance, e enunciam-se algumas das suas consequências. (shrink)

O presente artigo tem por objetivo analisar quais os fundamentos ético-filosóficos estruturam o instituto do patrimônio cultural imaterial, a fim de se buscar maior eficácia dos meios de proteção e reconhecimento de uma diversidade cultural, tendo em vista a dificuldade de resguardar a cultura do outro, bem como de se afirmar uma inclusão cultural. Para tanto, a pesquisa pauta-se no método qualitativo e indutivo, analisando tanto o instituto do patrimônio cultural, como as teorias de Francisco de Vitória, que permitem estabelecer (...) a igualdade e alteridade como fundamentos ético-filosóficos daquele, concluindo, portanto, pela necessidade de se observar ambos os princípios no momento de se estabelecer mecanismos de proteção ao patrimônio cultural, como também na disseminação de políticas públicas voltadas à educação cultural, proporcionando, assim, maior diversidade e inclusão cultural. (shrink)

A partir das noções de liberdade, situação e responsabilidade e suas relações, apresentadanos textos sartrianos aqui escolhidos – a saber: O existencialismo é um humanismo e O ser eo nada –, objetiva-se destacar a crítica à doutrina do livre-arbítrio, própria do pensarcristão, que acarreta a recusa do pensar determinista em Sartre a respeito das ações econdutas humanas, sobretudo no destaque que o filósofo confere aos termos situação econtingência, vinculadas à sua compreensão de liberdade. Trata-se de sinalizar, na ênfasedo valorar singular (...) enquanto compreendido como próprio do humano, a suaconsequência: a recusa do caráter transcendente das ideias de bem e mal, virtude ou vício,que não deixam de apontar para uma concepção ética na visão sartriana da existênciahumana e do modo de agir e posicionar-se no mundo. Em síntese, a motivação maior sevolta para a reelaboração da moral para além do pensar cristão, que acentua a implicaçãodo sujeito no seu fazer-se, a sua responsabilidade em relação aos acontecimentos eprojetos que eliminam a passividade e a indiferença na ação e no posicionamento do parasino mundo, que a ele se apresenta e nele ele se revela. (shrink)

resumo Parte de um percurso em que tratamos de expor a estrutura filosófica L’Être et lê Néant , o presente estudo procura mostrar que essa obra é o ponto fundamental de transição onde se dá, no pensamento sartriano, a metamorfose de uma teoria do tempo como destino trágico numa teoria do tempo como “salvação”. Completa-se, aqui, o processo de radicalização de Heidegger efetivado por Sartre: do pessimismo próprio do Dasein, que caminha impotente e solitário para a morte, passamos ao otimismo (...) resultante da “descoberta” de uma temporalidade que “cura”. Na tentativa de compreender o sentido e a função dessa nova figura da temporalidade, desmontamos o mecanismo do curto-circuito especulativo que inverte, em EN, o sinal do “Tempo do Mundo” heideggeriano. Tal desmontagem levou-nos a surpreender o fio filosófico do livro entrelaçado numa trama históricoliterária. Ao examinar os termos desse reencontro da elaboração filosófica com a matéria viva da história, circunscrevendo uma zona em que estruturas díspares se interpenetram, terminamos por identificar o “conteúdo de experiência” cifrado no movimento especulativo dos conceitos desse que é considerado o mais “abstrato” tratado de Metafísica dos Tempos Modernos. Pretendendo apenas descrever as estruturas universais da realidade humana , Sartre dá com o cerne de uma conjuntura histórica precisa: não a matéria bruta, é claro, mas sua reconstrução política e literária, talhada nos moldes da Resistência e transposta para a forma filosófica de EN. palavras-chave Sartre – tempo – metafísica – política – literature. (shrink)

Die Kritik des späten Wittgenstein am logizistischen Programm zur Begründung der Mathematik, vor allem im Blick auf die Definition der Zahl als Klasse von Klassen, und die darauf gegründete Explikation des Sinnes arithmetischer Sätze wird systematisch rekonstruiert. Entgegen einer verbreiteten Auffassung zeigen die Analysen Wittgensteins, daß Frege und Russell den Zahlbegriff nicht auf den „grundlegenderen" Begriff der eineindeutigen Zuordnung „reduzieren". Entsprechend sind Zahlen nicht mehr als durch Abstraktion erreichbare, echte Eigenschaften von Klassen zu verstehen, sondern als Formen oder Möglicfikeiten, die (...) die Beschreibung der Erfahrungswelt a priori bestimmen. Femer wird die wesentliche Selbständigkeit mathematischer Techniken gegenüber Techniken der Logistik durch einige Betrachtungen deutlich, welche die für den Fall größerer Zahlen unvermeidbare Benutzung vertrauter Bündelungssysteme, etwa der Dezimalnotation, bei Beweisen im Russellschen System zum Thema haben. (shrink)

A general consensus has been reached in health care organizations that the disclosure of medical errors can be a very powerful way to improve patients and physicians well-being and serves as a core component to high quality health care. This practice strongly encourages transparent communication with patients after medical errors or unanticipated outcomes. However, many countries, such as Brazil, do not have a culture of disclosing harmful errors to patients or standards emphasizing the importance of disclosing, taking responsibility, apologizing, and (...) discussing the prevention of recurrences. Medical error is not discussed or approached during medical school. The stigma of error has a strong connection with value judgments, and emotional support for physicians does not exist. This paper suggests that open communication with the patient is essential. Guidance about error disclosure from health care organizations would be helpful for quality and patient safety and for health care professionals in countries like Brazil. (shrink)

In this article we debate how the meanings of gesture language eroticize bodies in two online artistic references: the amateur videos of people masturbating themselves from the website “Beautiful Agony” ( www.beautifulagony.com ), which show faces only; and the “My Luxuria” series, by the artist Alex Kliszynski ( www.ask-art.net ), where in the pictures, models who are naked and in erotic positions have their bodies replaced by bodies which resemble a “Barbie” doll. Once we are facing the images of fractioned (...) bodies we may ask to what extent the meaning forged in the erotic experience finds in the gesture something that widens the possibilities of signification of these images. We believe that the observer sees these images through the lenses of the experience which is responsible for signifying the erotic in his/her ordinary life. Language – verbal or non-verbal – causes the incarnation of the meaning into the experience. Its expressive nature gives shape to ways of “being in the world” and perceiving it. (shrink)

Neste artigo faz-se uma descrição do Sistema Global de Posicionamento e dos dispositivos de navegação de uso rodoviário que o constituem, enquanto artefatos, com vista a uma leitura semiótica destes últimos em articulação com a sistematicidade. De uma semiótica tradicional dos objetos passa-se a uma que se centra na sua materialidade, a partir da qual é possível detecar sentidos performativos na tecnologia. Esta abordagem permite uma compreensão mais detalhada do caráter global das tecnologias móveis em articulação com a sua individualização. (...) A tese que se defende é a de que é possível dar conta do que é próprio da materialidade deste fenómeno, explorando, a par dos elementos tradicionalmente simbólicos, aspectos não redutíveis a estes. Não obstante, destaca-se como o material e o simbólico permanecem numa relação que permite identificar mais claramente a complexidade dos sistemas e artefatos técnicos, bem como os elementos que, neste domínio, estabelecem uma interação entre produção e consumo. Deste modo, chega-se a uma semiótica material que permite uma interpretação mais fiel do que é específico da componente funcional da tecnologia, em particular de um sistema e artefatos que se instalam cada vez mais no quotidiano, evitando a redução a uma valoração utilitária. This paper makes a depiction of the Global Positioning System and the navigation devices that are part of it, as artifacts. It aims to develop a semiotic reading of these artifacts in articulation with systematicity. From a traditional semiotics of objects, it goes to a material one, in which it is possible to find performative trends on technology. This approach is an opportunity to understand in a detailed way the global character of mobile technologies in articulation with individualization. The thesis held here is that this is a better way to handle with the specificities of materiality, exploring, besides the traditionally symbolic elements, aspects not reducible to the latter. Nevertheless, both the material and the symbolic layers are in permanent relation. The observation of this helps to understand systems and artifacts' complexity, as well as some of the elements that are involved in the interactions between production and consumption. By doing this, the paper tries to achieve a material semiotics frame that allows an interpretation more faithful to the specificities of the functional aspects of technology, particularly those that are part of a system and artifacts so present in daily life, avoiding a reduction to a utilitarian valuation. (shrink)

Summary After having given an account of the current methodological debates about psychology I discuss Ryle's arguments which play an important role in this debate. Following Jerry Fodor's formulation of the cognitive psychology's programme I assess critically his claims from a Wittgensteinian perspective. Contrary to the interpretation of some Wittgensteinians it turns out that this programme contains a justifiable core.

Em um artigo influente publicado em meados dos anos 80, Jacques Brunschwig defendeu a ideia de que o debate dialético, para Aristóteles, não resultaria em vencedores e derrotados. Sua defesa é baseada no debate dialético como sendo um trabalho comum entre questionador e respondedor (cláusula koinon ergon [cf. Tópicos VIII.11 161a20-21]) e como um tipo de teste de consistência de uma dada proposição (cláusula dia tēn thesis [cf. Tópicos VIII.4 159a20]). Apesar dos muitos méritos do artigo, penso que o argumento (...) de Brunschwig não considera adequadamente aspectos importantes do debate dialético no que concerne à performance dos debatedores, especialmente acerca dos recursos que o questionador deve usar. Ao não considerarmos esses aspectos, temos dificuldades para interpretar passagens em que Aristóteles recomenda o uso de táticas para enganar o respondedor. Meu objetivo nesse artigo será oferecer uma explicação diferente das cláusulas dia tēn thesis e koinon ergon, de modo que isso implicará uma conclusão segundo a qual o debate dialético honesto pode envolver vencedores e derrotados e manter a observância das duas cláusulas. Palavras-chave: Dialética; Aristóteles; Debate. Winners and losers in Aristotle’s dialectical debate. Abstract: In the mid-eighties Jacques Brunschwig published an influential paper of whose main claim consists in a defence of the Aristotelian conception of dialectical debate as a game without winners and losers. His claim is based on the dialectical debate as being a common work between answerer and questioner (koinon ergon clause [cf. Topics VIII.11 161a20-21]) and as a kind of test of the consistency of a given proposition (dia tēn thesis clause [cf. Topics VIII.4 159a20]). Despite its many merits, I think Brunschwig’s argument overlooks important aspects of the dialectical debate concerning the debaters’ performance, especially the resources that should be used by the questioner. By overlooking these aspects, we end up with several troubles to interpret passages in which Aristotle recommends deceptive tactics in the debate. My objective in this paper is to give a different account the dia tēn thesis and the koinon ergon clauses, which will imply a conclusion by which fair dialectical debates can still have winners and losers and observe both clauses. Key-words: Dialectics; Aristotle; Debate. Ganadores y perdedores en el debate dialéctico según Aristóteles. Resumen: En un influyente artículo publicado a mediados de los años 1980, Jacques Brunschwig defendió la idea de que el debate dialéctico, para Aristóteles, no resultaría en ganadores y perdedores. Su defensa se basa en el debate dialéctico como trabajo común entre el que pregunta y el que responde (cláusula koinon ergon [cf. Tópicos VIII.11 161a20-21]) y como una especie de prueba de la consistencia de una proposición dada (cláusula dia tēn thesis [cf. Tópicos VIII.4 159a20]). A pesar de los muchos méritos del artículo, creo que el argumento de Brunschwig no considera adecuadamente aspectos importantes del debate dialéctico con respecto a la actuación de los debatientes, especialmente con respecto a los recursos que debe utilizar el interrogador. Al no considerar estos aspectos, nos resulta difícil interpretar pasajes en los que Aristóteles recomienda el uso de tácticas para engañar al que responde. Mi objetivo en este artículo será ofrecer una explicación diferente de las cláusulas dia tēn thesis y koinon ergon, de modo que esto implique una conclusión de que el debate dialéctico honesto puede involucrar a ganadores y perdedores y mantener la observancia de las dos cláusulas. Palabras-clave: Dialéctica; Aristóteles; Debate. 1 Pesquisa desenvolvida no âmbito do Edital Universal Nº28/2018 financiada pelo CNPq sob o número 433825/2018-9. Data de registro: 01/08/2023 Data de aceite: 24/04/2024. (shrink)

This article examined the personal profiles of the Heads of Government of countries in South/North America and how they communicated with their audiences on institutional measures to contain COVID-19. Analyses were carried out on data collected from Twitter from November-2019 to November-2020. This study includes: i)quantitative analysis, measuring categories and emphases in the communication of tweets, retweets, likes, and comments on matters relevant to the pandemic; ii)qualitative analysis that allowed evaluating speeches to identify political interference and the effectiveness of communication (...) at critical moments of the pandemic. It was possible to infer that each president has his singularities and understanding about Social Media’s use as a more direct communication tool with his audience. It was also found that successful communication is not directly proportional to the volume of messages on Twitter, but to socio-political aspects and institutional leadership that can make a difference in Social Media in combating COVID-19. (shrink)

Resenha do novo livro de Israel Finkelstein, publicado em inglês em 2013. Israel Finkelstein apresenta nova visão acerca do reino do Norte Israel, apontando a compilação e redação final das narrativas bíblicas pelos judaítas, depois da queda do reino do Norte Israel. É uma bela obra que resume o desenvolvimento das pesquisas arqueológicas do autor.

The article explores how a new dimension of emotion – depth – is crucially important for a better understanding of emotion and its connection to rationality. It begins by identifying that depth is trapped in a circularity in which deep emotions are important because they refer to deep and important aspects of people’s lives. Following Danto’s discussion of deep interpretation (1981), it suggests that it is the contrast between deep and superficial that grants emotional perspective and the ability to identify (...) levels of emotional depth. After arguing that the emotional perspective is grasped by the narrative structure of emotion, it raises several objections that provide the ground to establish a difference between deep and profound. Then the paper concludes that the meaning of emotional depth is only fully understood in the ongoing contrast with the superficial described before, and states how further research on depth of emotion may provide the key to understanding the ambivalent status of emotions regarding their link to rationality. (shrink)

O que se pretende neste artigo é mostrar antes de tudo que revoluçáo galilena é fruto de uma mudança de mentalidade, de visáo de mundo, decorrente da própria crise por que passava o paradigma aristotélico . Um bom exemplo desta mudança e das dificuldades de livrar-se dos quadros tradicionais do pensamento filosofico é o matematismo(universo de precisáo) e a crença galileana em orbitas circulares, respectivamente. Com efeito, como poderá Galileu ser um dos fundadores da fisica moderna, se esta é fundamentada (...) no principio de inércia e na preponderancia da reta em relaçáo ao circulo? A resposta é a presentada a partir da analise do racíonio de Galileu no tocante a ideia de movimento. (shrink)

De acordo com a concepção dominante de causação, eventos espácio-temporalmente localizáveis que podem ser designados por termos singulares e descrições definidas são os únicos relata genuínos da relação causal. Isto dá apoio e é apoiado pela dicotomia aceita entre a explicação causal, concebida como uma relação intensional entre fatos ou verdades, e a relação natural e extensional da causação. O ensaio questiona este modo de ver e argumenta pela legitimidade da noção de causação por fatos: os relata de muitas relações (...) expressas pelo conector sentencial ‘(O fato) C causa (o fato) E’ podem ser causas e efeitos genuínos (I). Esta visão expandida da causação é então aplicada ao problema da causação mental. Assumindo a verdade do realizacionismo físico, o ensaio explora a conexão entre eficácia causal e relevância contrafactual de propriedades. Mostra-se que, pelo menos em muitos casos, as ligações contrafactuais corretas, requeridas pela causação, podem ser encontradas somente no nível dos fatos realizados, não no nível mais básico dos fatos realizadores (II). Finalmente, dadas as similaridades entre a defesa do fisicismo não-reducionista esboçada aqui e as tentativas menos modestas de justificação científica das pretensões do materialismo metafísico, justamente criticadas por van Fraassen como manifestações da ‘falsa consciência’, considera-se se e como a argumento principal do ensaio pode evitar o juízo crítico de van Fraassen (III). (shrink)

The paper aims to better identify the relationship between moods and emotions showing their link to the overall environment. Adopting a Situated Approach to Emotions, 209–227, 2012; Stephan Emotion Review, 4, 157–162, 2012; Stephen et al. Philosophical Psychology, 27, 65–81 2014) enables showing that the link to emotions to the environment is best understood using the term situation, while moods’ link to the environment is best captured by the notion of context. Exploring the difference points out that what is selected (...) as the situation versus the context in a given environment may explain the relationship between emotions and moods, and clarify why, for instance, certain emotions can alter a mood while others do not. The paper begins putting forward the general take on emotions from a Situated Approach to Emotions in line with contemporary discussions of the Situated Approach to Mind. Then, following John Dewey’s conception of situation, the paper distinguishes situation from context, and reviews the hypothesis of equating them with emotions and moods respectively. The analysis is then connected to previous research done on the difference between emotions and moods and, given the insightful outcomes of connecting moods and emotions to other theoretical aspects of the mind, it shows how the link to the environment is a crucial trait to understand emotions and moods dynamics. (shrink)

This paper reconstructs Venn’s algebraic logic and identifies some of the philosophical notions concerning the nature of symbolic knowledge underlying his work. We show that Venn, in facing philosophical problems associated with his algebraic logic, needs to articulate the symbolic knowledge notions of ecthetic function and of surrogative function. The paper explains those notions based on the systematization of the functions of symbolic knowledge that we find in the recent philosophical literature. This paper also situates Venn’s work within the 19th (...) Century efforts towards a symbolization of logic, and, through an analysis of a historical case, clarifies the notions of ecthetic function and of surrogative function. (shrink)

O trabalho elabora uma comparação entre os pensamentos de Karl Marx e Martin Heidegger no que tange à questão do útil. Em seguida propõe uma reflexão sobre como as diferenças entre os dois filósofos neste tema implica em distintos posicionamentos em relação à obra de arte. O objetivo do trabalho é apontar pontos de convergência e divergência entre os pensamentos destes filósofos em relação aos temas propostos.

Resenha da obra Nietzsche e o Paradoxo, de Rogério Miranda de Almeida. Destinada aos interessados no pensamento de Nietzsche, especialmente os mais rigorosos, a obra analisa os escritos do filósofo a partir do original e o faz com rigor e precisão. Com linguagem sofisticada, o texto de Almeida revela profundo conhecimento da obra de Nietzsche, decifrando a presença do paradoxo em sua filosofia.

Cultural routines, such as reading and writing direction (script direction), channel attention orientation. Depending on one's native language habit, attention is biased from left‐to‐right (LR) or from right‐to‐left (RL). Here, we further document this bias, as it interacts with the spatial directionality that grounds time concepts. We used a spatial cueing task to test whether script direction and the grounding of time in Portuguese (LR, Exp. 1) and Arabic (RL, Exp. 2) shape visuomotor performance in target discrimination. Temporal words (e.g., (...) tomorrow, yesterday) were presented as cues in two modalities: visual (Exp. 1–2) and auditory (Exp. 1). Gaze movement (Exp. 1) and speed of discrimination decisions (Exp. 1–2) of targets presented to the left or right sides of the screen were assessed. As predicted, the interaction between target location and time concepts was significant across both modalities and linguistic communities. Additionally, LR participants detected the target on the right side of the screen faster after a future word than the target on the left side of the screen after a past word cue. In contrast, RL participants detected the target on the left side of the screen faster when the cue word was a future word than the target on the right side of the screen cued by a past word. In both modalities, the initial eye‐gaze movement (Exp. 1) was responsive to the cue's time referent, further confirming that time orients attention. An additional bias was observed for the first fixation onset, which landed earlier on the target set that matched habitualized spatial routines. We conclude that scanning regularities are shaped by writing habits and bodily grounded categorical features. (shrink)

There is a broad debate in contemporary philosophy of logic on the informativeness of proofs. In this context, informative proofs are demonstrations whose premises do not include the content of the conclusion. D’Agostino and Floridi (Synthese 167(2):271–315, 2009) claimed that proofs are informative if they use _virtual information_. In their terminology, this is the data carried by _dischargeable hypotheses_, assumptions entertained during proof and eliminated before concluding. Although these authors capture several cases of informative demonstrations, they do not explain the (...) nature of virtual information. Why does the use of dischargeable hypotheses increase the informativeness of a demonstration? Following a Kantian inspiration, D’Agostino and Floridi claim that virtual information adds a synthetic feature to our proofs. However, this appeal to Kantianism is misleading: for Kant, mathematics is synthetic because it requires the construction of concepts in pure intuition. On the other hand, the entertainment of provisional hypotheses does not seem to involve the construction of figures in (transcendental) imagination. Exploring a _dialogical_ characterization of logic, I suggest that virtual information results from the dynamics between a reasoner and her audience. When a reasoner provisionally assumes _P_, she enacts potential interlocutors who commit to _P_. Thus, “virtual information” denotes the content of some assumptions of the possible audience of a demonstration. This process of departing from one’s original premises to embrace the suppositions of other people is informative, but it is not synthetic: in this way, the reasoner does not entertain intuitions but only needs to reason through the conceptual content of other people’s premises. (shrink)

Logical omniscience states that the knowledge set of ordinary rational agents is closed for its logical consequences. Although epistemic logicians in general judge this principle unrealistic, there is no consensus on how it should be restrained. The challenge is conceptual: we must find adequate criteria for separating obvious logical consequences from non-obvious ones. Non-classical game-theoretic semantics has been employed in this discussion with relative success. On the one hand, with urn semantics [15], an expressive fragment of classical game semantics that (...) weakens the dependence relations between quantifiers occurring in a formula, we can formalize, for a broad array of examples, epistemic scenarios in which an individual ignores the validity of some first-order sentence. On the other hand, urn semantics offers a disproportionate restriction of logical omniscience. Therefore, an improvement of this system is needed to obtain a better solution of the problem. In this paper, I argue that our linguistic competence in using quantifiers requires a sort of basic hypothetical logical knowledge that can be formulated as follows: when inquiring after the truth-value of ∀xφ, an individual might be unaware of all substitutional instances this sentence accepts, but at least she must know that, if an element a is given, then ∀xφ holds only if φ is true. This thesis accepts game-theoretic formalization in terms of a refinement of urn semantics. I maintain that the system so obtained affords an improved solution of the logical omniscience problem. To do this, I characterize first-order theoremhood in US+. As a consequence of this result, we will see that the ideal reasoner depicted by US+ only knows the validity of first-order formulas whose Herbrand witnesses can be trivially found, a fact that provides strong evidence that our refinement of urn semantics captures a relevant sense of logical obviousness. (shrink)

The chapter shows how the recognition of reflexivity of emotions is crucial for understanding the role of emotions in reasoning because it highlights the regulatory role of emotion in emotional experience. The chapter begins by showing that to attain a conception of rationality that incorporates feelings, emotions, and sentiments as parts of the reasoning processes requires capturing the emotional landscape in all its complexity, and that integrating the role of meta-emotions is a contribution in that direction. Then introducing the notion (...) of meta-emotions and showing how emotional reflexivity modifies the nature of our emotional world, it is shown how emotions also have a regulatory mechanism that can either be maladaptive or at the center of emotional health. In addition, because meta-emotions provide a test for the more general assumptions of theories of emotions, the chapter ends by showing how adopting a Situated Approach to Emotions is well-suited for explaining the refinement and complexity of emotion regulation. The final reflection of the chapter explains why adopting such theoretical frame of work makes it possible to use the term situation in a technical manner, which then reveals that emotions sometimes are described as causes while other times as reasons in connection to their regulative mechanisms. (shrink)

A introdução da filosofia do direito na educação busca ampliar a compreensão dos alunos sobre os fundamentos teóricos, éticos e políticos do direito. Ela visa desenvolver habilidades de pensamento crítico e promover uma consciência cívica e ética em relação ao sistema jurídico e seu papel na sociedade. Os instrumentos essenciais do estudo filosófico são assuntos muito frequentes e indispensáveis, como; o sentido da aparição humana, como a origem e exício, a alegria e tristeza, o certo e o errado, a felicidade (...) e a dor, o amor, a capacidade, entre outros, que iluminam a relação entre todas as pessoas na sociedade aprendizagem e coexistência. Ao adotar essas abordagens, as instituições de ensino têm a oportunidade de enriquecer a experiência educacional, estimulando o desenvolvimento de competências críticas, a habilidade para resolver desafios complexos e a capacidade de tomar decisões éticas. Portanto esse estudo tem como objetivo articular sobre a compreensão dos fundamentos teóricos, desenvolvimento do pensamento crítico, reflexão ética e moral e consciência dos direitos e responsabilidades na educação de maneira comum. (shrink)